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Quatro homens armados foram presos por suspeita de tráfico de drogas na Terceira Travessa Muribeca, em Muribeca dos Guararapes, no Grande Recife, nesta quarta-feira (31). Durante uma ronda na região, policiais do 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM/Prazeres) flagraram uma quadrilha de pessoas armadas traficando entorpecentes. Com a presença da PM, o grupo se dispersou e chegou a invadir casas da vizinhança para abrir rota de fuga. 

Nas buscas pelos suspeitos, quatro deles foram alcançados e detidos. Dois se feriram ao fugir e precisaram receber atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Os demais conseguiram fugir, mas a PM não informou quantos suspeitos teriam evadido o local do flagrante. 

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Com o grupo, foram apreendidos dois revólveres calibre 38, uma espingarda calibre 12, 35 pedras de crack e 37 “big bigs” (envelopes pequenos) de maconha. Os homens confessaram que integravam o tráfico local e que precisavam das armas de fogo para proteção pessoal, devido ao número de conflitos entre facções do tráfico de drogas na região. Ainda segundo a PM, os quatro envolvidos são apontados como autores de vários homicídios na área. O grupo foi conduzido à Delegacia de Prazeres. 

 

Ao menos cinco pessoas foram presas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, quando roubavam lojas de tecidos no Pari, na região central da capital paulista, na sexta-feira, 26. Conforme a investigação, a quadrilha é especializada em ataques a lojistas.

"As detenções aconteceram na sexta-feira durante um roubo em andamento em um estabelecimento comercial no Pari. O gerente foi encontrado amarrado no fundo da loja", afirmou o Deic.

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Ainda de acordo com a investigação, a descoberta do roubo em andamento surgiu durante apurações de policiais da 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Bancos). Foram recebidas informações sobre um veículo utilizado para deslocamento dos integrantes da quadrilha.

"Os policiais conseguiram informações sobre possíveis locais alvos da quadrilha. A equipe visualizou um dos suspeitos deixando um estabelecimento comercial instalado na Rua Coronel Emídio Piedade. Um grupo acompanhou o indivíduo até abordá-lo. O detido confirmou o roubo em andamento", disse o departamento policial, por meio de comunicado.

Conforme a apuração, o outro grupo tinha ficado no local. Logo que percebeu o roubo, invadiu a loja. Flagrou quatro homens carregando um furgão com dezenas de bobinas de tecido. O veículo usava placas clonadas. Após as detenções, os policiais puderam resgatar o gerente da loja.

Os cinco presos foram autuados por roubo, associação criminosa e adulteração de sinais identificadores de veículos automotivos.

A Polícia Federal vasculhou na manhã desta sexta-feira, 1º, cinco endereços em São Paulo e em Santa Catarina no encalço de uma quadrilha que teria comercializado toneladas de ouro ilegal, remetendo o minério para outros Países, e lavando o dinheiro fruto do crime.

Batizada Eldorado, a ofensiva cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (2), Santo André (2) e Balneário Camboriú (1), onde os investigados residem e mantém empresas ligadas ao esquema. A investigação é conduzida pela Superintendência da PF no Amapá.

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Durante as diligências, a PF apreendeu um total de R$ 2.123.800,00. Foram confiscadas quantidades de ouro (R$ 32.270) e prata (R$ 1.250), além de três veículos: um Porsche Cayenne (R$ 587.500,00), um Porsche 911 Carrera (R$ 1.356.320,00) e um Volkswagen T-Cross TSI (R$ 146.460,00).

A Operação é desdobramento da Operação Au92, deflagrada em março de 2022 para investigar o comércio ilegal de ouro e urânio. Na ocasião, os investigadores cumpriram onze mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva nos Estados do Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Tocantins.

A partir do material apreendido na ação, a PF identificou viu indícios de uma organização criminosa composta por empresas que, possivelmente, compram o outro ilegal por meio de intermediários e, em seguida, o enviam para o exterior.

Os investigados ainda são suspeitos de comprarem ouro ilegal de países da África, especialmente Serra Leoa, e nacionalizá-lo, dando 'falsa roupagem de legalidade à produtos de origem não declarada'.

Segundo as investigações, o grupo teria movimentado toneladas de ouro e vinha armazenando o minério em casas de custódia.

A ofensiva apura supostos crimes de usurpação de bens da união, organização criminosa, receptação dolosa e lavagem de capitais.

A Polícia Civil da cidade de Bady Bassitt, interior de São Paulo, deteve uma quadrilha hacker de jovens que invadia ilegalmente plataformas e sites de instituições de segurança e de Justiça do País. O principal suspeito de liderar o grupo, que comercializa esses acessos por preços até R$ 1 mil, é um adolescente de 14 anos.

As investigações, reveladas pelo programa Fantástico (TV Globo), neste domingo (24), apontam que a quadrilha tinha cerca de 20 milhões de logins e senhas das plataformas.

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Eles conseguiam não apenas acessar os sistemas da Polícia Civil de São Paulo, por exemplo, como também alterar informações, como inserir informações falsas em registro de boletins de ocorrência e até limpar a ficha criminal de pessoas que já tinham passagem pela polícia.

Os acessos, feito por meio de logins e senhas de servidores, virou um ativo valioso na mão dos jovens. Segundo o delegado Adriano Pitoscia, de Bady Bassitt, eles comercializam as "chaves" por preços que variavam de R$ 200 à R$ 1.000.

