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A produção industrial caiu 1,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, divulgou na manhã desta quarta-feira, 4, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de queda de 0,40% a 2,00%, com mediana negativa de 1,45%.

Em relação a setembro do ano passado, a produção recuou 10,9%. Nessa comparação, as estimativas eram de queda de 9,10% a 13,40%, o que gerou mediana negativa de 11,30%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 7,4%. Em 12 meses, houve recuo de 6,5%.

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Em Pernambuco, o crescimento na indústria foi de 3,8% no primeiro semestre de 2012, em relação ao mesmo período do ano passado. O setor, bastante movimentado pelas fábricas implantadas no Estado – a exemplo da Fiat, em Goiana, deixou o Pernambuco em primeiro lugar no desenvolvimento industrial do Nordeste. As informações foram repassadas na sede da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, no fim da manhã desta quarta-feira (7).

O crescimento geral dos Estados deixa, em primeiro lugar, a Bahia, com a aceleração de 3,6%, seguida do Ceará, com 2,9% e Pernambuco com 2,8%. Com a indústria em alta, a população também se beneficiou com a geração de novos empregos. O valor chega a 7,8% em relação ao mesmo período de 2011, incluindo os trabalhadores não remunerados. Há dez anos, a população nordestina migrava para as regiões Sul/Sudeste para procurar emprego. Hoje, o cenário é outro. Em empregos formais, a alta nas carteiras assinadas foi de 5,6%, no comércio,ficou em 11,1% e em outros serviços a alta foi de 6,1%. A expectativa para o crescimento é ainda maior em 2013.

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As grandes elevações econômicas não só em Pernambuco, como também no Nordeste, alavancaram o crescimento da região, ficando a frente do próprio País. No geral, a desaceleração do Brasil ficou abaixo do esperado para 2012, correspondendo a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 2011, a aceleração do País chegou a 5,6%. Esse fator ocorreu devido ao maior índice de endividamento das famílias, que financiam mais carros e casas, mas acabam arcando com os altos valores. De acordo com Tania Bacelar, economista, mesmo com o endividamento grande, não é tão representativo quanto parece. “Apesar da desaceleração, as famílias brasileiras devem cerca de 30% do seu salário. Isso compromete um terço dele. Ou seja, mesmo com dívidas altas, elas conseguem se dividir e pagar. Em relação aos países internacionais, estamos com esse padrão bem baixo”, afirma.

De acordo com Jorge Jatobá, também economista, o desempenho pouco satisfatório do Brasil se deve a falta de políticas de consolidação fiscal. “Além do enfraquecimento do setor financeiro e da capacidade de superação dos governos enquanto a crises financeiras, o País não cresce tanto quanto deveria”, relata.

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