O Governo de Pernambuco confirmou, nesta quinta-feira (6), a notificação de dois casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (Simp) em crianças contaminadas pelo novo coronavírus. A doença, que é rara, está sendo monitorada pelo Ministério da Saúde como um possível efeito da Covid-19.
Segundo o secretário estadual de Saúde, André Longo, a doença possui características similares com as síndromes de Kawasaki e do Choque Tóxico. Entre os síntomas da Simp estão febre insistente, dor abdominal, manchas na pele e irritação dos olhos. Ainda em maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu uma nota de alerta a provável associação entre a síndrome e a Covid-19.
##RECOMENDA##Um do casos registrados em Pernambuco é de uma criança de cinco anos residente de Joaquim Nabuco, na Mata Sul de Pernambuco. Ela foi atendida no Hospital Correia Picanço, no Recife, na primeira quinzena de julho.
O segundo caso é de um menino de 12 anos, morador de Sirinhaém, também na Mata Sul do estado. Ele foi atendido no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, no início de julho, no Recife. As duas crianças receberam alta sem sequelas.
"Nada impede, como é uma situação nova, que casos desde os primeiros aqui em Pernambuco possam vir a ser relatados", comentou Longo. Segundo ele, há notícias em alguns serviços de outras três ocorrências da síndrome, mas ainda não foram relatados, pois é preciso que preencham critérios presentes em nota técnica construída pelo governo na última semana.
A nota técnica traz orientações sobre a notificação da Simp e está sendo repassada nesta semana para os serviços de saúde de Pernambuco. De acordo com o secretário, o documento pede a notificação em até 24 horas da ocorrência para o devido acompanhamento do caso.
A Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica pode evoluir para um caso grave, resultando em inflamação em órgão como rins e pulmões e sintomas cardíacos. Neste último caso, pode ocorrer arritmias cardíacas.
No Ceará, já foram confirmados pelo menos 16 crianças que tiveram contato com o novo coronavírus. A síndrome já atingiu crianças em diversos países.