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Alguns aproveitam para rever familiares durante o recesso de fim de ano, outros buscam fugir dos grandes centros em meio às festas, e há ainda quem se dirija às metrópoles em busca das tradicionais celebrações e queimas de fogos. Como de costume, o volume de passageiros se intensifica nos principais terminais rodoviários do país durante o feriado de ano novo.

Somente nos principais terminais rodoviários da cidade de São Paulo – Tietê, Barra Funda e Jabaquara – é estimado fluxo de mais de 736 mil pessoas entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro. Segundo a concessionária Socicam, a expectativa é de que o movimento de passageiros “alcance o registrado antes da pandemia”.

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Os destinos mais procurados são Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Cuiabá e Belo Horizonte, além das cidades do sul de Minas e do litoral e interior de São Paulo. Um total de 1.945 ônibus extras estão sendo mobilizados para atender a demanda.

No Rio de Janeiro, o movimento no principal terminal rodoviário interestadual durante o fim do ano deve superar os 560 mil passageiros, entre embarques e desembarques. Segundo Beatriz Lima, porta-voz da Rodoviária do Rio, “a vacinação já atinge um percentual maior que 70% da população e as viagens pelo Brasil estão aquecidas neste que é um período tradicionalmente de grande demanda”.

Já na rodoviária interestadual de Brasília, mais de 72,3 mil passageiros devem viajar entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro. Assim como em outras cidades, “a expectativa é de que o movimento de passageiros durante o mês de dezembro alcance o registrado antes da pandemia”, disse a Socicam, que também administra o terminal.

Para quem sai da capital do país, os destinos mais procurados são Goiânia, Cuiabá, São Paulo, Campo Grande, Anápolis (GO), Irecê (BA) e Rio de Janeiro.

Direitos

Com o aumento no movimento, pode ocorrer também um incremento em atrasos e cancelamentos. Por esse motivo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) intensificou campanhas informativas sobre os direitos dos passageiros.

Em caso de atrasos, é direito do passageiro pedir para seguir viagem em outra companhia, sem nenhum custo, ou pedir reembolso integral dos valores pagos. Caso o atraso supere três horas, a empresa responsável precisa fornecer alimentação aos usuários. Caso não seja possível seguir viagem no mesmo dia, a viação é obrigada a oferecer hospedagem.

A ANTT também alerta que os passageiros entre 12 e 16 anos que precisem viajar desacompanhados devem portar autorização da Vara da Infância e Juventude da sua cidade. Em alguns estados é possível solicitar o documento pela internet. A autorização não é necessária caso o jovem esteja acompanhado por pais, responsáveis ou parente de até 3° grau.

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O Terminal Rodoviário Prefeito Antônio Farias (TIP), na Zona Oeste do Recife, vai inaugurar o primeiro Hotel Box de rodoviárias do Brasil no próximo dia 5 de julho. A iniciativa "Soneca Napbox' conta com 12 cabines no formato de caixas com 6,25m², onde o passageiro-hóspede tem direito a uma ou duas camas, travesseiro, lençol, ar-condicionado, TV a cabo, rede wi-fi, entradas USB e tomadas universais, além de acessibilidade. O serviço inédito no TIP funciona 24 horas e a forma de pagamento inclui tanto cartão de crédito, como cartão de débito.

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Na semana de inauguração do Hotel Box, os preços serão promocionais. Por exemplo, uma hora vai custar R$ 29 e a pernoite R$ 64.  Já a diária, também no valor promocional, custará R$ 92. Caso o hóspede necessite de duas camas, o valor adicional é de R$ 10. A iniciativa é uma parceria entre a Socicam, empresa que administra o TIP no Recife, e a SB hotéis Brasil LTDA. 

As cabines ficam localizadas no térreo do terminal e também contam com um isolamento acústico nas paredes do quarto e ao redor do lado de fora para que o barulho não atrapalhe a soneca dos hóspedes. Serviços de banheiro e de alimentação não estão no pacote da estadia do hotel e devem ser utilizados nas instalações do TIP. 

De acordo com o idealizador do projeto, Samir Bayde, a iniciativa surgiu por causa da tendência mundial nesse modelo de descanso em terminais integrados de ônibus, em aeroportos ou até em portos. "Esse modelo de acomodação já é utilizado em muitos lugares do mundo, como o Japão, a Itália e os Estados Unidos. Pensamos em cada detalhe para os passageiros que perderam o horário do ônibus ou têm que esperar uma conexão muito longa, possam se sentir confortável nos hotéis", explicou Samir. 

Inicialmente, o serviço vai funcionar com as 12 cabines, mas Samir conta que dependendo da resposta dos clientes no TIP, o número de cabines pode aumentar. A ideia do empresário é levar o projeto para outras rodoviárias e aeroportos do Brasil. "Os nossos hotéis são móveis porque são construídos já com o intuito de serem transportados por inteiro. Acho que essa facilidade é uma grande vantagem para que outros locais se interessem pelo serviço", ressaltou Samir. 

