Tópicos | Segunda sem carne

Uma parceria entre o Google e a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) vai facilitar o acesso de quem não consume produtos de origem animal. O selo "Onde tem Opção Vegana" ajuda a localizar estabelecimentos para este público consumidor e, no Brasil, já tem 3,2 mil restaurantes indicados por meio da ferramenta Google Maps.

Além de registrar os locais que oferecem opções veganas, a plataforma também destaca os restaurantes embaixadores da campanha "Segunda sem Carne". O programa envolve mais de 100 cidades brasileiras que incentivam o comércio alimentício a retirar a proteína animal do cardápio às segundas-feiras.

##RECOMENDA##

Com o novo selo, os representantes do programa poderão sugerir descontos e promoções direto na plataforma. Para encontrar a opção vegana mais próxima, basta acesser o www.ondetemopcaovegana.com.br.

O músico britânico Paul McCartney mandou um e-mail ao deputado estadual Feliciano Filho, do PSC de São Paulo, manifestando seu apoio ao projeto do parlamentar de adotar a "Segunda Sem Carne". O projeto, que previa que às segundas-feiras não haveria consumo de alimentos à base de proteína animal nas instituições públicas do Estado, foi vetado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O envio da mensagem foi confirmado ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) pelo escritório do "Meat Free Monday", instituição sem fins lucrativos fundada por Paul, Mary e Stella McCartney em 2009 e que busca reduzir o consumo de carne no mundo.

Na mensagem, o ex-Beatle cumprimenta o deputado pela proposta e encoraja Alckmin a implementá-la. "A produção de carne em grande escala cria efeito estufa prejudicial, esgota recursos preciosos para níveis cada vez menos sustentáveis e é um dos causadores do aquecimento global", afirma McCartney. "Nós, do Meat Free Monday, oferecemos nosso apoio", diz ele.

##RECOMENDA##

A mensagem chegou até o deputado após a decisão de Alckmin. Na resposta ao músico, Feliciano disse que vai "continuar lutando para derrubar este veto e implantar a Segunda Sem Carne e uma alternativa de refeições mais saudáveis em nosso Estado".

O projeto de Feliciano, aprovado na Câmara no fim do ano passado, gerou polêmica entre políticos e indústria. No veto, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 19, o governador pontua que "a imposição, ainda que por um dia, de uma dieta/regime alimentar que, na verdade, representa verdadeira 'filosofia de vida', pela via legislativa, encontra limites no direito à liberdade, expressamente garantido a todos pela Constituição Federal".

Restaurantes, lanchonetes, bares, refeitórios e estabelecimentos similares que exerçam suas atividades dentro dos órgãos públicos do Estado de São Paulo podem ser obrigados a integrar a política do “segunda sem carne”, caso o projeto de lei (87/2016) seja sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O texto, de autoria do deputado Feliciano Filho (PSC), foi aprovado pela Assembleia Legislativa (Alesp) no último dia 27 e aguarda o aval do tucano para virar regra.

O texto proíbe “o fornecimento de carnes e seus derivados às segundas-feiras, ainda que gratuitamente, nas escolas da rede pública de ensino e nos estabelecimentos que ofereçam refeição no âmbito dos órgãos públicos”. Quem descumprir a medida pagará uma multa de 300 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps) o que equivale, atualmente, a R$ 7.521. O projeto não afeta a rede privada de bares e restaurantes.

##RECOMENDA##

A proposta também não deixa claro se a medida vale apenas carne vermelha ou se abrange também aves e peixes, mas na rede social o deputado expõe imagens dos animais para anunciar a aprovação da matéria. Ainda de acordo com o texto do projeto, hospitais e unidades de saúde pública ficam isentas desta proibição.

Feliciano Filho, defensor das causas animais, acredita que a norma “será mais um instrumento de reflexão, um dia para lembrar que os animais sofrem e têm direito à vida como nós”. “Uma alimentação sem ingredientes de origem animal é ética, saudável e sustentável. Assim como nós, os demais animais querem ser livres e ter uma vida normal junto a membros da sua espécie. Desde milênios, o homem vem explorando e subjugando os animais, os quais, considerados inferiores, são transformados em mercadoria. Impedi-los de desenvolver uma vida plena não é justo, já que possuímos alternativas saudáveis e menos impactantes ao meio ambiente para nos alimentar”, argumenta o deputado.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando