A Polícia Civil de Pernambuco prendeu na última quinta-feira (25) uma quadrilha especializada em furtar quadriciclos, paredões de som, bicicletas e jetskis das casas de veraneio do litoral de Pernambuco e da Paraíba. O grupo residia em Campina Grande e era formado por seis homens e uma mulher. De acordo com informações do delegado Thiago Uchôa, à frente da investigação do caso, o prejuízo causado pela quadrilha já passa de R$ 500 mil.
A investigação batizada de "Operação Trilha" teve início em dezembro de 2015, após a Polícia Civil registrar furtos que teriam acontecido no município de Goiana, litoral norte de Pernambuco. "A partir daí sequenciamos os fatos e fomos descobrindo outros furtos da quadrilha em outros municípios", contou o delegado. O grupo alugava uma residência na Praia de Jacumã, no litoral da Paraíba, que servia principalmente como local para festas de ostentação.
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A quadrilha era formada por Elizeu Alves, Alisson Silva - responsável por promover as festas de ostentação no litoral, Marcus Odilon Silva, Michel Medeiros, Damião Jadson - que está foragido da Polícia, Francisco Roberto - dono da equipadora de som TopSom, localizada no Bairro das Malvinas em Campina Grande, para onde eram levados os equipamentos de som furtados, e Mayrla Layzy, única mulher envolvida nos furtos e esposa do Alisson. "A mulher tinha conhecimento da situação, mas não participava dos furtos. De início pedimos a prisão preventiva dela e agora estamos pedindo a liberação, mas ela ainda deve responder o processo por associação criminosa em liberdade", explicou o delegado.
De acordo com informações do delegado, a quadrilha escolhia os seus alvos fazendo festas pela região litorânea de Pernambuco e da Paraíba. "Eles tinham um esquema organizado, geralmente colocavam o paredão de som em uma praça e atraíam os curiosos que também tinha carros com sons potentes", explicou. O delegado falou também que eles costumavam fazer muita festa e ostentavam com os objetos roubados. "Sempre em fotos nas redes sociais eles estavam ostentando na casa de praia e particivam de campeonatos de som", contou.
O grupo de criminosos agia principalmente com dois veículos e o reboque para carregar os objetos roubados. Em câmeras de segurança no pedágio da rodovia de Porto de Galinhas, é possível ver um golf prata e uma saveiro branca, que eram sempre utilizados nos furtos, carregando um paredão de som avaliado em R$ 40 mil, após um furto na Praia de Tamandaré. A investigação completa do caso ainda não foi concluída, o delegado contou que quer ouvir mais pessoas. "Ainda queremos recuperar mais objetos e até o fim do mês de março vamos ouvir mais envolvidos e teremos mais novidades", falou.
Os presos são suspeitos de envolvimento nos crimes de furto qualificado, organização criminosa e flagrante por receptação. Caso sejam julgados, os integrantes da quadrilha devem pegar mais de dez anos de reclusão. A operação está sendo coordenada pela Chefia da Polícia Civil de Pernambuco e teve na execução operacional apoio das equipes Malhas da Lei do 20º BPM, da Companhia da Polícia Militar em Goiana e da Polícia Civil da Paraíba.