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A polícia australiana disse nesta sexta-feira (11) que hackers russos estavam por trás de um ataque a uma grande empresa de seguros do país que levou ao roubo de dados médicos de 9,7 milhões de pessoas.

Hackers começaram a espalhar os dados roubados depois que a Medibank, a principal seguradora do país, se recusou a pagar o resgate de quase 10 milhões de dólares exigido.

"Acreditamos que a Rússia é responsável pelo ataque", disse o comissário da Polícia Federal Australiana, Reece Kershaw.

"Nossa inteligência aponta para um grupo de cibercriminosos vagamente afiliados que provavelmente são responsáveis por grandes ataques em todo o mundo", acrescentou.

Os hackers começaram a postar partes das informações roubadas em um fórum da dark web, com foco particular no comprometimento de dados relacionados ao vício em drogas, abuso de álcool ou doenças sexualmente transmissíveis.

Kershaw disse que a polícia australiana buscará cooperação com seus colegas na Rússia. "Vamos conversar com as forças de segurança russas sobre esses indivíduos", explicou.

O comissário apontou que eles sabiam as identidades dos cibercriminosos, mas não quis revelá-las.

Analistas de segurança cibernética apontaram que o ataque pode estar ligado ao grupo russo REvil, supostamente desmantelado pelas autoridades russas este ano.

Kershaw disse que a polícia está tomando "medidas secretas" para levar os agressores à justiça.

"Para os criminosos, sabemos quem vocês são", disse ele. "A Polícia Federal Australiana tem algumas vitórias significativas quando se trata de trazer criminosos estrangeiros para a Austrália para enfrentar o sistema de justiça", enfatizou.

A secretária do Interior, Clare O'Neil, disse na quinta-feira à noite que as pessoas "mais inteligentes e rigorosas" do país estavam trabalhando para encontrar os responsáveis.

Em uma resposta na manhã desta sexta-feira na dark web, os cibercriminosos repetiram sua ameaça.

"Sempre mantemos nossa palavra... Temos que publicar esses dados porque ninguém acreditará em nós no futuro", escreveram.

A polícia australiana acusou de vários crimes nesta quinta-feira (4) um homem de 36 anos suspeito de ter sequestrado a menina de quatro anos Cleo Smith, encontrada no dia anterior em uma casa vazia próxima ao local onde havia desaparecido 18 dias antes.

O suspeito foi detido perto dessa casa e compareceu nesta quinta-feira ao tribunal da cidade costeira de Carnarvon (oeste), onde a polícia confirmou que foi acusado de vários crimes, entre eles tomar uma menor de 16 anos à força.

Agora, seguirá em custódia até 6 de dezembro, quando acontecerá outra audiência judicial.

A pequena Cleo Smith desapareceu no mês passado da barraca de acampamento de sua família, em um local remoto da costa do oeste da Austrália, e foi alvo de uma extensa busca por terra, mar e ar.

Seu caso chamou a atenção dos australianos e muitos temeram o pior, mas encontrá-la "sã e salva" causou um alívio nacional e até "detetives experientes" choraram de emoção ao resgatá-la, segundo a polícia.

O corpo de segurança publicou nesta quinta-feira um áudio do momento do resgate.

"Encontramos", "Você está bem?", diz um policial. "Qual o seu nome? Qual o seu nome, coração?", pergunta outro. "Me chamo Cleo", responde finalmente a menina.

A pequena cidade de Carnarvon, que passou semanas em clima de suspense durante o desaparecimento da menina, rapidamente decorou as ruas com balões e faixas que diziam "bem-vinda à casa".

"A família está inteira de novo", publicou a mãe Ellie no Instagram.

Ao acordar às 6h em 16 de outubro, Ellie Smith encontrou o zíper da barraca aberto e a menina desaparecida.

A polícia acredita que o sequestro não foi planejado e sim "oportunista" e que o suspeito agiu sozinho.

A imputação de acusações contra ele foi adiada porque o homem alegou feridas não especificadas durante sua custódia e exigiu tratamento hospitalar.

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