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Durante a recepção de 669 médicos especialistas para a rede estadual de Saúde, o governador Eduardo Campos (PSB) frisou a necessidade de reforçar o debate de financiamento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). No evento que ocorreu na manhã desta sexta-feira (01), no Centro de Convenções em Olinda, o socialista anunciou que os investimentos na área de saúde no Estado aumentaram para R$ 44 milhões anualmente, enquanto, em 2007, eram R$ 22,6 milhões.

Os novos residentes ampliarão os atendimentos nos hospitais e unidades médicas credenciadas ao SUS em Pernambuco, e atuarão em 22 instituições. As unidades com maior quantidade de vagas são os hospitais Getúlio Vargas (115), Barão de Lucena (108) e Restauração (100). Do total de vagas ofertadas, 447 são para médicos. Além da ampliação, serão implantados sete novos programas em nove instituições, sendo quatro deles inéditos em Pernambuco (neurologia pediátrica, medicina nuclear, patologia e medicina paliativa). Ao todo, a rede de saúde pública passa a oferecer 40 especialidades e 23 áreas de atuação (sub-especialidades).

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Após dar as boas vindas aos novos médicos, o governador sublinhou a necessidade de reforçar o debate de financiamento da tabela do SUS, em um novo pacto federativo pela saúde pública, criticando os recursos enviados atualmente. “Há um subfinanciamento do SUS. A situação de muitos municípios chegou a um limite. Fico à vontade para falar em estipular um teto mínimo para investimentos em saúde, porque Pernambuco ultrapassa e muito os 12% que determina a Emenda 29. Estamos colocando entre 17% e 19%”, argumentou.

De acordo com o governador, Pernambuco possui a terceira maior quantidade de residentes do Brasil. “Ampliamos exatamente o número de residência onde tínhamos maior carência e crise de mão de obra. Depois dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, temos a maior quantidade de residência do País. Há também uma expansão na direção do Interior este ano”, pontuou o gestor.

O programa de residência ainda abre 222 vagas para enfermeiros, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos, fonoaudiólogos, biomédicos, além de biólogos, assistentes sociais, educadores físicos, nutricionistas e veterinários. A bolsa de auxílio aos estudos para os residentes é de R$ 2.384,82, de acordo com o estabelecido pelo Ministério da Educação para todo o Brasil. As residências podem durar até cinco anos.

O secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, pediu que os novos residentes tenham um gestão de gratidão com o povo. “Vocês fazem parte de 5% da população brasileira com o privilégio de ter formação superior. Então, tenham um gesto de gratidão com o povo brasileiro e façam desse conhecimento um ato de sensibilidade”, solicitou Figueira.

 

Os médicos residentes do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fazem paralisação de 24 horas nesta terça-feira (22). De acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Médicos Residentes (APMR), Thiago Henrique faltam equipamentos, medicação e, principalmente, médicos anestesistas. Uma manifestação da categoria está sendo realizada em frente ao HC, na Cidade Universitária.

O presidente afirma que o hospital tem 14 anestesistas a menos que o necessário para completar a escala de cirurgias, o que ocasiona, segundo ele, inúmeros prejuízos à população usuária do SUS. “Todos os dias, 50% das cirurgias estão sendo desmarcadas devido à falta de anestesistas. Há casos de pacientes na fila de espera há três anos”, completou.

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Uma assembleia com os médicos residentes está marcada às 11h, no anfiteatro II do Hospital das Clínicas de Pernambuco.

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