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Por ora, a direita que apoiou Bolsonaro em 2018, afastou-se dele ao longo dos dois primeiros anos de mandato e hoje defende o impeachment ainda não tem rumo político definido nem um candidato para apoiar em 2022.

Segundo o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), um nome que contaria com o apoio de quase todas as correntes dessa direita antibolsonarista, classificada por ele como "independente, democrática e republicana", seria o do ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. Ele tem dado indícios, porém, de que não está disposto a disputar a Presidência nas próximas eleições.

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"Inevitavelmente, a gente vai ter que sentar e discutir um projeto comum, porque, se o impeachment não vier, o que está pintando para 2022 é o Bolsonaro contra o PT de novo, que é o pior cenário possível", afirma. Em sua visão, além do MBL, do Vem Pra Rua e das alas lavajatista e liberal, as conversas deveriam incorporar o Partido Novo e parlamentares de outras legendas que também apoiavam Bolsonaro e se distanciaram dele, como a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP).

Identidade. Para o fundador do Novo e candidato a presidente em 2018, João Amoêdo, que apoiou Bolsonaro no 2.º turno e hoje também defende o impeachment, "é possível" ter uma candidatura comum de oposição de centro-direita e direita. Mas ele diz que é preciso identificar um partido com identidade e unidade, para esse pessoal se concentrar, e dá a entender que a legenda poderia ser o próprio Novo.

Na avaliação de Amoêdo, Moro poderia até ser o candidato mas teria de esclarecer suas ideias e propostas. "A eleição de Bolsonaro em 2018 mostrou que um novo nome pode até ser bem-vindo, desde que a gente saiba o que ele pensa e o que vai fazer."

Por outro lado, se a candidatura de Bolsonaro à reeleição se confirmar, como tudo indica, ele deverá se apresentar em 2022 com um perfil bem diferente do que mostrou em 2018. Sem o apoio dos dissidentes, que deram verniz à sua campanha, Bolsonaro terá de se apegar ao antipetismo e aos grupos mais ideológicos que continuam a apoiá-lo.

Como aliado do Centrão, que tem vários integrantes acusados de corrupção, como Arthur Lira (PP-AL), novo presidente da Câmara, ele terá de deixar para trás o discurso contra a "velha política" e em defesa da Lava Jato, do liberalismo econômico e das privatizações, que até agora não decolaram em seu governo. "O Bolsonaro é um político de pouquíssimas convicções. Mesmo seu conservadorismo é um punhado de frases de efeito", diz o cientista político Fernando Schuler. "Ele sempre foi um político mais tradicional do que a nossa crônica política esteve disposta a reconhecer. Sempre foi do Centrão, embora tanto quem goste dele como quem o odeie o tenha pintado como um outsider, que ele nunca foi."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A coligação “Recife Acima de Tudo” (DEM, PSDB, PTB e PL), liderada pelos candidatos a prefeito e vice, Mendonça Filho e Priscila Krause, recebeu o apoio de 20 ex-pré-candidatos a vereador pelo Partido Verde (PV), entre eles o ativista sócio-ambiental, Jacques Ribemboim. A oficialização aconteceu nessa quinta (8).

“Tivemos nossa candidatura preterida e escolhermos apoiar Mendonça e Priscila por que temos nas nossas perspectivas de que eles entendem nossas ideias, compartilham nossos projetos e farão do Recife uma cidade mais sustentável e melhor para viver”, declarou Jacques Ribemboim.

Mendonça Filho ressaltou que o plano de governo da aliança liderada pelo DEM agrega ações importantes na questão ambiental e é convergente no sentido de melhorar o Recife. "O apoio de Jacques Ribemboim e dessas lideranças mostra não apenas que nossa candidatura está sólida e conquistando mais eleitores, mas também é uma prova de que nossa cidade cansou de ser maltratada. O Recife vai voltar a ser a capital da boa gestão, e não da corrupção” afirmou Mendonça Filho.  “Esse apoio é de pessoas que não esqueceram e acreditam no Recife, na nossa chapa, e ter essa incorporação faz diferença no processo eleitoral e nos desafios para fazer o Recife voltar a ser uma cidade de todos”, disse Priscila Krause.

O engenheiro e economista ambiental Jacques Ribemboim, que atualmente encontra-se licenciado das atividades partidárias do PV, estava alinhado como pré-candidato a prefeito pela sigla com uma base de 58 candidatos a vereador. No entanto, na convenção do PV, realizada em setembro, Jorge Carreiro, presidente estadual do partido, anunciou a retirada da candidatura independente da legenda e declarou apoio ao PSB.
Ribemboim afirmou que, além de estar convencido de que as candidaturas de Mendonça e Priscila são as mais consistentes no banco da oposição, as propostas que compunham o programa de governo dos verdes têm semelhanças com as sugestões que foram elaboradas pela equipe de governo da aliança liderada pelo Democratas, um conjunto sólido de metas para fazer o Recife voltar a crescer e ser protagonista na Região Nordeste e no Brasil.

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“O Partido Verde tem na questão ambiental o seu coração e ela, hoje, está diretamente associada ao desenvolvimento econômico, social, educacional, cultural e político. Mendonça e Priscila têm essa sensibilidade para fazer o Recife voltar a crescer”, afirmou Jacques Ribemboim.



Dentre essas propostas, destacam-se a recuperação ambiental do Centro do Recife, com destaque para o estudo de implantação do projeto que contempla a criação de um polo misto, residencial, comercial e de lazer nos bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Santo Amaro, bem como da Boa Vista. Além disso, a pauta contempla a ampliação da cobertura verde e mais oferta de praças e parques, a melhoria do trânsito, considerado um dos piores no mundo, e a integração de modais, incluindo a navegação fluvial com o projeto de navegabilidade do rio Capibaribe.

*Da assessoria de imprensa

Eles passaram anos na prisão por crimes de lesa-majestade, mas os dissidentes tailandeses não jogam a toalha e, neste fim de semana, participarão de manifestações anunciadas como históricas, em apoio ao movimento estudantil que ousou enfrentar o assunto tabu do país: a monarquia.

