Presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro disse que sentia “uma vergonha indignada” de políticos e magistrados por vários motivos, um deles, segundo o petista é o apego que alguns pernambucanos tem aos cargos nos "ministérios" e a um "governo corrupto". A postura de Ribeiro foi exposta durante o discurso de recondução ao cargo, na noite dessa quarta-feira (28). Ele falou para uma plateia formada por políticos petistas, movimentos sociais, militantes e outras entidades aliadas à sigla.
“Sinto uma vergonha indignada de ter juízes como Sérgio Moro e Gilmar Mendes, que são militantes partidários na função de juízes. O primeiro querendo condenar Lula sem qualquer prova e o segundo me revoltou e me envergonhou, nesta semana, anunciando que as provas que da gravação de Temer podem ser anuladas, ou seja, um quer condenar sem provas e o outro quer anular a prova para dar golpe e para continuar servindo aos interesses que eles servem”, disparou.
##RECOMENDA##Durante sua explanação, o dirigente também falou que sentia vergonha de ver políticos nascidos em Pernambuco contra a democracia. “Que se apegam a ministérios em um governo corrupto para os quais foram nomeados como prêmios por violarem os votos dos pernambucanos que eram de Dilma Rousseff. Eu não preciso dizer nomes, mas nós todos sabemos. Dá vergonha deles terem nascido neste estado e traírem esse estado como traem todos os dias”, declarou.
“Uma vergonha indignada de ver a intolerância e o ódio serem cultivados para justificar a ofensiva contra a política, contra a democracia, contra o PT e contra os direitos do povo brasileiro. Uma vergonha por ver o segmento LGBT serem tratados com intolerância, homofobia e preconceito como também os negros e as mulheres, por isso o PT também tem muito orgulho da sua diversidade em torno dessas causas”, acrescentou.
No final, Ribeiro disse que “esses tempos sombrios” estão prestes a terminar. “Os escombros da República do golpe serão removidas pelas lutas nas ruas, pela retomada da soberania reabrindo o caminho e resgatando a confiança na política. Sem ela não há saída”, disse.