Segundo a reportagem, a quadrilha possuía mais de 20 milhões de acessos. Desses, mais de 3.600 logins e senhas eram do Tribunal de Justiça de São Paulo; 1.500 da Polícia Militar; 500 da Polícia Federal; aproximadamente 150 do Exército; e 89 do Ministério Público do Estado paulista.

Rastrear o grupo era difícil, de acordo com o Fantástico. Como os arquivos estavam em servidores privados, o grupo conseguia criar "conexões fantasmas" para maquiar a origem de onde estavam fazer o acesso. Ou seja, não era possível saber de qual computador (logo, de qual endereço do suspeito) estava sendo praticada a invasão.

Mas em junho deste ano, a Polícia Civil de Bady Bassitt conseguiu chegar a um suspeito, de 17 anos, que operava o esquema da cidade. Por meio dele, os agentes chegaram a um jovem de 18 anos, morador da cidade de São Paulo, e que era conhecido pelo apelidado de Fusaao na internet.

Ele é suspeito de ter entrado no sistema da polícia civil e fazer alterações no sistema para sumir a sua ficha criminal. Segundo o delegado Pitoscia, ele invadiu e conseguiu se declarar como morto para impedir que seu nome aparecesse em uma futura pesquisa.

A partir disso, as investigações chegaram a um adolescente de 14 anos, do Paraná, que confessou aos policiais ser o criador do programa de computador pelo qual o grupo conseguia acessar os sites privados e públicos. Ele é suspeito de ser o líder da quadrilha, que teria se conhecido na plataforma de jogos Discord.

"Esse adolescente (de 14 anos) afirmou que acessou por curiosidade. Os outros investigados acessavam ou compartilhavam logins e senhas para fins financeiros, pelo preço de R$ 200 até R$ 1.000", explica o delegado Adriano Pitoscia ao Fantástico.

Além dos integrantes de São Paulo e de Paraná, outros dois membros do grupo, de Mato Grosso e de Santa Catarina, também foram detidos. Os cinco foram liberados, mas o adolescente de 17 anos, de Bady Bassitt, voltou a ser apreendido e está na Fundação Casa, informou a reportagem.

Procurada, a plataforma Discord disse ao Fantástico que adota uma abordagem de tolerância zero com atividades ilegais e que remove o conteúdo, proíbe usuários e colabora com as autoridades, quando identificam atividades deste tipo.

Em março deste ano, duas brasileiras ficaram 38 dias presas injustamente em uma cadeia em Frankfurt, na Alemanha. A prisão se deu porque foi encontrada cocaína em malas que tinham os nomes das brasileiras. Ocorre que as malas não eram delas, houve a retirada das etiquetas de suas malas regulares e sua colocação em malas contendo cocaína em seu interior.

A Polícia Federal comprovou essa troca de etiquetas e, através de outras diligências, demonstrou a inocência das brasileiras, que após o envio das provas às autoridades alemãs, foram soltas e retornaram ao Brasil.

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À época, a própria Polícia Federal do Aeroporto Internacional de Guarulhos identificou e prendeu os responsáveis que atuaram no aeroporto.

O caso gerou grande repercussão e o aprofundamento das investigações levou a Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos a identificar os mandantes do crime, bem como outros integrantes da organização criminosa, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.

Hoje a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Colateral, visando ao cumprimento de 45 mandados judicias, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo.

Dentre os presos, estão os executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas, bem como, e mais importante, os mandantes do crime, responsáveis não apenas pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa, mas por inúmeros outros eventos de tráfico internacional através do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Da assessoria

Polícia Federal e a Receita Federal deflagram nesta quinta-feira (13) a Operação Woodpecker, para investigar um grupo suspeito de tráfico internacional de drogas. De acordo com os investigadores, os integrantes ocultavam carregamentos de cocaína em cargas de madeira para exportação, saindo do país pelo Porto de Paranaguá.

Os investigadores contabilizam pelo menos cinco apreensões de droga vinculadas à atuação deste grupo, totalizando mais de 3 toneladas de cocaína.

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Segundo a PF, os integrantes do grupo criminoso eram vinculados a uma empresa de transporte de contêineres que levava cargas de madeira até o Porto de Paranaguá para serem exportadas.

“Nessa condição, os investigados manipulavam os agendamentos de entrada dos caminhões da empresa no porto, com a intenção de retardar que os contêineres fossem descarregados. Nesse meio tempo, efetuava a ocultação dos carregamentos de cocaína no interior das cargas de madeira”, informou, em nota, a PF.

De acordo com os investigadores, o atraso na descarga dos contêineres tinha como finalidade “ganhar tempo para concretizarem a ação criminosa, sendo levados para locais onde eram abertos, desmontados os paletes de madeira e serradas as tábuas para o preparo dos compartimentos ocultos e acondicionamento da droga”.

Na sequência, as tábuas eram novamente arqueadas, os paletes remontados e o contêiner era levado o porto para ser enviado ao exterior. “Trata-se de método criminoso com consequências bastante prejudiciais ao comércio exterior e às empresas idôneas que atuam nessa atividade, pois danificam a carga lícita para colocação dissimulada da droga”, complementou a PF.

Sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Paranaguá e Pontal do Paraná, ambas no Paraná; em Balneário Camboriú (SC); e em Guarujá (SP). Suspeitos e empresas tiveram bens e imóveis sequestrados, além do bloqueio de bens, recursos e aplicações financeiras.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão.