"A luta não terminou", disse, entusiasmado, Somyot Prueksakasemsuk. "Nossos esforços continuam. As novas gerações descobriram a realidade (...) e pedem abertamente uma reforma da monarquia", afirma.

Condenado em virtude do artigo 122 do Código Penal tailandês por crime de lesa-majestade, que castiga com severidade qualquer difamação contra a família real, este jornalista passou sete anos na prisão.

Apesar dos riscos, neste fim de semana, este ativista de 58 anos participará das manifestações. Ao menos 40.000 pessoas são esperadas nas ruas, segundo a imprensa local.

Será a maior manifestação da oposição desde o golpe de Estado de 2014, que levou o atual primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha - que depois ganhou as eleições -, ao poder.

- "As pessoas acordaram" -

O movimento estudantil pede uma reforma da monarquia, defende, principalmente, que o rei não deve se meter em assuntos políticos, assim como reivindica a eliminação da lei sobre os crimes de lesa-majestade e que a realeza devolva bens ao Estado.

Nada parecido foi visto até então no reino, onde a monarquia parecia estar sempre acima das turbulências políticas que derrubaram os sucessivos governos.

O objetivo desses estudantes não é acabar com a instituição, mas "modernizá-la e adaptá-la à nossa época".

Também pedem o fim da perseguição de opositores, a dissolução do Parlamento junto com a renúncia de Prayut Chan-O-Cha e a reforma da Constituição, considerada muito favorável ao Exército.

O governo afirma que a lei de lesa-majestade não foi usada nos últimos anos, o que demonstraria o espírito conciliador do rei, que assumiu o trono no ano passado. Muitos militantes ainda são acusados, porém, de "sedição", um crime que pode levá-los a sete anos de prisão.

Nos últimos dois anos, pelo menos nove militantes pró-democracia que fugiram da Tailândia após o golpe de Estado de 2014 desapareceram, segundo a ONG Human Rights Watch.

Nas ruas, em paralelo ao movimento estudantil, surgiram grupos de defesa da monarquia, o que multiplica a tensão.

Para Jatupat Boonpatararaska, conhecido como "Pai" e que ficou dois anos preso por criticar o atual rei, as ameaças não funcionam mais.

"Nos consideravam pessoas que não faziam parte da sociedade, mas isso não funciona mais. As pessoas acordaram", afirma.

O líder do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), disse que já esperava a decisão da Executiva Nacional de pedir nova suspensão dos parlamentares que pretendem migrar para o Aliança pelo Brasil. "Considero natural novo pedido de suspensão. Vão tentar subterfúgios judiciais para retirar a liderança. Só não sei no que eu estou prejudicando eles", afirmou.

A executiva nacional do PSL decidiu hoje pedir a suspensão de 17 deputados federais e dois estaduais das atividades político-partidárias por um período de um ano. O pedido da Executiva ainda não tem efeito prático e precisa ser homologado pela Direção Nacional para ter validade. O grupo alvo da punição é formado por deputados bolsonaristas que entraram em rota de colisão com o presidente do PSL, Luciano Bivar, após apoiar Jair Bolsonaro na disputa interna pelo comando da legenda e posteriormente no processo de criação do Aliança pelo Brasil.

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Apesar do processo que pode destituí-lo da liderança, Eduardo não confirmou se pretende permanecer como líder do partido durante este ano e disse que não quer assumir a presidência de nenhuma comissão. Ele presidiu a Comissão de Relações Exteriores no ano passado. Segundo Eduardo, o partido se reúne na próxima semana para tratar sobre comissões e o PSL deve ficar com a Comissão de Finanças e Tributação e sem a de Constituição e Justiça (CCJ).

"Quero ter mais tempo para retomar pautas mais domésticas do que internacionais", disse. Ele disse que também pretende ajudar o governo a se aproximar mais do Nordeste.

Entrevistas

Além disso, afirmou que vai começar a produzir um programa de entrevistas semanal com pessoas do governo. O primeiro convidado será o ministro da Justiça, Sergio Moro. A atração será transmitida pelas redes sociais e Eduardo disse que pensava em escolher o nome "Direto da Fonte" para batizar o programa, mas foi informado, durante a entrevista, que esse é o nome da coluna do Estado da jornalista Sonia Racy.

Com a avaliação de que o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores enfrentam dificuldades para viabilizar, a tempo das eleições de 2020, o Aliança pelo Brasil, dirigentes partidários se movimentam para abrigar pré-candidatos alinhados ao governo e, assim, absorver o capital político bolsonarista. Ao vislumbrar um cenário em que não existirá um partido bolsonarista nas urnas, Patriota, PL e Republicanos buscam filiar seguidores de Bolsonaro que pretendem abandonar o PSL.

A coordenação do Aliança já indicou que, caso não consiga obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até março, deve liberar seus pré-candidatos para entrarem nos partidos que quiserem. Segundo um dirigente envolvido na criação do partido, não é do interesse dos bolsonaristas negociar um acordo com uma única sigla. A intenção é evitar um "novo PSL", que resulte em brigas internas e dissidências. Reportagem do Estado publicada neste Domingo (2) mostrou que a busca pelas 491,9 mil assinaturas para formalizar a legenda tem enfrentado ritmo lento.

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"A gente tem vários pré-candidatos em várias cidades e alguns partidos têm se mobilizado para tentar atrair esses pré-candidatos caso a Aliança não saia a tempo", diz a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), seguidora da família Bolsonaro. "Um deles é o Patriotas, o outro é o PRB (hoje Republicanos) e o PRTB também. Esses são os três que mais têm chamado as pessoas que eu conheço."

Em Santa Catarina, o senador Jorginho Mello negociou uma migração em bloco dos bolsonaristas ao seu partido, o PL. A sigla já está recebendo aqueles que estão deixando o PSL. Eleita em meio à onda conservadora que levou Bolsonaro ao Planalto em 2018, a atual legislatura na Assembleia Legislativa catarinense conta com parcela relevante de bolsonaristas. O mesmo se repete com as cadeiras do Estado no Congresso Nacional. "Aqui (em Santa Catarina) o Bolsonaro fez 75%, o Estado é conservador", diz Mello.

