O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) pediu justiça, nesta segunda-feira (14), para as mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Os dois foram assassinados há exatos dois meses no bairro do Estácio, no Centro do Rio, após deixarem um evento sobre a atuação de mulheres negras. Até o momento, a polícia ainda não indiciou ninguém pelo crime.
“Dois meses sem Marielle e Anderson. Dois meses de dor e sem resposta. Não descansaremos até sabermos quem foi”, reclamou Marcelo Freixo em publicação nas redes sociais, seguido da hashtag #JustiçaParaMarielleEAnderson.
##RECOMENDA##Marielle Franco era ativista dos direitos humanos e cumpria o primeiro mandato de vereadora do Rio. Ela havia sido a quinta mais votada para exercer o cargo e era conhecida por seus posicionamentos contrários à atuação arbitrária da Polícia Militar do Rio.
Envolvimento de vereador e ex-policial
Na última quarta-feira (10), o jornal O Globo revelou que um homem que prestou serviços a uma milícia na zona oeste do Rio procurou a polícia para acusar o vereador carioca Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo de planejarem a execução de Marielle.
O homem, considerado testemunha-chave do caso, disse à polícia ter visto pelo menos quatro conversas entre Siciliano e Araújo, nas quais a dupla debateu o assassinato de Marielle. O vereador negou o relato da testemunha.
Reconstituição
Na última quinta-feira (10), a polícia fez a reconstituição do crime e conseguiu identificar, a partir de relatos de testemunhas, qual foi a arma utilizada para a execução: uma metralhadora HK MP5, capaz de fazer 800 disparos por minuto. No mesmo dia, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a investigação “está chegando na sua etapa final”. “Eu acredito que, em breve, vamos ter resultados”, afirmou.