Tópicos | Sonia Guajajara

Pré-candidata a vice-presidente pela chapa do PSOL, a índia Sônia Bone Guajajara afirmou, nesta quinta-feira (19), que apesar da população indígena ser a “raiz mais profunda” do Brasil, ela precisa lutar diariamente para existir. A postura da componente da chapa presidencial liderada por Guilherme Boulos é exposta no dia em que o país celebra do Dia do Índio.

“Nós, pertencentes a 305 povos e que falamos 274 línguas diferentes, somos a raiz mais profunda da formação deste país e ainda sim temos que lutar todos os dias pelo direito de existir”, declarou, fazendo referência ao chamado Abril Indígena.

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A psolista pediu ainda que a população não reforce os estereótipos que surgem sobre os índios no país. “É o momento de visibilizar nossas culturas, nossas tradições e nosso modo de vida. É o momento para denunciar o ataque aos nossos direitos, aos nossos territórios, aos retrocessos e as nossas lutas. No mês de abril a tendência é sempre criar e reforçar estereótipos sobre os povos indígenas nos tratando como os índios do passado e invisibilizando a realidade atual”, ponderou. 

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O deputado estadual Edilson Silva defendeu, nesta quinta-feira (1º), que o PSOL apresente a candidatura de uma chapa composta pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, e a coordenadora Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara. Segundo o dirigente nacional da legenda, os nomes estão alinhados a bandeira do PSOL para este ano que é de se aliar “mais organicamente com os movimentos sociais mais dinâmicos do país”. 

Um debate interno pedindo a realização de prévias foi o que motivou a colocação de Edilson, exposta nas redes sociais. O deputado disse que outras pré-candidaturas - de Plínio Sampaio Jr, de Nildo Oriques, de Hamilton Assis - são legítimas, mas “dizer que ‘quase metade’ da direção do PSOL não está contemplada com o processo democrático interno, como afirma um manifesto que pede prévias internas no partido, é um contorcionismo retórico que não consegue disfarçar o fato de que os insatisfeitos são uma minoria”. 

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“Prévias internas agora seriam um mero recurso protelatório e um refúgio para se manter aquecida uma disputa interna já vencida, tudo isto vindo exatamente de setores que até pouco tempo bradavam que o PSOL já deveria ter definido sua candidatura, que estávamos atrasados. Há pouca ou nenhuma honestidade intelectual nisto”, declarou Edilson Silva. 

A expectativa é de que o partido lance a chapa que disputará o pleito presidencial deste ano durante a Conferência Eleitoral do PSOL, marcada para o dia 10. Edilson disse ainda que espera, até lá, concluir “com êxito” o diálogo com os movimentos que sustentam a pré-candidatura de Boulos. 

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