Perguntado se o acerto com os bolsonaristas inclui a possível migração deles para o Aliança Pelo Brasil, caso a legenda de Bolsonaro saia do papel, ele afirma que "depois é outro capítulo". "Agora temos que acolher eles, porque eles não querem ficar no PSL, porque tem essas encrencas todas", ele argumenta. "Estou acolhendo para que eles possam disputar, para ser vereador, para ser prefeito."

Absorção

No Patriota, uma ala da direção defende fazer movimento semelhante. Integrantes da Executiva nacional consideram absorver tanto os insatisfeitos do PSL que já detém mandato, quanto pré-candidatos hoje em tratativas com o Aliança. Com cinco cadeiras na Câmara dos Deputados, a intenção do partido é viabilizar um grande crescimento neste ano.

Uma das hipóteses é atrair integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). Em São Paulo, o Patriota pretende lançar como candidato à Prefeitura o deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei e expulso pelo DEM em novembro do ano passado. O partido também quer garantir a filiação do vereador paulistano Fernando Holiday, hoje no DEM.

"Qual é o partido que o Bolsonaro gosta mais, depois do Aliança? É o Patriota", afirma o presidente do partido, Adilson Barroso. "Estamos com a porta aberta para receber quem quiser vir, quem tenha ficha limpa e potencial político. O partido não pode fechar a porta para ninguém que tenha condições jurídicas de concorrer."

Internamente, no entanto, o abrigo aos bolsonaristas do Aliança é motivo de cautela. A principal preocupação é garantir que, caso alguns dos candidatos sejam eleitos e o Aliança seja efetivamente criado, o Patriota não sofra uma debandada.

Há mais tranquilidade em relação aos vereadores, eleitos por voto proporcional, cujo mandato pertencerá ao partido. Já os prefeitos podem se desfiliar sem perder o cargo. Há lideranças no Patriota que defendem a costura de um acordo para garantir o controle de prefeituras mesmo após a criação do Aliança pelo Brasil.

"Não queremos ser um partido que somente vai abrigar essas pessoas que queiram futuramente formar o partido do Aliança, porque aí vamos cair em descrédito", diz o presidente do diretório paulista do Patriota, Ovasco Resende, Ele defende que todos os candidatos passem pelo crivo da Executiva Nacional do partido. "Sabemos que o Aliança tem o presidente da República, ou seja, é uma força muito maior do que uma questão municipal ou estadual. Amanhã o Aliança está formado, e esse pessoal todo esvazia o partido e vai para lá, quer dizer, acabou a nossa base."

Trauma

Antigo Partido Ecológico Nacional (PEN), o Patriota passou por reformulação e mudança de nome justamente durante tratativas para receber a filiação de Jair Bolsonaro, antes da campanha de 2018. A migração já estava confirmada quando o então pré-candidato à Presidência decidiu abandonar a ideia, no mesmo dia do evento que deveria comemorar sua chegada ao partido.

"Ele (Bolsonaro) acabou sendo convencido a ir para lá, e se arrepende amargamente de ter ido", opina Adilson Barroso. "Estava errado. O Patriota é um partido sadio, limpo, um partido bem adequado."

Hoje com a oitava maior bancada na Câmara, o Republicanos recusa a condição de "partido de passagem", mas não descarta abrigar bolsonaristas pontualmente. Com participação maior no Congresso, a sigla depende menos de eventuais quadros do Aliança pelo Brasil.

"Não temos a intenção de servir de 'barriga de aluguel' para nenhum outro partido, já criado ou em processo de criação. No entanto, casos pontuais serão devidamente analisados e possivelmente autorizados pelas executivas estaduais e nacional", diz o presidente do Republicanos, Marcos Pereira. "Temos buscado na sociedade pessoas que tenham nosso perfil ideológico." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Integrante da executiva nacional do PSB, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse nesta terça-feira, 23, que é contra a possibilidade de o partido expulsar os 11 deputados federais que votaram a favor da reforma da Previdência, em votação realizada em primeiro turno há duas semanas. A bancada do PSB na Câmara conta com 32 parlamentares.

Casagrande, contudo, defende que o PSB, em respeito à história da sigla, atue com punições, embora mais leves, previstas no estatuto da legenda. "O partido tem de ter muito equilíbrio nessa hora, porque alguns parlamentares foram convencidos de que era importante a reforma. Todos, mesmo os que votaram a favor, não concordaram com todos os pontos da proposta, mas acharam que, como não tinha outra possibilidade, outra alternativa, votaram nessa reforma", disse. "O que estou trabalhando dentro do partido e trabalharei é para que a gente tenha cautela", afirmou Casagrande, que é secretário-geral do partido.

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De centro-esquerda e integrante da oposição ao governo Jair Bolsonaro, o PSB fechou questão contra a reforma. O governador Renato Casagrande defendeu a proposta, mas com ressalvas. Ele disse que apoia as mudanças para os servidores públicos. Inclusive, trabalhou para que os Estados fossem incluídos, o que não ocorreu na Câmara. No entanto, acredita que a reforma "penalizou muito" os trabalhadores do setor privado. "Poderia melhorar a fase de transição e a fase de acesso à aposentadoria", disse.

Para ele, expulsar os parlamentares do PSB não seria adequado considerando a relevância do tema da Previdência. "Dos 11 que votaram a favor, muitos têm histórico dentro do partido, são de confiança. São pessoas de muito conteúdo. É preciso que se encontre um caminho que respeite a decisão partidária, mas que não haja um caminhar na exclusão dos parlamentares", avaliou.

Para o governador, o que prejudicou o campo da esquerda no debate da Previdência foi que uma proposta alternativa não foi apresentada. "A esquerda precisa entender que, mais do que se posicionar contra, é preciso propor para que a gente ache um caminho para o desenvolvimento do nosso país", disse.

Ainda assim, Casagrande ressaltou que algumas alterações foram feitas na reforma, a partir de pressões da esquerda, como a retirada das mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e na aposentadoria rural, além da proposta de criar um regime de capitalização. "Melhorou, mas poderia melhorar mais no regime geral", disse.

