O secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, disse nessa terça, 16, que a reorganização escolar está suspensa até dezembro e, em 2016, "não se fala em reorganização". Mas o fechamento de salas da rede estadual não foi descartado para 2017, de acordo com Nalini. "Se houver discussão, é depois de dezembro e se a sociedade quiser."
Quase um ano após os protestos contra a reorganização escolar, Nalini avalia que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) tem imprimido "gestão democrática" em relação à proposta de fechamento de escolas. "A própria sociedade percebeu que isso foi uma manifestação, foi ouvida e está havendo resposta."
##RECOMENDA##Nessa terça, 16, a secretaria empossou membros da Frente de Instituições Públicas pela Educação (Fipesp), que vai trabalhar com a pasta. No grupo, que se reunirá mensalmente, há representantes de Tribunal da Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria-Geral do Estado, Assembleia Legislativa e Ordem dos Advogados do Brasil. Nalini descartou que a frente tenha sido criada para debater a reorganização escolar.
Segundo ele, o objetivo de criação do grupo é compartilhar preocupações e fazer discussões sobre metas da pasta. "Estamos pensando em mostrar a essas instituições a realidade dos desafios da rede."
Integral
Para Nalini, uma das razões que explicam a saída de um a cada seis alunos das escolas integrais, como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou nessa terça, 16, é a crise econômica. "Uma coisa é você desejar, estabelecer meta. Outra são as dificuldades. Estamos numa crise gravíssima." Ele pediu ainda o apoio de empresários interessados em investir no ensino integral. "Peço que nos ajudem com isso. Embora o governo reserve 31% para a Educação, ainda é insuficiente, diante da demanda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.