Chegou ao fim nesta quarta-feira, 17, a Operação Canguçu, montada com 320 policiais de Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Pará e Minas Gerais, para caçar criminosos de uma quadrilha ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que tentou assaltar um caixa-forte da transportadora de valores Brinks em Confresa (MT), no dia 9 de abril, e fugiu para o Tocantins.

A desmobilização das forças policiais começou no início da tarde após os comandantes das tropas considerarem que todos os assaltantes diretamente envolvidos no crime foram mortos ou presos. A Polícia Militar do Tocantins inicia agora a 2ª fase da operação para tentar identificar possíveis apoiadores da quadrilha.

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Em 38 dias de operação, foram 18 suspeitos mortos, dois presos no cerco policial no Tocantins, mais dois em Redenção (PA) e outro em Araguaína, norte do Tocantins, suspeito de ser um dos articuladores da logística do assalto. Entre os criminosos mortos e presos, a maior parte tem origem em São Paulo, segundo relatório de inteligência que o Estadão teve acesso:

Danilo Ricardo Ferreira, o 1º morto, no dia 10 de abril

Raul Yuri de Jesus Rodrigues, 2º morto, no dia 12 de abril

Célio Carlos Monteiro, 5º morto, no dia 19 de abril

José Cláudio dos Santos Braz, 6º morto, no dia 19 de abril

Jonathan Camilo de Sousa, 8ª morto, 27 de abril

Ericson Lopes de Abreu, 12º morto, 1º de maio

Luis Silva, 13º morto, 1º de maio

Ronildo Alves dos Santos, 16º morto, dia 8 de maio

Ricardo Aparecido da Silva, 17º morto, dia 10 de maio.

O núcleo paraense teve quatro suspeitos mortos:

Rafael Ferreira Lima, o 11º morto, no dia 1º de maio

Gilvan Moraes da Silva , o 14º morto, no dia 2 de maio

Robson Moura dos Santos, o 15º morto, no dia 2 de maio

Janiel Ferreira Araújo, o 18º morto, no dia 13 de maio.

Outros dois suspeitos são de Imperatriz, no Maranhão

Eduardo Batista Campos, o 3º morto no dia 19 de abril

Julimar Viana de Deus, o 4º morto, no dia 19 de abril

Os demais mortos são:

Matheus Fernandes Alves, de Goiás, a 7ª morte, no dia 22 de abril

Airton Magalhães Marques, da Bahia, a 9ª morte, ocorrida dia 29 de abril

Luiz Gustavo Pereira dos Santos, a 10ª morte, no dia 1º de maio

Os presos

Paulo Sérgio Alberto de Lima, de Nova Odessa-SP, foi o primeiro preso no cerco do Tocantins. Outro paulista, Isaías Pereira da Silva, foi detido dentro de um ônibus no cerco policial, com destino a Palmas. Os paraenses Pertusilandio Machado e Felix da Silva Aguiar foram presos em Redenção em um imóvel que servia de suporte ao grupo. O quinto preso é Nelsivan Jovan de Araújo, detido em Araguaína, norte do Tocantins. Ele é apontado como o articulador da logística do grupo.

As forças policiais apreenderam dois fuzis calibre .50 e mais dezesseis calibre AK-47, além de carregadores, munições, coletes e capacetes balísticos, granadas e detonadores e equipamento usado em combate, como coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras e balaclavas.

O comandante do Bope do Mato Grosso, coronel Frederico Correa Lima Lopes, avaliou a operação como bem sucedida. O militar considera que crimes como esse "geram um pânico na população" e uma resposta imediata é de "suma importância" para contornar o trauma e o prejuízo econômico para a região, afetada pela interferência da perseguição.

Criminosos apontados como autores de um mega-ataque à cidade de Confresa, no Mato Grosso, estão há 27 dias sendo caçados pela polícia em uma mobilização que envolve agentes de cinco Estados. Na fuga, esses suspeitos têm se alimentado dos milhos das lavouras enquanto se escondem na região da cidade de Pium, no centro-oeste do Tocantins, a 181 quilômetros da capital Palmas.

Foram as espigas de milho carcomido abandonadas à beira da TO-080 que chamaram a atenção das equipes "Força Comando" e "Equipe Força 90", da Força Tática da Polícia Militar de Mato Grosso, na altura da entrada da Fazenda Terra Bom. O grupo desembarcou das viaturas, acionou o Bope do Mato Grosso e seguiu as pegadas até encontrar os suspeitos com quem trocaram tiros no dia 2 de maio.

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Segundo os militares, assim que entraram na mata após o tiroteio encontraram um dos alvos, um paraense de 32 anos, ainda com sinais vitais e respiração ofegante. O suspeito foi levado para o hospital da cidade de Marianópolis, onde teve o óbito confirmado.

Era o 13º dos 15 suspeitos mortos na Operação Canguçu, que reúne 320 policiais militares e civis de Mato Grosso, Tocantins, Pará, Goiás e Minas Gerais.

Na sexta-feira, 5, os militares tocantinenses encontraram mais espigas de milho, sapatos velhos e sal com ureia, abandonados na região de Pium, próximo ao povoado Café da Roça.