Aeroporto - Em 2015, o Aeroporto Internacional do Recife também ganhou uma iniciativa semelhante. Lá, funcionam quatro cabines individuais com os mesmos serviços de descanso, cada uma com 2,4 m de profundidade. Os quartos da "Siesta Box" dispõem de isolamento acústico, ar-condicionado e TV de tela plana a cabo.

Com a chegada do feriadão, muitos pernambucanos aproveitam para viajar. Com isso cresce o movimento nas rodoviárias do estado. O Terminal Integrado de Passageiros (TIP), situado no Curado, principal rodoviária de Pernambuco, prevê um crescimento de 30% nos embarques e desembarques realizados durante este período. 

De acordo com a empresa de administração de terminais rodoviários de cargas e de passageiros (Socicam), os destinos mais procurados no Estado são Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Petrolina, Salgueiro e Serra Talhada. A cidade de Gravatá também está no roteiro de alguns recifenses. “Eu sempre viajo para Gravatá, pois minha família é de lá. Prefiro fazer o percurso de ônibus porque é mais tranquilo, tanto na ida quanto na volta. E o custo também não é muito alto”, disse o produtor cultural Bruno Loja.

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Muitos passageiros, entretanto, preferem viajar para outros estados, e os destinos mais escolhidos são Maceió - AL, Campina Grande e João Pessoa – PB e Fortaleza – CE.

Brasília - A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estuda instalar juizados federais em rodoviárias de alguns dos principais centros urbanos do país. Segundo o juiz auxiliar Ricardo Chimenti, além de facilitar a vida de quem precisa, a iniciativa pode ajudar a desafogar as varas estaduais de primeira instância, onde muitas pessoas ajuízam ações que seriam de competência da Justiça Federal.

Ainda em fase inicial de estudo, a ideia da proposta surgiu no início da semana passada, durante uma teleconferência com servidores dos juizados especiais que, desde julho de 2010, funcionam em seis dos maiores aeroportos brasileiros, mediando conflitos entre usuários e empresas aéreas. Se saírem do papel, os juizados especiais federais de terminais rodoviários não deverão arbitrar conflitos entre companhias ou terminais rodoviários e passageiros, já que isso cabe à Justiça Estadual.

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O principal objetivo da iniciativa será facilitar a vida dos moradores de cidades onde não há órgãos da Justiça Federal, nem sequer juizados especiais, criados para simplificar e diminuir as etapas processuais e reduzir o número de recursos, tornando o andamento processual mais ágil.

“A ideia é criar postos de atendimento que atendam aos casos que envolvam, por exemplo, concessão de aposentadorias, revisão de benefícios previdenciários e outras reclamações contra a União, autarquias federais ou empresas públicas dentro do limite de até 60 salários mínimos”, explica Chimenti.

O juiz auxiliar sugeriu que a instalação dos juizados federais em rodoviárias seria uma forma de amenizar os problemas causados pela “menor capilaridade da Justiça Federal”. Segundo ele, quando necessitam ajuizar uma ação, muitas pessoas que vivem em comarcas pequenas são obrigadas ou a recorrer à Justiça Estadual ou então a se deslocar para cidades maiores, onde há órgãos de Justiça Federal. Na maioria dos casos, essas ações são movidas por idosos ou doentes que tentam obter ou revisar os valores de benefícios previdenciários.

“Dá para imaginar o transtorno de uma pessoa que tem que se deslocar de ônibus até uma capital como, por exemplo, São Paulo ou Rio de Janeiro, e, quando chega lá, ainda precisa apanhar outro ônibus, muitas vezes sem sequer conhecer a cidade”, completou Chimenti.

A iniciativa também poderá contribuir para reduzir a quantidade de ações tramitando nas varas estaduais de Justiça. Segundo o juiz auxiliar, a falta de juizados federais leva muitas pessoas a recorrer aos órgãos da Justiça Estadual. Chimenti cita o exemplo de Rondônia, onde, segundo ele, cerca de 70% das ações ajuizadas deveriam ter sido apresentadas à Justiça Federal. A capital do estado, Porto Velho, portanto, seria uma forte candidata a sediar um dos novos escritórios.

Além disso, quando recorre à Justiça Estadual, o próprio reclamante é prejudicado. Isso porque a Justiça Estadual não dispõe dos mesmos mecanismos legais que permitem a um juiz federal julgar uma ação em menos tempo.

Além da conclusão de um estudo de viabilidade que já está sendo elaborado, a concretização da proposta dependerá de negociações com os administradores dos terminais rodoviários, com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com os tribunais regionais federais (TRFs). A expectativa de Chimenti é que os postos comecem a funcionar ainda no primeiro semestre de 2012.

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