Com a bênção do ex-ministro Ciro Gomes, a cúpula do PDT criou restrições à concessão de legenda para as próximas eleições como forma de enquadrar a deputada Tabata Amaral (PDT-SP). Reunida nesta quarta-feira, 17, em Brasília, a Executiva Nacional, a Comissão de Ética e presidentes de movimentos sociais do partido determinaram a suspensão de Tabata e de outros sete deputados por 60 dias, período no qual transcorrerá o processo disciplinar por terem contrariado a orientação de bancada e votado a favor da reforma da Previdência.

A punição só será definida ao fim desse prazo e, provavelmente, terá caráter mais brando que a expulsão, pelas expectativas de dirigentes ouvidos pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Na prática, entretanto, a decisão mais importante foi a de impedir filiados que integram "grupos de financiamento externo" de disputarem eleições pelo PDT. A determinação vale para aqueles que participam de movimentos de renovação política como RenovaBR e Acredito, aos quais Tabata está diretamente ligada.

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Dos oito dissidentes, Tabata era a única tratada internamente como potencial candidata na eleição municipal do ano que vem, segundo dirigentes. Uma candidatura dela à Prefeitura de São Paulo tinha como principal entusiasta o presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Ciro defendia internamente que o partido aguardasse e consolidasse a imagem da novata no Legislativo.

Com a decisão, o PDT fez valer a posição defendida pelo próprio Ciro, que em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, na última segunda-feira, 16, criticou duramente o que descreveu como "dupla militância" de Tabata e dos demais dissidentes.

Segundo ele, os tais grupos financiados por recursos privados "fraudam" o sistema eleitoral brasileiro, ao atuarem como partidos políticos sem deixarem de receber dinheiro de empresas. "Tem aí o MBL. Por que ela não vai para o MBL?", ironizou Ciro.

Embora integre a Executiva Nacional do PDT na condição de vice-presidente, o ex-ministro não participou da reunião desta quarta. Ciro viajou para a Bahia e conversou remotamente com outros dirigentes. Procurado pela reportagem, ele apenas manifestou em mensagem o apoio à determinação da cúpula partidária. "Apoio integralmente a decisão tomada hoje pela executiva nacional, conselho de ética e presidentes dos movimentos sociais do PDT", escreveu.

Tabata vem se mantendo reclusa desde que eclodiu a polêmica sobre seu voto a favor da Previdência. A deputada trocou de telefone e deixou de atender a colegas de partido. Alguns se queixaram de terem sido excluídos de grupos de Whatsapp criados pela deputada. Procurada pela reportagem, ela informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria se pronunciar.

Divisor de águas

De acordo com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a decisão de restringir a legenda a quem integrar os tais "grupos de financiamento externo" vale não só para os parlamentares que votaram a favor da Previdência, como para todos os filiados.

Ao Broadcast Político, Lupi disse que o partido não pode se omitir e "fingir que não vê o que está acontecendo". "Estamos dizendo, sim, que aqueles que continuarem nesses grupos não poderão disputar eleições pelo PDT. Se ela ficar, não será candidata", afirmou Lupi. "A votação da reforma da Previdência foi, para nós, um divisor de águas."

Assim como Ciro, Lupi afirmou que Tabata e os demais deputados participaram de todo o processo de discussão interna sobre a reforma da Previdência e que ela somente se manifestou contrariamente à orientação do partido às vésperas da votação. "Esses grupos passaram até mesmo a direcionar o voto de deputados. Não tem como aceitar isso", acrescentou.

Apesar de ter obtido voto da maioria da cúpula pedetista, a decisão de restringir a concessão de legenda a Tabata teve oposição de alguns. Um integrante do encontro de quarta ouvido pelo Broadcast Político disse considerar exagerada a restrição de legenda e defendeu que a punição aos que votaram a favor da Previdência seja mais branda que a expulsão. "Não podemos agir como se fôssemos um tribunal de inquisição", disse a fonte.

O movimento de renovação política RenovaBR, do qual faz parte a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), questionou em nota assinada pelo seu fundador, Eduardo Mufarej, as sanções impostas pelo partido à parlamentar.

Tabata e os sete deputados federais que votaram favoráveis pela Previdência foram suspensos das atividades da sigla. A suspensão pode durar até 60 dias e é consequência da instauração de um processo disciplinar na Comissão de Ética contra os parlamentares que foram contra a decisão do partido.

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Além disso, o partido impediu que filiados que integram "grupos de financiamento externo" disputem eleições pela sigla. A reportagem apurou que esta sanção específica tem Tabata como alvo.

"Causa estranheza que 8 deputados federais do PDT tenham votado a favor da reforma da Previdência e que os ataques sejam centrados na deputada federal Tabata Amaral e nos movimentos cívicos de renovação política", afirmou o movimento na nota.

Ainda de acordo com o texto, o movimento reforçou que, apesar de não intervir na pauta defendida pelos representantes eleitos, não atenderá a partidos políticos e que tem "compromisso com a sociedade brasileira que anseia visivelmente pela renovação das suas lideranças e pela participação cidadã nas decisões que impactam nos rumos do Brasil".

O Conselho de Ética do PSB abriu nesta segunda-feira, 15, processo contra 11 deputados que votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando orientação do diretório nacional do partido. Os deputados terão dez dias para apresentar defesa.

O processo será levado posteriormente à direção da legenda, que poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão, com base em recomendações do conselho de ética.

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"Fizemos uma reunião para avaliar a pertinência da representação. A votação divergente da orientação do partido dá fundamento para recebê-la, instruir o processo e depois repassa-lo ao Diretório Nacional para a decisão final", disse o presidente do conselho de ética da sigla, Alexandre Navarro.

Representantes de segmentos sociais do PSB pediram na semana passada censura pública, cancelamento de filiação, expulsão dos deputados, além da devolução dos recursos públicos destinados pelo partido à campanha deles.

O PSB foi o partido de esquerda com mais votos a favor da reforma - 11 em 32 votos. O PDT, com 8 votos sim, também ameaça punir os deputados que foram contra orientação da bancada. Eles já são sondados por partidos de centro.

