Em pesquisa feita pela Fundação Itaú sobre “A Relação entre o Desempenho Escolar e os Salários no Brasil” apontou que investimentos na Primeira Infância, período que vai da concepção aos seis anos, trazem mais retorno socioeconômico e influenciam diretamente o desempenho escolar. O estudo ainda apresentou que o aumento de 10% na nota em língua portuguesa é responsável por um salário, em média, 5% maior cinco anos depois que o estudante concluiu a Educação Básica, e uma elevação de 10% na proficiência em matemática origina, em média, um salário 4,6% maior no mesmo período.
“O resultado não chega a surpreender, uma vez que a ampliação do acesso à Educação tem sido apontada por diversas pesquisas como um dos principais fatores para redução da desigualdade social no Brasil nas últimas décadas. Mas para que a criança tenha todo o seu potencial desenvolvido, é preciso que os investimentos sejam feitos bem antes da sua entrada no Ensino Básico, já que a habilidades do ser humano, entre elas a capacidade de aprendizagem que começa a se desenvolver na Primeira Infância, período que vai da gestação aos seis anos”, explica Eduardo Queiroz, diretor presidente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, segundo informações da assessoria de imprensa.
##RECOMENDA##De acordo com o economista James Heckman, Nobel de Economia e professor da Universidade de Chicago, os investimentos na Primeira Infância são mais eficazes do que em qualquer outra etapa da vida, trazendo maior retorno para o indivíduo e para a sociedade. Ao analisar os investimentos feitos pelo governo na área de educação, que aumentou de 5,1% do PIB em 2007 para 6,4% do PIB em 2012, e comparar com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) a partir de 2007, é possível constatar que houve avanço proporcional apenas nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio quase não houve variação do índice. Isso sem contar o investimento social privado.
Sendo assim, foi observado que para avançar no ranking de desenvolvimento das nações e diminuir a desigualdade social, o Brasil precisa investir mais em programas voltados para a Primeira Infância.