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Recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) diz que a Secretaria de Defesa Social (SDS) deve anular a prova de avaliação psicológica do concurso público da Polícia Civil. A solicitação também cabe para a banca organizadora do certame, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).

De acordo com o MPPE, foram colhidas denúncias de candidatos acerca de supostas irregularidades, tais como cadernos de exames já preenchidos com as respostas das questões na sala de avaliação, o que motivou a instauração de inquérito civil. “Nas considerações da recomendação, a 25ª promotora de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, com atuação na Defesa do patrimônio Público, Andréa Fernandes Nunes Padilha, citou que o Cebraspe se manifestou em ofício sobre o ocorrido e admitiu que verificou que, das 76 salas onde foram aplicados os testes da avaliação psicológica, houve o registro da ocorrência de cadernos riscados, marcados ou rasurados em seis salas. Apurou-se, ainda, que houve o registro de mais de cinco cadernos de provas riscados, marcados ou rasurados em cada uma dessas seis salas”, informou o órgão, por meio da sua assessoria de imprensa.

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Para o MPPE, as avaliações deverão ser refeitas, a partir da publicação de um novo cronograma de realização. Além disso, medidas de seguranças deverão ser tomadas para garantir um processo seletivo sem fraudes. Ainda de acordo com o Ministério, todo custo para a nova aplicação ficará sob a responsabilidade do Cebraspe.

Segundo a promotora Andréa Fernandes, as denúncias sobre acesso aos cadernos já preenchidos são fatores que prejudicam a honestidade do exame. “Só o fato deste contingente de candidatos ter tido acesso às anotações no caderno de questões já afeta a isonomia entre os concorrentes, uma vez que é impossível determinar quantas e quais pessoas foram beneficiadas no decorrer da prova com o acesso a tais informações. Ainda há de se considerar que tal número de incidentes diz respeito apenas às salas onde tal fato foi registrado em ata, havendo relato nesses autos de que o fato se repetiu em diversas outras salas, onde não chegou a ser registrado em ata, atingindo um número indiscriminado de candidatos”, comenta a promotora, conforme informações do MPPE.

O concurso da Polícia Civil ofereceu mais de 900 vagas, para os cargos de agente, delegado e escrivão. A avaliação psicológica questionada foi realizada no dia 23 de outubro do ano passado.   

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