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O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, na tarde desta segunda-feira (28), durante Congresso Extraordinário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), falou que o país vive um momento difícil e que o MTST estará presente "em todos os enfrentamentos" necessários para impedir mais retrocessos.

"Nós, do MTST e também da Frente do Povo Sem Medo, devemos apontar alguns desafios nesta conjuntura tão dura e complexa: o desafio da unidade. Nós estamos em um momento em que a unidade não é mais uma questão de escolha, é uma necessidade para não sermos derrotados e enterrados todos nós. A construção da unidade em torno de pautas essenciais é o que deve prevalecer. Unidade para enfrentar as reformas e os retrocessos e para defender o direito legítimo de Lula ser candidato a presidente novamente em 2018. É condição para a sobrevivência da esquerda". Ele pontuou que a "intolerância deve ser deixada para a "direita". 

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Ele destacou que outro ponto é "repactuar" a relação com o povo. "Questionarmos porque não conseguimos ganhar a batalha do golpe, da reforma trabalhista. Havia uma força gigantesca do outro lado, mas isso também é a expressão da nossa dificuldade de manter um trabalho contínuo com o povão e nas periferias. Nós deixamos de fazer uma importante lição de casa, um trabalho de base para estar escutando as reinvidicações para que, no momento necessário, tivessemos condiçõess de ter resistência massiva. Precisamos reconstruir mais e mais essa relação. Fomos perdendo influência e influência significa capacidade de organização", lamentou.

Ele declarou que só há "esquerda" com o povo e que é preciso debater os caminhos. "Nós temos, neste momento de regressão democrática e de uma sociedade altamente polarizada, debater como sair desse atoleiro porque não há projeto popular que não passe pela revogação de todas essas medidas e ampliar democratização do acesso à terra, das cidades. Esse debate sobre rumos é fundamental, é um debate saudável. Digo mais, necessário. O que divide a esquerda é o sectarismo, seja o sectarismo do que se condisera iluminado e não reconhece avanços, o sectarismo dos discursos dos puros. Esse sectarismo divide, não nos interessa. Daqueles que consideram qualquer crítica como ataque, esse sectarismo nos divide. Precisamos de abertura democrática para o debate e na organização popular". 

Eleição

Boulos também falou que a luta contra a "condenação injusta" do ex-presidente Lula em primeira instância continuará, como também contra a reforma previdenciária. Ele declarou que o "discurso de colocar ordem na casa" do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) atrai pessoas. "Esse discurso de que vai botar ordem na casa e da dureza acaba capitaneando o sentimento de desesperança, inclusive da juventude", disse. 

Boulos afirmou que o "cenário é difícil" no qual uma parte da "burguesia" está dividida e que existe uma tentativa se de realizar uma transição conservadora. "Isso se desenha em duas iniciativas:a primeira é a iniciativa de querer botar na mesa o debate do parlamentarismo, um debate absurdo que não inclui o povo. A segunda é a tentativa escandalosa de inviabilizar a candidatura de Lula no ano que vem como parte de um retrocesso sem nenhuma base jurídica como foi a condenação de Moro em primeira instância", ressaltou dizendo também que haverá luta para impedir qualquer "manobra".

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