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O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, considerou como um "assassinato" o episódio que levou à morte cerebral do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes. A morte de Andrade foi anunciada nesta segunda-feira (10), após ele ser atingido na última quinta-feira, 6, por um rojão na cabeça em uma manifestação no Rio de Janeiro contra o aumento das passagens de ônibus.

"Quero aproveitar para manifestar a nossa profunda tristeza e solidariedade à família desse nosso companheiro que foi assassinado, vítima no Rio de Janeiro", disse Gilberto Carvalho de passagem pelo 6º Congresso Nacional do MST, realizado em Brasília. "Esse episódio, infelizmente, mais uma vez mostra que a violência em qualquer situação é o pior dos caminhos", acrescentou.

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Temendo uma ampliação das manifestações durante os jogos da Copa do Mundo, o ministro informou ainda que o Palácio do Planalto enviou recentemente representantes às cidades sede do Mundial. "Agora mesmo estamos deslocando companheiros às 12 sedes dos jogos da Copa para verificar in loco quais são os problemas que ainda ocorrem, sobretudo na questão das remoções para ver o tamanho correto de cada um desses problemas. Vamos continuar dialogando com todos os grupos que tem questões contra a Copa", ressaltou.

Gilberto Carvalho também defendeu os investimentos feitos para a realização da Copa, alvo de críticas de manifestações realizadas no meio do ano passado. "Queremos fazer um dialogo maduro mostrando que o investimento que a Copa fez no Brasil do ponto de vista da infraestrutura, das obras de mobilidade urbana, ainda que alguns investimentos não fiquem prontos para a Copa são legados que vão ficar definitivamente".

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), reuniu-se nesta quinta-feira durante cerca de uma hora e meia com cinco manifestantes que participaram do acampamento montado próximo ao prédio onde o governador mora, no Leblon, na zona sul. O encontro, no entanto, revelou uma divergência no movimento.

Ao final da reunião, só um dos manifestantes, que se identificou como Eduardo Oliveira, atendeu a imprensa. Ele afirmou que ainda não tem uma pauta de reivindicações completa e que, durante a reunião, pediu que o governo "controle as manifestações, porque as pessoas estão se sentindo inseguras".

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Eduardo disse que integra um grupo chamado "Somos o Brasil" e que ele e os quatro colegas romperam com os demais acampados. Por isso, o quinteto já deixou de participar do grupo que se mantém há uma semana na porta da casa de Cabral.

Revoltados, os manifestantes que continuam acampados disseram que Eduardo e as outras quatro pessoas que se reuniram com Cabral não representam o movimento. "Nós recebemos o convite (para a reunião com Cabral), mas só aceitaríamos se isso fosse aprovado numa assembleia com todo mundo. Decidimos não ir enquanto não terminarmos nossa lista de reivindicações. Eles nos contrariaram e foram (à reunião), mas não fazem parte do protesto", diz o ator Vinicius Fragoso, de 20 anos, um dos criadores do acampamento. "Não vamos sair da frente da casa do governador depois de completarmos nossa lista de reivindicações e nos reunirmos com ele. Isso pode demorar mais alguns dias, semanas ou meses", promete.

Em nota distribuída no fim da tarde, o governo do Estado disse que Cabral "percebeu grande sede de participação entre os jovens, que se mostraram dispostos a exercer de boa fé a cidadania". Segundo a assessoria de imprensa do governador, um novo encontro foi marcado para o dia 1º de agosto. Está marcada para esta sexta-feira, 28, uma reunião de Cabral com moradores da favela da Rocinha.

O governador do Ceará. Cid Gomes (PSB) recebeu na tarde desta sexta-feira lideranças dos movimentos Mais Pão, Menos Circo e Passe Livre, que organizaram duas grandes manifestações nesta semana em Fortaleza. O encontro aconteceu na Assembleia Legislativa, onde por mais de três horas os manifestantes apresentaram uma pauta de reivindicações ao governador, ao prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), com a intermediação do presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque (PSB) e dos secretários municipais de Educação, Ivo Gomes, e de Serviços Públicos, João Pupo.

Cid Gomes disse que, quando era jovem, participou de passeatas em Fortaleza, e convocou os manifestantes para "aproveitar toda esta energia e montarmos as matrizes de responsabilidade de Educação, de Saúde, de Segurança Pública e de Mobilidade Urbana".

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O governador condenou os atos de vandalismo que o Palácio da Abolição (sede do Governo) sofreu na noite desta quinta-feira, 20, mas disse que vai apoiar novas manifestações pacíficas. O governador recebeu a pauta de reivindicação e disse que vai buscar atender o que for possível.

Ivo Gomes, irmão de Cid e secretário de Educação de Fortaleza, disse que a pauta dos movimentos "é praticamente a nossa, mas eles não entendem a dinâmica mais demorada dos órgãos públicos".

Um dos líderes dos movimentos recebidos na Assembleia, Gabriel Bonavides, disse que a pauta apresentada destaca o Passe Livre para desempregados, estudantes e deficientes, redução da tarifa de ônibus para R$ 2,00 e a melhor aplicação dos recursos públicos.

Os manifestantes pediram ainda que, para os novos protestos, a Polícia colabore na identificação de pessoas que se infiltram para promover vandalismo.

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