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A China anunciou, nesta quinta-feira (1º), que comprou nas últimas semanas mais produtos agrícolas americanos, um anúncio percebido como um gesto de boa vontade depois que as potências retomaram as negociações comerciais.

Desde 19 de julho, as empresas chinesas privadas e estatais entraram em contato com fornecedores americanos para discutir a compra de uma variedade de produtos agrícolas, e alguns pedidos já foram efetivados, afirmou Gao Feng, porta-voz do ministério chinês do Comércio.

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Desde o ano passado, as duas potências econômicas protagonizam uma guerra comercial, com a aplicação de tarifas mútuas que superam 360 bilhões de dólares em negócios anuais.

Delegações da China e dos Estados Unidos participaram na quarta-feira em Xangai nas primeiras reuniões em três meses nas complexas negociações comerciais, marcadas por novas críticas de Donald Trump à política de Pequim.

Em uma série de mensagens no Twitter, Trump afirmou que a China deveria começar a aumentar as compras de produtos agrícolas americanos, mas que isto não estava acontecendo. "Não há sinais de que estejam fazendo", escreveu.

As negociações entre os dois países continuarão em setembro.

A desaceleração da inflação no âmbito do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em abril foi influenciada pelos preços no atacado, especialmente os agrícolas. Grãos como soja e café perderam força. Apesar disso, itens importantes como carnes e alimentos in natura apresentaram taxa maior do que no mês de março, o que determinou o recuo ainda tímido nos preços. Neste mês, o IGP-10 avançou 1,19%, contra 1,29% em março.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), boa parte da desaceleração no atacado veio das matérias-primas brutas (2,29% para 1,28% entre março e abril). Contribuíram para esse movimento a laranja (14,89% para -13,03%), a soja em grão (2,83% para -0,26%), o milho em grão (8,58% para 6,69%) e o café em grão (26,11% para 11,55%).

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Mesmo assim, algumas matérias-primas aceleraram, como leite in natura (0,46% para 4,96%), bovinos (2,96% para 5,00%) e aves (-0,27% para 2,95%).

Os bens finais, cuja taxa passou de 1,61% para 2,64%, impediram que a taxa do IGP-10 perdesse ainda mais força. Isso foi influenciado pelo subgrupo alimentos in natura, que ainda mostra fôlego, saindo de 11,22% em março para alta de 15,79% em abril. A batata-inglesa, por exemplo, subiu 38,71% em abril, contra 6,51% em março.

Os bens intermediários, por sua vez, deram alívio ao índice, ao passar para alta de 0,36%, contra elevação de 1,15% em março. Segundo a FGV, quatro dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura (1,41% para 0,25%).

O resultado do IGP-10 de abril, de 1,19%, é o maior para o mês desde 2004. Naquele ano, a inflação medida por este indicador havia apresentado alta de 1,20%. Apesar disso, a taxa divulgada nesta segunda-feira, 14, pela FGV veio abaixo da registrada em março deste ano (+1,29%).

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