"Aqui tem muita plantação de milho, então serve para ter subsistência, além dos recursos da mata e alguma casa dispersa", avalia o coronel da PM do Tocantins Francinaldo Machado Bó, que coordena a tropa tocantinense na operação.

Até este domingo, 15 suspeitos morreram durante confrontos na região, dois foram presos no cerco policial no Tocantins. Outras duas prisões ocorreram em Redenção (PA) e outra em Araguaína, norte do Tocantins, de um suspeito de ser um dos articuladores da logística do assalto frustrado a uma caixa-forte da transportadora de valores Brinks, em Confresa (MT), no dia 9 de abril.

O coronel disse não ser possível divulgar quantos suspeitos ainda podem estar na região e acredita que há menos deslocamentos dos remanescentes. "A esta altura, eles procuram se movimentar pouco para gastar pouca energia. Esperamos em breve encerrar a operação."

O coronel orienta que a população deve seguir com a rotina mais discreta, evitar sair de casa e não enfrentar os suspeitos. "Em caso de algum contato com os ladrões, que se reservem e atendam ao que pedirem. Se possível usem o 190 para avisar a Polícia Militar ou qualquer policial que esteja patrulhando a cidade".

Comunicação entre PM e indígenas ajuda na localização de bando

Os bandidos chegaram em Confresa (MT) em carros blindados. Era dia 9 de abril. Vinham de uma fazenda no Pará, como mostrou o Estadão na semana passada. Haviam planejado o crime durante mais de um ano e investido cerca de R$ 2 milhões. O alvo era uma caixa-forte da transportadora de valores Brinks. Logo que entraram na cidade, atacaram o quartel da Polícia Militar. A 737 quilômetros dali, os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de Mato Grosso, receberam online as primeiras informações sobre o assalto. Ia começar a grande caçada.

Entre Confresa e a cidade de Santa Terezinha, em Mato Grosso, vivem oito etnias indígenas, entre elas os Tapirapés, os Carajás e os Canelas. A área conta com uma dezena de aldeias, quase todas na rota de fuga planejada pelos bandidos. O que eles não sabiam era da existência de uma rede de informações com ligações com a PM de Mato Grosso, mantida no aplicativo WhatsApp, por meio do qual os indígenas avisam os policiais sobre problemas e ocorrências na região.

Essa rede foi um dos fatores decisivos da Operação Canguçu, a grande caçada que envolve 320 policiais de cinco Estados. Acredita-se que outros dez estejam perdidos nas matas de Tocantins, principalmente na região de Marianópolis (TO).

O "Zap dos Indígenas" foi só um dos imprevistos no caminho da quadrilha da qual participava Danilo Ricardo Ferreira, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), com ligações com o traficante Edilson Borges Nogueira, o Biroska, morto em 2017 em uma briga interna da facção. Danilo foi o primeiro dos bandidos mortos pelos policiais, no dia 10 de abril - a caçada já teve 11 enfrentamentos. (Colaborou Marcelo Godoy)

Vinte e três pessoas foram presas na manhã deste domingo, 7, suspeitas de aplicar o golpe do bilhete premiado em quatro estados do Brasil. As prisões ocorreram no Rio Grande do Sul, com 18 presos, Santa Catarina (1), Paraná (3) e Espírito Santo (1). Além disso, outras cinco pessoas que já estavam detidas no sistema prisional respondem pelo crime.

No Rio Grande do Sul, agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão nos municípios de Passo Fundo, Caxias do Sul e Farroupilha. Em Santa Catarina as ações ocorreram em Itajaí, Camboriú e Balneário Camboriú. Já no Paraná, foram cumpridos mandados em Pinhais, São José dos Pinhais e no município de Colombo. Em Vila Velha, no Espírito Santo, policiais civis também realizaram uma prisão.

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Ao Estadão, a delegada da 3ª DP de Canoas (RS), Luciane Bertoletti, disse que entre os detidos, estão os líderes dessa quadrilha. "As ações de hoje resultaram em 23 suspeitos detidos, sendo que 5 em Caxias do Sul e 13 em Passo Fundo, cidade a qual é considerada pela polícia como o 'berço do bilhete premiado'", afirmou. Segundo ela, os estelionatários, têm até "escolas", onde ensinam os interessados a praticar o crime.

De acordo com ela, o golpe "consiste em fazer com que a vítima, geralmente idosa, acredite estar diante de uma oportunidade de se tornar um milionário e é convencida" pelos criminosos. A vítima é abordada em via pública e o estelionatário se passa por uma pessoa humilde, que tem um bilhete premiado em mãos. Em seguida, outros golpistas aparecem em cena, simulam ajuda e confirmam o suposto bilhete como verdadeiro.

Depois, os bandidos simulam telefonema para o gerente de uma agencia bancária, que confirma o suposto bilhete como verdadeiro. Na sequência, convencem a vítima a transferir valores e entregar cartões para o falso vencedor, como garantia para o recebimento do prêmio. A vítima, inocentemente, acredita que irá ficar com parte da premiação. O crime geralmente ocorre perto de bancos.

As investigações tiveram início em 2021, quando mais de 20 vítimas, a maioria idosos, caíram no golpe do bilhete premiado. A Polícia Civil gaúcha estima prejuízo de cerca de R$ 1 milhão. Os detidos serão enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante nesta segunda-feira, 13, três homens, de 26, 27 e 29 anos, suspeitos de integrar uma quadrilha que usava corridas por aplicativo para sequestrar e extorquir mulheres na Grande São Paulo. Conforme o portal g1, algumas vítimas também foram abusadas sexualmente. Uma mulher de 46 anos, que foi mantida refém após solicitar uma corrida nos Jardins, na zona oeste, foi libertada na noite de segunda.