Os alvos de processo no PSB são: Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).

A abertura de processo não é inédita. Em 2017, a direção do PSB puniu parlamentares que votaram para barrar as investigações contra o então presidente Michel Temer (MDB), também em desrespeito à decisão do partido.

Um advogado de direitos humanos, Jiang Tianyong, desapareceu na China em novembro do ano passado, depois de ter se reunido com o relator especial da ONU sobre pobreza, Philip Alston. Mantido por seis meses em uma prisão e isolado dos demais detentos, Jiang foi denunciado pelo regime por "subversão".

Ao ser julgado no mês passado, o ativista supostamente "confessou" que havia sido incentivado a derrubar o governo de Pequim depois de ter participado de eventos fora do país.

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Ele não é o único a viver essa situação. Uma investigação conduzida pela entidade Human Rights Watch constatou que o governo de Pequim tem proliferado ações para reprimir ativistas de direitos humanos, silenciando seus questionamentos em fóruns internacionais e principalmente na ONU.

De acordo com a entidade, o governo chinês tem feito uma ofensiva contra dissidentes que tentam usar a ONU para denunciar o regime ou testemunhar nos diferentes organismos da entidade. Para a Human Rights Watch (HRW), a ONU tem fechado os olhos para essa atitude da China.

Para impedir que viajem até Genebra ou Nova Iorque, Pequim tem impedido que essas pessoas deixem o país. Outra estratégia tem sido a de fotografar ou filmar esses dissidentes entrando na ONU.

"A China está sistematicamente tentando minar a habilidade da ONU em defender os direitos humanos, na China e no mundo", denunciou Kenneth Roth, diretor executivo da HRW.

Em sua avaliação, tal comportamento tem sido um sintoma do pior momento de repressão na China desde 1989, marcado pelos incidentes da Praça Tiananmen. "Há muito o que esconder", denunciou.

Na avaliação da entidade, a ONU é um dos últimos canais de denúncias para ativistas de direitos humanos na China e uma rara oportunidade que tem de expressar seu ponto de vista. Mas, baseado em 55 entrevistas com ativistas e advogados, a HRW constatou que Pequim tem feito tudo o que pode para fechar esses canais de comunicação.

"A repressão da China não vai parar em suas fronteiras", denunciou Roth. De acordo com o informe publicado nesta terça-feira em Genebra, Pequim vem "reduzindo os espaços seguros" para os ativistas, por meio de prisões arbitrárias, intimidação e um sistema legal controlado pelo partido.

A nova onda de repressão teria começado em 2015. Aqueles ativistas que atacaram publicamente a China em reuniões da ONU ou que simplesmente aceitaram falar com os investigadores da entidade foram punidos ao retornar ao país. Outros tiveram seus passaportes retidos ou foram presos, antes mesmo de deixar o país.

Em janeiro deste ano, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um pronunciamento na ONU. Mas o encontro, para 2 mil diplomatas e oficiais, ocorreu sem a presença da imprensa, que foi obrigada a assistir ao evento em telões fora da sala. Enquanto isso, os assentos reservados para a imprensa dentro do local estavam vazios.

A ONU também impediu a entrada na sala de qualquer ONG, inclusive aquelas com status oficial nas Nações Unidas.

O temor era de que, durante o discurso considerado como fundamental para a política externa do país, Xi fosse surpreendido por algum cartaz contrário ao seu regime.

Quatro meses depois, o ativista chinês Dolkun Isa foi retirado de um evento na ONU, em Nova Iorque, pelos próprios seguranças da entidade. De acordo com a HRW, isso ocorreu sem qualquer tipo de explicação, apesar de a ONU ter concedido uma credencial ao dissidente.

Diante das ameaças de rebelião promovidas por aliados que ainda não foram contemplados com espaço ou verbas no governo, o Palácio do Planalto decidiu tratar com mão de ferro os parlamentares da base governista que traírem Michel Temer e votarem contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para o aumento dos gastos públicos.

A possibilidade de represália do governo chegou a lideranças da Câmara com o seguinte recado: os deputados serão tratados de forma proporcional ao voto, ou seja, estarão sujeitos a ficar sem cargos e sem emendas parlamentares.

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Em entrevista ao SBT Brasil, Temer afirmou acreditar que o governo já tem votos para aprovar a PEC e que um placar amplo vai mostrar o prestígio do Legislativo com o Executivo.

Anteontem, a Comissão Especial da Câmara aprovou o parecer do relator Darcísio Perondi (PMDB-RS) por larga vantagem: 23 votos a sete. Mas o teste decisivo do governo será na próxima semana com a votação, em primeiro turno, da PEC no plenário da Casa. Para aprová-la, são necessários 308 votos dos 513 deputados (60% do total) em dois turnos.

Às vésperas da votação da PEC no plenário, fontes palacianas revelaram ao Estado que aumentou a demanda - principalmente por cargos - e reclamações da demora para as indicações serem formalizadas. O represamento das nomeações se deve à triagem feita para avaliar se as indicações estão aptas, mas isso tem deixado deputados da base governista impacientes.

Diante da pressão do Planalto, ao longo da semana sete partidos da base (PSDB, PMDB, PP, PR, PSD, PTB e o PSC) - que representam 266 votos na Câmara - fecharam questão a favor da proposta. O número é insuficiente para aprovar a PEC, mas a tendência é que o governo consiga os votos de que precisa.

Ainda assim, o PMDB, partido de Temer, chegou a fazer uma reunião extraordinária para confirmar essa posição e enquadrar alguns deputados da bancada que ameaçavam votar contra. Isso significa que, se um deputado desrespeitar a orientação partidária, poderá ser punido pela legenda. No entanto, segundo fontes do Congresso que receberam o recado, a punição mais pesada deverá vir do governo e será individualizada. "O deputado que votar contra terá um tratamento correlato", resumiu um aliado.

Convencimento

Lideranças partidárias têm tido dificuldades em convencer suas respectivas bancadas a votarem a favor da proposta do governo, mesmo diante da ofensiva feita por Temer, ministros palacianos e equipe econômica nos últimos dias. Embora assumam um discurso de que todos estão comprometidos com a gravidade da situação econômica do País, os líderes estão tendo de trabalhar nos últimos dias para sanar as insatisfações dos deputados que ainda não tiveram suas demandas atendidas pelo governo. Parlamentares e prefeitos que vêm a Brasília reclamam da não liberação de recursos federais.

