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O célebre diretor de cinema italiano Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013 com "A grande beleza", lançou nesta terça-feira na Itália seu novo filme sobre Silvio Berlusconi, um retrato decadente de um mundo obsessivo por sexo e drogas.

Dividido em duas partes -a segunda estreará na Itália no dia 10 de maio -, o filme "Loro" (Eles, em tradução livre), ilustra uma sociedade italiana imoral e ambiciosa.

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Centrado no período que vai de 2006 a 2011, quando o primeiro ministro Berlusconi costumava organizar em suas mansões festas com belas mulheres, muitas delas prostitutas, o filme descreve uma época de escândalos sexuais e judiciais protagonizados pelo político milionário. Sexo, drogas e prostituição se transformam em cultura de massas e no passaporte para chegar aos salões do poder e à riqueza.

Esse primeiro filme foi em parte inspirado na história do empresário Gianpaolo Tarantini, interpretado pelo ator italiano Riccardo Scamarcio com o nome de Sergio Morra, a pessoa que na vida real organizou as festas eróticas de Berlusconi com prostitutas e que atualmente está preso por tráfico de drogas.

"Loro" retrata com o olhar de Sorrentino a sociedade "berlusconiana" e resulta em uma alegoria desconcertante do poder, de como ele encanta e engana.

"Sou italiano e quero fazer um filme sobre os italianos. Berlusconi é um arquétipo da 'italianità' e, através dele, pode-se contar como são os italianos", comentou Sorrentino há alguns meses.

Os atores americanos Jessica Chastain e Will Smith, o cineasta italiano Paolo Sorrentino e a alemã Maren Aden farão parte do júri do 70º Festival de Cannes, anunciaram os organizadores nesta terça-feira.

As atrizes francesa Agnès Jaoui e chinesa Fan Bingbing, o diretor sul-coreano Park Chan-wook e o compositor francês Gabriel Yared completarão o júri presidido pelo cineasta espanhol Pedro Almodovar.

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Os nove jurados serão responsáveis por escolher o filme vencedor da Palma de Ouro desta competição que acontece entre 17 e 28 de maio.

Ator, produtor e músico, o americano Will Smith, de 48 anos, vencedor de dois prêmios Grammy, indicado duas vezes ao Oscar, participou de filmes como "Independence Day", a trilogia "Homens de Preto" e "Eu sou a lenda".

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2014 por "La grande bellezza" (A Grande Beleza), o italiano Paolo Sorrentino, de 46 ​​anos, é conhecido de Cannes, onde apresentou sete de seus oito filmes, incluindo "Il Divo", que ganhou o Prêmio do Júri em 2008.

Já a atriz americana Jessica Chastain, de 40 anos, fez filmes como "A Árvore da Vida", de Terrence Malick - que conquistou a Palma de Ouro em Cannes em 2011 -, "A Hora Mais Escura", de Kathryn Bigelow, e "Interestelar", de Christopher Nolan.

A Academia Europeia de Cinema premiou neste sábado em Berlim em sua 28ª premiação anual o filme "Youth" (A juventude), do italiano Paolo Sorrentino, e premiou os atores Michael Caine e Charlotte Rampling.

Sorrentino foi distinguido também como melhor diretor pelo filme, uma fábula onírica e melancólica sobre o tempo que vai transcorrendo, protagonizada por três monstros do cinema, Michael Caine, Harvey Keitel e Jane Fonda.

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O ator inglês Michael Caine, de 82 anos, recebeu o prêmio de melhor ator por sua interpretação de um diretor de orquestra aposentado no filme de Sorrentino.

O prêmio de melhor atriz foi para a britânica Charlotte Rampling por sua atuação em "45 years" (45 anos) de Andrew Haig. A academia também entregou um troféu honorário como reconhecimento de sua trajetória.

O ator austríaco Christoph Waltz, o vilão do último filme de James Bond, "Spectre", foi homenageado por sua contribuição ao cinema mundial.

Criada em 1988 em Berlim, a Academia Europeia de Cinema (European Film Academy) reúne cerca de 3.000 profissionais de cinema do continente.