As prisões, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram feitas por agentes da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 4ª Delegacia Seccional da Zona Norte. Eles já estavam monitorando o grupo de forma prévia. Os três homens foram detidos na Vila Curuçá, na zona leste de São Paulo. O trio estaria a caminho do cativeiro para onde a mulher seria levada.

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Conforme a polícia, os agentes identificaram que os suspeitos faziam parte de uma quadrilha que utilizava corridas por aplicativo para sequestrar mulheres. Dois veículos usados pelo trio, um HB20 e um Voyage, foram acompanhados pelos policiais enquanto agiam na região do bairro do Jardins, área nobre da capital. Um dos veículos seria usado na corrida em si e outro para dar suporte no sequestro.

Durante a abordagem, um dos suspeitos apontou uma arma de fogo na direção dos agentes, segundo a secretaria. A polícia não especifica se chegou a ocorrer troca de tiros. O homem também teria tentado atropelar os policiais civis e militares envolvidos na ocorrência.

Três criminosos foram capturados na zona leste e conduzidos para a delegacia, onde permanecem à disposição da Justiça. Uma mulher de 46 anos foi libertada. O caso foi registrado como organização criminosa, roubo, extorsão mediante restrição de liberdade da vítima e tentativa de homicídio na 4ª Delegacia Seccional da Zona Norte. As investigações prosseguem.

Como mostrou o Estadão no começo deste ano, os sequestros estão em alta em São Paulo. Puxado pelo Pix, ferramenta de pagamento instantâneo, e pelo "Golpe do Amor", modalidade que embosca vítimas em falsos encontros, esse tipo de crime atingiu o maior patamar em 15 anos no Estado.

Agentes da 5ª Delegacia de Polícia Civil do Rio estão, hoje (15), em ruas de municípios do estado para cumprir 19 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão na Operação Ligação Direta, que resultaram da denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) contra uma organização criminosa especializada na venda de telefones celulares roubados ou adulterados. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, até pouco depois das 9h, sete pessoas tinham sido presas.

Os mandados expedidos pela 2ª Vara Especializada estão sendo cumpridos nos municípios do Rio de Janeiro em São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, Japeri, Nova Iguaçu, e Mesquita, na Baixada Fluminense, e Arraial do Cabo, na região dos Lagos. Os criminosos são acusados pelos crimes de organização criminosa, estelionato e receptação qualificada.

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De acordo com o MPRJ, a investigação identificou diversas vítimas e o modo de atuação dos criminosos. Conforme a denúncia, os criminosos anunciavam os aparelhos celulares da marca Apple no site de compras OLX e marcavam encontro para a venda em pontos movimentados da cidade, geralmente em estações do metrô localizadas no Centro. “No local, entregavam o aparelho com notas fiscais espúrias e consumavam o negócio, inclusive utilizando maquininha para cartão”, completou.

Os celulares vendidos eram fruto de crimes de roubo falsificados e bloqueados. Segundo o MPRJ, depois que percebiam que tinham sido lesadas, as vítimas não conseguiam mais fazer contato com os criminosos. “Para inspirar mais confiança das vítimas, os denunciados entregavam notas fiscais falsas de lojas oficiais da Apple, além de acessórios de celular, como fones de ouvido e carregadores”, revelou.

A denúncia, que foi oferecida em janeiro, indica que os criminosos repetiam os mesmos modelos de nota fiscal e números de IMEI, espécie de código de identificação do aparelho. Para os procuradores isso significa que “os crimes derivam de um mesmo tronco organizacional”.

Riscos

O titular da 5ª DP, delegado Deoclécio Assis, responsável pela operação, chamou atenção para os riscos desse tipo de crime, que muitas vezes os compradores nem sabem que estão cometendo. “Ao comprar um celular sem nota fiscal, de procedência duvidosa, o cidadão pode estar cometendo o crime de receptação. Esse tipo de compra, que parece vantajosa pelo preço abaixo do praticado no mercado, alimenta toda uma cadeia criminosa e pode ter custado a vida de uma vítima”, alertou.

A polícia da Itália desmantelou nesta terça-feira (13) um grupo que enganou cerca de 200 turistas dos Estados Unidos por meio de um hotel falso criado na internet.

Duas pessoas foram presas e outras 19 foram denunciadas em liberdade durante uma operação conduzida em parceria com o Departamento de Segurança Interna dos EUA.

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O esquema funcionava da seguinte forma: os clientes reservavam hospedagens no site de um hotel inexistente no centro de Roma e depois eram contatados por telefone para pagar a entrada com cartão de crédito.

A quadrilha teria enganado cerca de 200 turistas americanos entre 2021 e 2022 e movimentado mais de 600 mil euros (R$ 3,4 milhões).

Durante a operação, a polícia italiana apreendeu celulares, computadores portáteis e cartões de crédito.

Em outra ramificação do inquérito, um casal é investigado por pagar estadias em hotéis de luxo em Roma com cartões de crédito clonados, causando prejuízos de mais de 120 mil euros (R$ 670 mil) aos estabelecimentos.

