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Eleito pela terceira vez na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan tomou posse neste sábado, 3, dando início ao seu terceiro mandato presidencial após três passagens como primeiro-ministro. Durante sua cerimônia de posse no palácio presidencial, ele saudou "o início do século turco, um novo período de glória para nosso país". Em outubro, o país celebra seu centenário como república, que se iniciou após a queda do Império Otomano.

"Convido todas as 81 províncias a se reunirem em fraternidade. Deixemos para trás os ressentimentos da campanha. Vamos encontrar uma maneira de compensar os sentimentos feridos. Vamos todos trabalhar juntos para construir o século turco", disse em seu discurso de posse. Ele também expressou sua intenção de introduzir uma nova constituição, dizendo: "Libertaremos nossa democracia da atual constituição produzida pelo golpe militar (de 1980) e a fortaleceremos com uma constituição civil e inclusiva que promova a liberdade".

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Agora, as atenções estão voltadas para o anúncio de seu novo gabinete. Sua programação deve indicar se haverá uma continuação de políticas econômicas heterodoxas ou um retorno a outras mais convencionais, em meio a uma crise de aumento do custo de vida.

Erdogan, de 69 anos, ganhou um novo mandato de cinco anos em um segundo turno da corrida presidencial na semana passada, o que pode estender seu governo de 20 anos no país-chave da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), responsável pelo segundo maior exército da aliança militar internacional. A Turquia também hospeda milhões de refugiados e desempenhou um papel crucial na intermediação de um acordo que permitiu o embarque de grãos ucranianos através do Mar Negro, alertando para uma crise alimentar global.

Um economista turco renomado denunciou neste domingo que foi detido pela polícia de Istambul, dentro de uma investigação sobre se insultou o presidente Recep Erdogan nas redes sociais.

Mustafa Sonmez, que criticou as políticas do governo, publicou no Twitter que foi detido às 3h e libertado horas depois.

Segundo Sonmez, autoridades o acusaram de "provocar adversidade e ódio" ao tuitar um vídeo dos torcedores do clube de futebol Besiktas celebrando sua vitória sobre o Basaksehir, que pertence a empresários considerados próximos de Erdogan.

"Que maravilhoso, em 31 de março, ganharam do AKP (Partido de Justiça e Desenvolvimento, de Erdogan); em 13 de abril, ganharam da equipe do AKP, Basaksehir. Alá, glorioso, concede e concede", publicou Sonmez ontem no Twitter.

O AKP sofreu um revés nas eleições locais de 31 de março, ao perder em Ancara e Istambul, maior cidade da Turquia.

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