Começou às 0h, desta quarta-feira (19), a paralisação das atividades dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (ECT). A decisão de deflagrar a greve foi tomada na noite de ontem, após não haver negociação para as reivindicações da categoria. Alguns funcionários estão concentrados em frente ao Centro de Tratamento de Encomendas e de Cartas (CTE/CTC), no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife.
De acordo com Luciano Batista, diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (SINTECT-PE), dos 35 sindicatos existentes no Brasil, apenas 10 ainda não aderiram à greve, a exemplo do Rio de Janeiro e Bahia. “Esses Estados ainda vão realizar assembleia e provavelmente também vão paralisar as atividades”, afirmou.
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No Estado, segundo Luciano, grande parte dos 3.300 funcionários aderiu à greve, mas alguns postos, como a Agência de Correio Central – na Avenida Guararapes – estão parcialmente funcionando. “Os clientes vão sentir o peso da greve quando as cartas não chegarem às residências, já que os carteiros estão parados”, explicou.
Em Brasília, desde às 10h30, representantes da ECT e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estão reunidos com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) num encontro de conciliação. Às 17h de hoje, a categoria irá se reunir em frente aos Correios da Avenida Guararapes para avaliar a proposta que deverá ser apresentada na reunião.
Reivindicações – Nesta greve, a categoria cobra a manuntenção do plano de saúde e a melhoria nas condições de trabalho - como o aumento da segurança nas guaritas. “As agências funcionam hoje como bancos postais e por isso queremos segurança adequada, como portas com sistema de detector de metais”, afirmou Luciano.
Ainda conforme o diretor de comunicação, inicialmente os trabalhadores dos correios pediam um aumento de 43,7%, reajuste reduzido para 10,2% mais a incorporação linear de R$ 200. O governo garantiu um aumento de 5,2%, o que não agradou os grevistas. “Temos o menor salário das empresas estatais, com o valor base de R$ 945”, finalizou.