Os suspeitos, todos eles residentes na capital italiana, devem responder pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Da Ansa

Uma organização criminosa com atuação dentro e fora do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) é alvo da terceira fase da Operação Queda da Bastilha, da Polícia Federal (PF).

As ações deflagradas, na manhã desta segunda-feira (3), contam com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco).

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De acordo com a PF, o grupo criminoso é responsável por diversos crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, prevaricação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão no Iapen contra um detento. As investigações identificaram que um dos investigados, apesar de preso, continuou utilizando aparelho celular dentro do presídio para a prática de diversos crimes.

A desarticulação de uma organização que praticava fraudes por meio de pirâmide financeira e outros crimes contra o Sistema Financeiro Nacional é o objetivo da Operação Technikós, da Polícia Federal, nesta terça-feira (27).

Segundo as investigações, até o momento, mais de 400 pessoas teriam sido lesadas, em valores que podem ultrapassar R$ 30 milhões. “A organização é composta por um conglomerado de 15 empresas e atuou entre os anos de 2017 e 2020, baseada em Santa Catarina e São Paulo, tendo captado clientes para supostos investimentos em criptoativos e outros negócios, prometendo lucros além dos existentes no mercado”, acrescentou a PF.

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Na prática o grupo operava na forma de pirâmide financeira, mediante a negociação de valores mobiliários sem a devida autorização do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários. Além do bloqueio e sequestro de veículos e de bens, direitos e valores mantidos em instituições financeiras e em corretoras de criptomoedas, estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal nos municípios catarinenses de Rio do Sul, Itapema, Porto Belo e Videira e ainda nas cidades paulistas de Paulínia e Osasco.

Até o momento, 11 pessoas foram indiciadas pela prática dos crimes de integrar organização criminosa, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso, operar instituição financeira sem a devida autorização, emitir, oferecer e negociar valores mobiliários sem registro prévio de emissão junto à autoridade competente, além de estelionato e de lavagem de dinheiro. 

Na ação, foram apreendidos veículos, documentos, joias, telefones celulares, relógios e recolhidos os passaportes dos dois principais investigados. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Na manhã desta quinta-feira (22), o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil deflagraram uma operação para prender integrantes de uma quadrilha responsável por furtar combustível de dutos da Transpetro.

A ação, do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), cumpre quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

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De acordo com o MPRJ, a investigação começou quando a Transpetro constatou o furto de petróleo de seus dutos em janeiro deste ano. “Após cientificada de nova despressurização nos dutos, uma equipe da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados seguiu ao local e, ao desembarcarem da viatura, os policiais civis foram surpreendidos por disparos de arma de fogo contra eles”, informou o órgão.

Os policiais encontraram no veículo abandonado documentos, telefone celular e munição. A investigação apontou para uma organização criminosa liderada pelo policial militar Claudio Rafael Bernardino. Também foram denunciados pelo MPRJ como integrantes da quadrilha Carlos Alberto Rabelo Costa, Claudio Henrique Bispo de Rezende, Saulo Lemos e Silva, Gabriel Lucas de Almeida Silva, vulgo Tartaruga, e Jhony Soares França.

A Secretaria de Estado de Polícia Militar confirmou a prisão de um policial militar na manhã de hoje, em Itaguaí: “o policial militar, lotado no 18ºBPM, é suspeito de envolvimento em uma quadrilha especializada em furto de petróleo. Duas granadas, duas pistolas de airsoft, dois fuzis de airsoft, uma espingarda, uma algema, um coldre, carregadores de pistola e munições foram apreendidos na casa do policial”.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca na manhã desta terça-feira (13) em endereços de São Paulo e Santa Catarina, para investigar uma organização criminosa que invadiu 465 contas da Caixa Econômica Federal e furtou valores do auxílio emergencial com 519 transações fraudulentas, entre elas 508 saques.

Os investigadores apontam que a ação dos fraudadores contra uma das grandes apostas do governo Jair Bolsonaro para tentar a reeleição causou um prejuízo de cerca de R$ 500 mil.

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A ofensiva foi batizada Operação Money Leak e fez diligências nas cidades de Ribeirão Pires (SP) e Florianópolis (SC) por ordem da 9ª Vara Federal de Campinas. De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação, traduzida do inglês como 'vazamento de dinheiro', faz referência 'às saídas ilícitas de recursos do Auxílio Emergencial por meio de crimes cibernéticos'.

Os desvios sob suspeita ocorreram entre 23 de maio e 16 de junho de 2020. Segundo a PF, a maioria dos saques efetuados pela organização criminosa se deu na região metropolitana de Campinas, no interior paulista.

Além disso, foram identificadas, entre as operações fraudadas: o pagamento de boleto bancário, oito transações por comércio eletrônico e duas transferências para contas da Caixa.

A Polícia indica que os investigados podem responder por supostos crimes de furto mediante fraude e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 16 anos de prisão.

Os materiais apreendidos nas diligências executadas na manhã desta terça-feira, 13, serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Campinas, para que sejam apuradas todas as fraudes praticadas pelo grupo sob suspeita, além de identificados outros possíveis envolvidos nos crimes.

Policiais civis prenderam, na terça-feira (6), sete pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha que aplicava golpes bancários no Rio de Janeiro. Segundo os policiais, os golpes eram aplicados com a ajuda de uma gerente de banco que integrava o esquema fraudulento.