Oficialmente, o Palácio afirma que as demandas vão "sair normalmente", sem vinculação com a PEC. "O que tiver de sair vai sair, o que não tiver de sair, não vai sair", disse o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Ele nega retaliação, mas sinaliza que movimentos antigoverno não serão esquecidos pelo Planalto. "Não vou tocar nesse assunto. Você saberá depois o que irá acontecer."

Após romper com o PT, a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidiu oficialmente, nesta quinta-feira (14), que vai apoiar o pedido de autorização para abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O líder da legenda na Casa, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que vai encaminhar a votação a favor do impeachment, mas votará contra o processo. 

“Vou encaminhar a partir da decisão da bancada, mas minha posição pessoal é contra o processo de impeachment”, afirmou. Por isso, Picciani também deixou claro que não haverá punição para quem votar contra a decisão da bancada, ou seja, contra o afastamento de Dilma. 

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Além dele, os ministros do PMDB exonerados hoje Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, Celso Pansera, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Marcelo Castro, da Saúde, também devem se posicionar pela permanência da presidente. 

A bancada do PMDB na Câmara tem 67 parlamentares e o líder estima que 90% dela votará a favor do impeachment. 

Para fundadores do PT que deixaram a legenda e petistas insatisfeitos com os rumos do governo da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou se eximir da crise vivida pela sigla em sua intervenção, feita nesta segunda-feira, 22, em tom de desabafo durante uma palestra em seu instituto.

"Não dá para ele se isentar e jogar toda a culpa no PT. Lula ainda é a principal liderança e foi o principal condutor desse processo, desde a origem até hoje", afirma a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).

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Uma das primeiras prefeitas de capitais eleitas pelo partido em 1988, quando venceu a disputa em São Paulo, Erundina deixou o partido em 1997 depois de um longo processo de desgaste interno por ter aceitado um cargo no primeiro escalão do governo Itamar Franco.

Para a deputada, ao afirmar que e o PT "perdeu um pouco a utopia" e que os petistas "só pensam em cargo", Lula está refletindo um quadro grave vivido pelo País. "A fala dele foi um sintoma da falência do PT. E esse sintoma chega para mim com muito mais contundência", concluiu a ex-prefeita.

Também integrante da primeira geração de dirigentes políticos do Partido dos Trabalhadores, o deputado Ivan Valente, hoje no PSOL, faz a mesma leitura. "Esse é um discurso para consumo interno no partido, mas o Lula não pode se eximir da responsabilidade pelo PT estar vivendo essa crise monumental. O partido rebaixou o seu programa por orientação dele", diz.

O parlamentar também comentou a reclamação do ex-presidente sobre a redução drástica da militância espontânea petista que marcou a sigla antes da chegada ao poder. "O maior responsável por tirar do PT o caráter da contribuição militante foi o próprio Lula. Foi ele quem implantou a lógica de ganhar eleição a qualquer custo", conclui Valente.

Correlação de forças

Integrante da segunda maior corrente interna do PT, a Mensagem ao Partido, e membro do diretório nacional da sigla, o deputado Paulo Teixeira (SP) faz outra leitura das recentes autocríticas de Lula. "Há um sentimento de mudança no partido. A correlação de forças internas já mudou. A fala do ex-presidente converge para isso."

Teixeira se refere à redução da influência do chamado grupo majoritário que comanda o PT desde sua fundação e o consequente fortalecimento de correntes mais à esquerda no espectro partidário.

Já o senador Paulo Paim (RS) avalia que o discurso do ex-presidente corroborou um fenômeno que vem ocorrendo no partido desde a chegada ao poder central em 2003. "É lamentável que alguns setores do PT tenham se encantado com o poder. Tem gente com mais de 100 cargos indicados", diz o parlamentar. Paim deve mudar de sigla até o fim deste ano.

Tucanos

Os discursos recentes de Lula serviram de munição para os tucanos reforçarem a artilharia contra o PT. Para o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, o ex-presidente fez um "reconhecimento" tardio das mazelas petistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os pré-candidatos a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), a vice-governador, Paulo Rubem (PDT), e do pré-candidato ao Senado, João Paulo (PT), conseguiu atrair mais uma liderança do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Trata-se do ex-prefeito de Itaquitinga, na Mata Norte, Geovani Oliveira (PSB). O socialista, que administrou o município de 2009 a 2012, leva para o palanque de Armando todo o seu grupo político, formado por cinco dos 11 vereadores do município, entre outras lideranças.

“O nosso grupo político vai acompanhar essa construção importante que está sendo trabalhada em Pernambuco, pelas mãos de Armando Monteiro. Na política, as pessoas precisam ter lado, posição e palavra. E eu escolhi o meu, com Armando”, declarou Geovani Oliveira.

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O ex-prefeito de Itaquitinga desistiu da pré-candidatura a deputado estadual por falta de diálogo e de atenção da direção do PSB em Pernambuco com os candidatos proporcionais. “Não há diálogo com a direção do PSB. Não há atenção por parte deles. Com Armando e com o PTB, nós somos recebidos e ouvidos”, afirmou.

MAIS APOIOS - No Sertão do Estado, mais duas lideranças política declararam apoio às pré-candidaturas de Armando, Paulo Rubem e João Paulo. O prefeito do município sertanejo de Santa Cruz, Gilvan Sirino, e o vice, Cilo Henrique, ambos do PR, vão subir no palanque do petebista. "Acreditamos que Armando é a melhor opção para governar Pernambuco: pelo seu histórico, pelo seu compromisso com o Estado, pela sua competência. Armando é, sem dúvida, o mais preparado”, disse Sirino, que venceu a eleição de 2012 com 60,7% dos votos.

