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Cada vez mais preocupada com o coronavírus, a Fórmula 1 descartou cancelar o GP da China, marcado para abril, em Xangai. Caso o surto piore, a organização da categoria cogita mudar a corrida de data, adiando a prova para a parte final da temporada, quando o circuito volta para a Ásia.

"Acho que, se houver a possibilidade de não acontecer em abril, a corrida será adiada. Vamos deixar aberta a oportunidade de avaliar se a corrida poderá ser disputada mais tarde, para o fim do ano", afirmou, nesta quinta-feira, Ross Brawn, diretor esportivo da Fórmula 1.

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Por questões comerciais, ele descartou cancelar a etapa no país onde começou o surto que já matou 564 pessoas. "A China é um mercado crescente, entusiasta. Então, gostaríamos de ter uma corrida na China", enfatizou Brawn, que também descartou trocar o GP de data com outra etapa. "Provavelmente não faríamos isso. Vamos apenas tentar encontrar uma janela na qual poderíamos encaixar a prova, no fim do ano."

Na quarta, autoridades de Xangai aconselharam os organizadores de eventos esportivos a suspender as competições agendadas para as próximas semanas na cidade chinesa. A Associação Geral dos Esportes de Xangai chegou a emitir um comunicado para pedir aos responsáveis pelos futuros eventos que "respeitem estritamente a exigência do Shanghai Sports Bureau para parar de organizar eventos esportivos durante a epidemia".

Pelo calendário da F-1, Xangai sediará a corrida em 19 de abril. Será a quarta etapa da nova temporada. Se o GP for adiado, poderia ser realizado entre os meses de setembro e outubro, quando o campeonato ruma novamente para o continente asiático, a começar pelo GP de Cingapura, no dia 20 de setembro.

Depois, o circuito vai para a Rússia, no dia 27 do mesmo mês, e para o Japão, em 11 de outubro.

O real estado de saúde de Michael Schumacher continua sendo um grande mistério. Foram poucas as informações fornecidas pelos seus familiares desde que sofreu acidente enquanto esquiava nos Alpes franceses no final de 2013, quando bateu forte com a cabeça e sofreu graves ferimentos.

A família do heptacampeão mundial de Fórmula 1 vem adotando total sigilo em meio a uma série de especulações da imprensa em torno da condição do ex-piloto, mas Ross Brawn, ex-diretor técnico da Ferrari que era muito próximo ao alemão, revelou que enxergou "sinais encorajadores" no longo processo de recuperação enfrentado pelo ex-ferrarista.

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"A família decidiu conduzir a convalescença de Michael de forma particular e devo respeitá-la", afirmou Brawn em entrevista para a rede britânica BBC, na qual depois enfatizou: "Há sinais encorajadores e todos estamos rezando todo dia que vemos mais deles".

Brawn esteve ao lado de Schumacher na campanha de todos os títulos do alemão na F1, na qual também trabalhou com o ex-piloto na Benneton e na Mercedes. E agora critica o fato de que muitas especulações trazem informações erradas sobre o estado de saúde do heptacampeão mundial de F1.

"Tudo o que eu poderia dizer é que há muita especulação sobre a condição de Michael. A maior parte dela está errada e nós apenas rezamos e esperamos todos os dias que continuemos a ver algum progresso e que um dia possamos ver Michael recuperado de suas lesões terríveis", ressaltou.

O calvário de Schumacher parece não ter fim e, em setembro passado, um tribunal alemão chegou a dizer que foi informado que o ex-piloto seguia impossibilitado de andar. O grave acidente sofrido pelo ex-piloto irá completar três anos no próximo dia 29 de dezembro, quando entrou em coma e precisou lutar pela vida, antes de passar por diferentes hospitais e ganhar alta para seguir sua recuperação em casa.

Em entrevista nesta quinta-feira (8) para o site oficial da Mercedes, Ross Brawn rebateu a possibilidade de aumentar o número de corridas para uma temporada. Defendida pelo presidente da Formula One Management (FOM), Bernie Ecclestone, para Brawn seria um grande custo para as equipes ter mais corridas para percorrer em um único campeonato.

“20 corridas já é muito difícil para as equipes que só possuem um grupo de trabalho. Acho que, quando se chega a um ponto que avance esse número, então teremos de começar a pensar em contratar mais pessoas e fazer um rodízio. Isso é muito complicado, especialmente para os engenheiros, porque eles estão intimamente ligados aos pilotos”, explicou.

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Brawn também reforçou que a Mercedes e nem outra equipe tem a capacidade logística de suprir mais de 20 corridas por ano. O chefe de equipe de Brackley destacou que o atual custo para locomoção dos funcionários é muito caro e novas contratações podem dificultar o orçamento das escuderias.

“Isso não é uma coisa fácil, mas com mais técnicos e mecânicos se pode fazer. Porém, 20 provas é algo muito intenso para todo mundo. Realmente, vai começar a ficar difícil de administrar tudo, então acho que 20 é um número limite bastante razoável”, finalizou.

 

Os testes feito por Nico Rosberg no início deste ano, com o novo carro da Mercedes tem deixado o chefe da escuderia com muitas expectativas em relação a temporada 2012 da Fórmula 1. Para Ross Brawn, o alemão deve surpreender no mundial deste ano.

Brawn comentou que o piloto já demonstra qualidades há um bom tempo e em 2012 poderá fazer um bom campeonato. “Na classificação, ele pode tirar o máximo de proveito do carro. Nico chega mais perto dos seus limites".

O chefe da Mercedes é enfático a declarar que seu piloto, hoje, figura entre os melhores da categoria. "Acho que nós muitas vezes o vimos em uma posição de classificação melhor do que esperávamos que o carro pudesse estar. Nico poderia pensar que isso é normal, mas não é. Para mim, ele está definitivamente entre os melhores pilotos da Fórmula 1".

 

 

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