A Polícia Civil relata que os criminosos obtinham números de CPFs de consumidores e passavam para a gerente avaliar se os documentos estavam aptos à abertura de conta e concessão de crédito, sem o conhecimento dos supostos beneficiários.

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Os valores, concedidos à revelia das vítimas, eram divididos posteriormente entre os integrantes da quadrilha. Vários documentos falsos foram apreendidos pelos policiais com integrantes do grupo.

Os investigados foram presos em flagrante por uma equipe de agentes da 10ª Delegacia de Polícia, de Botafogo, da zona sul da capital fluminense.

Os detidos responderão pelos crimes de tentativa de estelionato, associação criminosa e uso de documento falso.

A Polícia Civil prendeu parte de uma quadrilha mascarada que usava referências de filmes e da série televisiva La Casa de Papel para realizar assaltos em cidades paulistas. Além de armas potentes, como fuzis e submetralhadoras, os criminosos vestiam máscaras como a do pintor espanhol Salvador Dalí, usadas pela quadrilha da série espanhola, e do personagem Coringa, vilão dos filmes de Batman. Em um dos assaltos, ao caixa eletrônico de um supermercado, em Sorocaba, os criminosos deixaram duas pessoas feridas à bala.

Nesta sexta-feira (15), os policiais desencadearam a Operação Mascarados, para cumprir mandados de busca e prisão em São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Boituva e Sorocaba. Três pessoas foram presas em Sorocaba, Osasco e São Paulo, respectivamente. Outras duas estão sendo procuradas. Em um dos endereços, os policiais encontraram as máscaras que foram usadas no assalto ao supermercado de Sorocaba, além de luvas, toucas e um colete à prova de balas.

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A polícia apreendeu ainda uma espingarda calibre 12, uma pistola .45, carregadores e munição, inclusive de fuzil. Foram encontradas também duas placas, uma delas com numeração igual à que estava no veículo usado pelos criminosos. Entre os presos, está o homem suspeito de planejar e participar de um assalto em Sorocaba.

De acordo com o delegado Felipe Orosco, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba, as prisões são resultado de três meses de investigação. "Foi um assalto violento e tínhamos que dar resposta. Além da placa do carro, foram localizadas as vestes que eles usaram no assalto em Sorocaba e, especificamente, as mesmas máscaras, o que não deixa a menor dúvida sobre a participação dos suspeitos", disse.

Em 5 de abril deste ano, quatro homens armados atacaram um supermercado na zona norte da cidade, no momento em que a equipe de segurança, que chegou em um carro-forte, abastecia o caixa eletrônico com cédulas. Eles estavam mascarados, usavam coletes à prova de balas e um dos homens portava uma arma longa. Os assaltantes deixaram o carro, um automóvel preto, no meio da rua, abordaram os seguranças e recolheram as gavetas que continham o dinheiro.

Durante o assalto, eles fizeram disparos no interior do estabelecimento, atingindo duas pessoas. Um segurança que estava trabalhando no supermercado foi baleado no peito e na perna, enquanto uma cliente que fazia compras no supermercado foi atingida no pé. Os dois já se recuperaram dos ferimentos - o segurança foi protegido pelo colete balístico.

Uma câmera registrou a ação dos criminosos. Nas imagens, é possível ver que um deles usava a máscara da série La Casa de Papel e outro, a do Coringa. Testemunhas disseram que os assaltantes eram violentos e fizeram mais de uma dezena disparos com o fuzil e a submetralhadora para assustar quem estivesse no local e evitar que fossem seguidos durante a fuga. Eles levaram R$ 180 mil em dinheiro.

Grupo está por trás de crime semelhante na Baixada Santista

Para o delegado, o mesmo grupo realizou um assalto semelhante, um mês antes, a dois caixas eletrônicos de um supermercado, em Mongaguá, na Baixada Santista. Os criminosos chegaram quando um carro-forte fazia o abastecimento dos caixas eletrônicos do estabelecimento, no Jardim Jussara. Ao menos quatro criminosos 0 fortemente armados pararam um carro preto na rua, renderam os seguranças e levaram o dinheiro. Houve troca de tiros e um segurança foi baleado, mas se recuperou.

Conforme o policial, nos dois casos, os criminosos danificaram o caixa eletrônico antes da ação para obrigar o envio da equipe da empresa de valores. Segundo ele, é possível que a quadrilha tenha participado de outros assaltos em que os criminosos estavam usando máscaras semelhantes. Os suspeitos presos vão responder pelos crimes de latrocínio tentado, associação criminosa e porte ilegal de armas. Os nomes dos detidos não foram divulgados.

Série espanhola foi estouro de audiência na Netflix

'La Casa de Papel' é uma série de televisão de grande sucesso criada por Álex Pina e que teve os direitos de streaming adquiridos pela Netflix. A trama envolve uma quadrilha altamente preparada para assaltar a Casa da Moeda Real da Espanha e o Banco Central espanhol. Os integrantes da quadrilha usavam uniformes vermelhos e a máscara de Salvador Dalí, nascido na Espanha, e que se tornou o principal nome do movimento surrealista do século 20.