E o prefeito e o vice não estão sozinhos no apoio à chapa. Toda a base de sustentação na Câmara Municipal de Santa Cruz também está dando suporte à coligação "Pernambuco Vai Mais Longe". Ao todo, sete vereadores, todos do PR, estão com a aliança liderada pelo senador: Cunegunde Romeiro, Telvando Soares, Clemildo Almeida, José Ion, Jaésio de Souza, Maria da Solidade Teixeira e Ednarte Siqueira de Souza.

“A nossa cidade precisa melhorar em muitos aspectos. Posso dizer que nossas principais demandas são nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, principalmente as estradas. Com Armando no governo do Estado, tenho certeza de que isso vai mudar”, afirmou Sirino.

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Mesmo embalado pelo clima junino, o candidato a governador de Pernambuco pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), cumpriu uma agenda intensa pelo Agreste neste fim de semana. Acompanhado dos outros postulantes na majoritária Raul Henry (PMDB), a vice, e Fernando Bezerra Coelho (PSB), ao Senado, realizaram mais duas edições do Agenda 40 e participaram dos festejos juninos das cidades. 

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Entre as novas promessas, Câmara garantiu que isentará do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) as lavanderias de jeans. "Ainda estava na Secretaria Estadual da Fazenda quando fizemos um levantamento que indicou a viabilidade dessa medida. Não foi possível fazer em 2014 por conta dos prazos da Justiça Eleitoral. Mas faremos a partir de 2015", explicou o socialista, ao participar de um ato político em Vertentes, nesse domingo (22). A cidade integra o polo de jeans do Estado, que também inclui Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. 

Além da contribuição isentando o ICMS, o socialista também ressaltou os investimentos na infraestrutura viária local. Ao cumprir agenda pelos municípios de  Limoeiro, Orobó, Machados e Santa Maria do Cambucá, no sábado (21), o candidato afirmou que, se eleito, fará o recapeamento da estrada entre Serra da Capoeira e Machados. Também reiterou que viabilizará a duplicação da PE-90, rodovia que liga Limoeiro a Toritama.

"A infraestrutura, especialmente na malha viária e na segurança hídrica, é condição essencial para a vinda de novas indústrias. Temos investido significativamente em estradas. Acabamos de recuperar a própria PE-90. A PE-89, no trecho que vai de Limoeiro à Timbaúba, está em vias de ser concluída e a PE-95, até Caruaru, deve ter as obras de recuperação iniciadas no segundo semestre. Vamos avançar mais, estudando a viabilidade de outras intervenções, como a proposta de pavimentação da estrada que leva a Buenos Aires", frisou Paulo Câmara. 

Aguardo pelo PDT

No fim de semana, a Frente Popular voltou a demonstrar confiança de que o PDT marchará em Pernambuco ao lado do PSB. Câmara classificou a conversa que teve, na última quinta-feira (19), com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, como muito produtiva. O decreto final do PDT será anunciado nesta segunda-feira (23), por Lupi. 

"Mostramos a Lupi que o PDT está nesta aliança desde a campanha de Eduardo Campos, em 2006, que tem sido um parceiro importante e valoroso nestes mais de sete anos, e que a maioria dos seus líderes defende a manutenção desta parceria. Ele recebeu muito bem nossos argumentos”, explicou o pré-candidato.

Presidente estadual do PDT e prefeito de Caruaru, José Queiroz, também apostou na permanência de seu partido ao lado de Paulo Câmara. "A Executiva Nacional ainda vai se definir, e eu acredito que será pela continuidade nesta Frente Popular, junto com a qual fizemos tanto por Pernambuco", projetou o pedetista.

“São João dos Lyra”

A tradicional festa de “São João dos Lyra”, promovida pelo governador João Lyra Neto (PSB), serviu de palco para apaziguar os ânimos socialistas e, segundo eles, “demonstrar a unidade” em torno da chapa da Frente Popular. Com a presença do ex-governador e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), o encontro, da última sexta (20), foi de muitos afagos e aparências.

Durante o evento, Campos fez questão de minimizar os boatos de que ele e seu sucessor estariam distanciados. "Os rumores são apenas isto: rumores. Lamento que a crônica política trate disso da maneira que vem fazendo, com superficialidade", afirmou o presidenciável. "Este momento aqui, em Caruaru, mostra que não há distanciamento nem isolamento, que estamos unidos. Quem apostar na desunião da Frente Popular vai quebrar a cara", acrescentou o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

Apoio dissidente

Mais um prefeito do PT declarou apoio candidatura de Paulo Câmara. Desta vez foi o de Machados, Argemiro Pimentel (PT), que anunciou o seu engajamento na Frente Popular no último sábado (21). Elencando o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (FEM), como idealização de Câmara, Pimentel afirmou que o programa ajudou as prefeituras a respirarem. 

"O PT não tem atendido às expectativas das prefeituras brasileiras, que estão em estado de penúria devido à diminuição dos repasses de recursos pelo Governo Federal. Por outro lado, todo mundo conhece o sucesso do Governo Eduardo e seu comprometimento com as prefeituras. Queremos que esse projeto continue", justificou Argemiro, no dia em que o PT homologou em convenção a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff.

A busca das chapas majoritárias por dissidentes partidários não cessa. Desta vez, o pré-candidato ao Governo Estadual pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), confirmou o apoio de um prefeito e três vereadores oriundos do campo adversário à sua postulação. Acompanhado pelos também pré-candidatos a vice-governador, o deputado federal Raul Henry (PMDB), e a senador, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), iniciaram, nesta sexta-feira (30), uma peregrinação pelo Sertão do São Francisco. 

O prefeito de Orocó, Reginaldo Crateús (PT), mais conhecido como Dedi, declarou seu apoio à chapa da Frente. "Somos muito gratos ao ex-governador Eduardo Campos (PSB). Nós queremos a continuidade do que é bom. Temos certeza de que Paulo Câmara vai manter a forma de governar que ganhou reconhecimento internacional", justificou o petista.

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O presidente municipal do PTB em Orocó, ex-vereador Galego de Adílio, também declarou seu engajamento na campanha de Câmara. A chapa, aliás, reúne o apoio das principais forças políticas da cidade. O pré-candidato foi recebido pelos ex-prefeitos Didi Amando (PR) e Bosco Bione, e ainda recebeu a adesão do vereador Antônio Simplício (PSD), membro da oposição na Câmara Municipal.

Antes, em Cabrobó, Câmara e a Frente Popular participaram de um evento organizado pelo prefeito Auricélio Torres (PSB), com a presença de lideranças e de sete dos nove vereadores do município. Destes, três petebistas também declararam apoio ao pré-candidato: Claudenor Novaes, Suzana Freire e Duda Caldas. Este último tambem explicou sua decisão como uma aposta na continuidade. "O Governo Eduardo Campos olhou para a nossa cidade; lutou pela nossa agricultura e nossos agricultores. Não queremos que isso pare", afirmou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), reuniu-se nesta quinta-feira durante cerca de uma hora e meia com cinco manifestantes que participaram do acampamento montado próximo ao prédio onde o governador mora, no Leblon, na zona sul. O encontro, no entanto, revelou uma divergência no movimento.

Ao final da reunião, só um dos manifestantes, que se identificou como Eduardo Oliveira, atendeu a imprensa. Ele afirmou que ainda não tem uma pauta de reivindicações completa e que, durante a reunião, pediu que o governo "controle as manifestações, porque as pessoas estão se sentindo inseguras".

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Eduardo disse que integra um grupo chamado "Somos o Brasil" e que ele e os quatro colegas romperam com os demais acampados. Por isso, o quinteto já deixou de participar do grupo que se mantém há uma semana na porta da casa de Cabral.

Revoltados, os manifestantes que continuam acampados disseram que Eduardo e as outras quatro pessoas que se reuniram com Cabral não representam o movimento. "Nós recebemos o convite (para a reunião com Cabral), mas só aceitaríamos se isso fosse aprovado numa assembleia com todo mundo. Decidimos não ir enquanto não terminarmos nossa lista de reivindicações. Eles nos contrariaram e foram (à reunião), mas não fazem parte do protesto", diz o ator Vinicius Fragoso, de 20 anos, um dos criadores do acampamento. "Não vamos sair da frente da casa do governador depois de completarmos nossa lista de reivindicações e nos reunirmos com ele. Isso pode demorar mais alguns dias, semanas ou meses", promete.

Em nota distribuída no fim da tarde, o governo do Estado disse que Cabral "percebeu grande sede de participação entre os jovens, que se mostraram dispostos a exercer de boa fé a cidadania". Segundo a assessoria de imprensa do governador, um novo encontro foi marcado para o dia 1º de agosto. Está marcada para esta sexta-feira, 28, uma reunião de Cabral com moradores da favela da Rocinha.

Autoridades cubanas detiveram uma importante dissidente e dezenas de suas colegas na manhã de domingo, além de prender outras ativistas quando eles realizaram um protesto semanal por Havana. A medida foi tomada há poucos dias da chegada do papa Bento XVI, que visitará o país. A polícia deteve Bertha Soler e 30 integrantes do grupo Damas de Branco, horas antes da realização de uma marcha regular pela Quinta

Avenida, no arborizado bairro de Miramar, na capital cubana.

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"Elas foram presas", disse Angel Moya, marido de Soler e ex-preso político. Soler já havia sido detida por um breve período na noite de sábado, informou ele.

Cerca de outras 30 mulheres que apoiam o grupo realizaram a marcha, que começou pacificamente, mas agentes de segurança entraram em ação quando as mulheres tentaram passar por ruas para onde normalmente não se encaminham.

Todas foram levadas para um ônibus pertencente às forças de segurança. Até a noite de domingo, muitas já haviam sido libertadas e algumas levadas de volta para suas casas, mas Soler aparentemente continuava detida.

O Departamento de Estado norte-americano criticou a detenção de Soler e de outras ativistas. "Nós condenamos fortemente este ataque a membros pacíficos da sociedade civil cubana", afirmou a porta-voz Neda A. Brown. "O fato de tantas integrantes das Damas de Branco terem sido detidas pelo governo cubano, quando se reuniam para serviços religiosos quase uma semana antes da visita do papa é particularmente repreensível e viola a norma democrática do hemisfério ocidental."

O grupo Mulheres de Branco foi formado em 2003, logo depois que as autoridades cubanas detiveram 75 intelectuais, ativistas e comentarias sociais durante uma notória repressão contra os dissidentes, que receberam longas penas de prisão. Todos já foram libertados e muitos partiram para o exílio.

Cuba libertou a maioria de seus prisioneiros políticos, mas grupos de direitos humanos disseram que o governo do presidente Raúl Castro intensificou a aplicação de prisões curtas e outras formas de perseguição contra a pequena oposição da ilha.

As prisões ocorreram uma semana antes da visita do para Bento XVI ao país, marcada para os dias 26, 27 e 28. A medida do governo ocorre também dias depois de o cardeal da igreja católica Jaime Ortega ter pedido à polícia que retire 13 membros da oposição que ocuparam uma igreja do centro de Havana por dois dias. As informações são da Associated Press.

Na véspera do último Natal, dois irmãos de Holguín, no leste de Cuba, foram presos por cantar rap em sua própria casa. O problema não era o volume nem a afinação. Antonio e Marcos Lima Cruz tiveram a casa invadida - primeiro com pedras e ovos atirados pelos vizinhos, depois por policiais - e foram detidos porque entoavam as letras do grupo Los Aldeanes, que falam de coisas como "liberdade de expressão". A história dos Lima Cruz é um dos casos extremos de uma onda de repressão abafada pelos anúncios de seguidas medidas de flexibilização econômica no último ano.

Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos, há 50 presos políticos hoje condenados apenas por opinar e o número de detenções relâmpago atingiu em setembro um recorde em três décadas - 563 pessoas passaram pelo menos algumas horas na prisão, o dobro da média dos oito meses anteriores.

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Opositores associam a ofensiva do governo à uma tentativa de desarticular grupos como o das Damas de Blanco. Primeiro porque sua líder, Laura Pollán, morreu em agosto. Segundo, porque o objetivo que tornou movimento conhecido, a libertação dos 75 presos de consciência ligados à Primavera Negra, onda de detenções de março de 2003, foi atingido este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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