Uma idosa de 79 anos que morava sozinha no Rio de Janeiro e tinha R$ 5 milhões no banco foi dopada e mantida em cárcere privado por uma quadrilha que roubou parte de seu dinheiro. Por conta dos remédios, a mulher acabou morrendo, e foi enterrada com um nome falso. O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio, que já identificou quatro acusados pelo crime. Eles devem responder por extorsão com resultado morte, e podem ser punidos com até 30 anos de prisão. O caso foi revelado neste domingo, 15, pelo Fantástico, da TV Globo.

Segundo a Polícia Civil, a professora aposentada Sônia Maria Pilar da Costa morava sozinha numa casa de Vila Isabel (zona norte do Rio) e era dona de 20 imóveis naquela região, além de ser herdeira de uma quinta (propriedade rural) em Portugal - sua família é portuguesa. Ela tinha pelo menos R$ 5 milhões aplicados em bancos, além do dinheiro guardado em um cofre, em casa. Saudável e de rotina simples, ela própria negociava e recebia os aluguéis diretamente de seus inquilinos, com quem mantinha relacionamento formal - não costumava estabelecer laços de amizade com eles.

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Em 2020, uma nova inquilina - Danielle Esteves de Pinho - ocupou um dos imóveis de Sônia e estabeleceu amizade mais estreita com ela. Depois disso, enquanto conversava com dois inquilinos sobre a renovação dos respectivos contratos de aluguel, a proprietária desmaiou. Quando a ambulância chegou para levá-la ao hospital, Danielle também apareceu, para saber o que havia ocorrido. No hospital, o médico avaliou que Sônia estava bem de saúde, apenas desorientada.

Em outubro de 2020, Sônia desapareceu de casa, sem dar notícias a nenhum dos inquilinos. No mês seguinte, os inquilinos receberam uma carta do escritório de advocacia Soares de Andrade Advogados Associados informando que, a partir daquela data, os aluguéis deveriam ser pagos ao advogado José Pinto Soares de Andrade. Os inquilinos estranharam a situação e denunciaram o desaparecimento de Sônia à Delegacia de Descoberta de Paradeiros da Polícia Civil, que então começou a investigar o caso.

Segundo os policiais, desde que se tornara inquilina de Sônia, Danielle começou a dopá-la com remédios. A proprietária foi levada várias vezes ao banco por Andrea da Silva Cristina e Diana Regina dos Santos Simões e movimentou cerca de R$ 800 mil - numa única operação, foram transferidos R$ 430 mil para a conta de Andrea. Segundo a polícia, o advogado Soares de Andrade recebeu outros R$ 200 mil, usados para comprar um carro conversível.

A idosa foi levada de casa para um apartamento em Copacabana, onde teria sido mantida dopada, em cárcere privado. Mas os remédios acabaram provocando a morte de Sônia, resultado não planejado pela quadrilha.

Os criminosos conseguiram enterrar o corpo da idosa com identidade falsa - como Aspásia Gomes, suposta moradora da rua Regente, no centro do Rio - no cemitério do Caju, na zona norte do Rio. O corpo foi exumado e só foi identificado por conta de uma cirurgia ortopédica rara a que Sônia havia sido submetida.

A inquilina Danielle, o advogado Andrade e Andrea foram presos, mas Danielle conseguiu suspender a ordem de prisão. Ao Fantástico, a defesa de Danielle afirmou que ela é inocente e confia na Justiça. A defesa de Andrade afirmou que a acusação atribuída ao seu cliente é "infundada" e que a inocência dele será "esclarecida". As defesas de Andrea e da quarta mulher acusada (Diana Regina dos Santos Simões, que está sendo procurada pela polícia para prestar depoimento) não foram localizadas.

Uma organização criminosa que atua na forma de pirâmide financeira e na prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional é o alvo da Operação Quéfren, da Polícia Federal, nesta terça-feira (3). A PF estima que cerca de 120 pessoas foram lesadas, com prejuízo estimado em cerca de 15 milhões de reais.

No total os agentes cumprem 11 mandados expedidos pela 1ª Vara Federal de Itajaí/SC, três deles de prisão temporária e oito de busca e apreensão, em endereços nas cidades catarinenses de Balneário Camboriú, Tubarão e Camboriú e ainda na cidade paulista de Barueri.

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Além do cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a PF está fazendo o bloqueio e sequestro de bens em nome de pessoas físicas e jurídicas da organização.

Os criminosos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e os crimes contra o sistema financeiro nacional.

Histórico

Segundo a investigação, a quadrilha tem cerca de 20 pessoas e iniciou suas atividades ilegais em 2019, por meio da criação de empresas que atuavam na forma de banco digital, sem autorização do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O grupo atuava com a falsa promessa de rendimentos acima dos juros de mercado, captando recursos financeiros na forma de depósitos em dinheiro ou por meio da negociação de criptomoedas.

“Foi possível identificar que a principal empresa envolvida encerrou suas atividades em 2021, alegando que todos os investimentos dos clientes estariam bloqueados em uma conta de corretora de criptomoedas. Posteriormente, essa mesma empresa lavrou boletim de ocorrência acusando uma celebridade italiana de apropriar-se dos recursos. Suspeita-se, no entanto, que podem se tratar de histórias fictícias com o objetivo de os investigados passarem-se por vítimas e esquivarem-se da cobrança dos investidores”, detalhou a PF em nota.

O nome da operação faz referência ao segundo maior monumento do Egito Antigo, a Pirâmide de Quéfren, construída há mais de 4500 anos.

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