Nada impede uma pessoa de ser jovem, mesmo que tenha 80 anos: esta é a mensagem do cineasta italiano Paolo Sorrentino em "Youth" (Juventude), uma ode à vida e à passagem do tempo, exibida nesta quarta-feira no Festival de Cannes.

Fred Ballinger (Michael Caine), Mick Boyle (Harvey Keitel) e Brenda Morel (Jane Fonda) - que juntos somam mais de 200 anos -, representam a quintessência de vidas plenas, mas já no ocaso de sua existência, que cada um administra a sua própria maneira.

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Fred, um renomado diretor de orquestra e compositor aposentado que não deseja voltar a pisar nos palcos após a ausência da mulher, que depois de ser diagnosticada com Alzheimer passa a viver em um asilo; Mick, um cineasta em crise criativa, que tenta concluir um roteiro para seu último filme; Brenda, que o abandona pela séries de televisão que pagam mais que o cinema.

Além dos veteranos, aparecem Lena (Rachel Weisz), filha e ajudante de Fred, e Jimmy Tree (Paul Dano), outro hóspede do hotel nos Alpes suíços em que Fred e Mick passam as férias.

No cenário idílico e calmo, o tempo parece congelado, como quando Fred faz do silêncio uma orquestra imaginária, formada pelas vacas do local.

"Na vida, todos somos figurantes", afirma um dos personagens de "Youth", rodado em inglês.

Com sua particular visão estética do cinema, Sorrentino, diretor do aclamado "A Grande Beleza", une música e imagens como se estivesse em um balé visual que faz, a partir da velhice e da decadência, uma homenagem à juventude.

Ambientado no antigo sanatório para tuberculosos de Davos (Suíça) no qual o escritor alemão Thomas Mann escreveu sua obra-prima, "A Montanha Mágica", Sorrentino faz uma pequena menção a Maradona, que está hospedado no mesmo local.

O filme também mostra Hitler, isolado, vestido com uniforme militar e que manca. Ou o casal elegante que, noite após noite, não troca uma palavra ou olhar durante o jantar, marcados pela passagem do tempo e tédio.

"Com a idade, tudo o que você faz é pior", afirma um dos personagens do filme do diretor italiano, que perdeu os pais aos 17 anos em um acidente com gás e que aos 25, há quase duas décadas, abandonou os estudos de Economia para começar a criar sua visão pessoal da sétima arte.

Para Sorrentino o filme é "muito otimista e uma excelente oportunidade para exorcizar o medo" da passagem do tempo, do envelhecimento, da morte física e mental.

- A paixão mantém uma pessoa jovem -

"A idade é uma questão de atitude. Quando você tem uma paixão na vida, permanece jovem", disse na entrevista coletiva uma elegante Jane Fonda, que demonstrou na prática sua eterna juventude.

Para Michael Caine, 80 anos, a única alternativa a interpretar velhos "é interpretar mortos". O sempre sarcástico ator resiste no filme a viver seu último grande momento de glória: aceitar um convite da rainha Elizabeth II da Inglaterra, que na vida real o proclamou "Sir".

"O futuro é uma grande oportunidade de liberdade e a liberdade é uma grande grande oportunidade da juventude", afirmou Sorrentino na entrevista coletiva após a exibição do filme para a imprensa.

"Youth" não deixou ninguém indiferente: o filme recebeu aplausos, mas também algumas vaias.

Mas boa parte da crítica considera Sorrentino um candidato sério para a premiação de Cannes, que será anunciada no domingo, 24 de maio.

O italiano é presença constante no festival, onde recebeu o prêmio do júri em 2008 por "Il Divo". Na edição de 2013, "A Grande Belezza", aclamado pela crítica e que recebeu o Oscar de filme em língua estrangeira, deixou Cannes sem prêmios.

Filmes dos irmãos Ethan e Joel Coen (EUA), Steven Soderbergh (EUA), Nicolas Winding Refn (Dinamarca) e Paolo Sorrentino (Itália) estão entre os 19 que disputarão a Palma de Ouro do Festival de Cannes, anunciou a organização nesta quinta-feira (18). Inspirada na figura do extravagante do pianista Liberace e interpretado por Michael Douglas e Matt Damon, Behind the candelabra de Sodergergh (Oscar de Melhor Diretor em 2001 com Traffic e Palma de Ouro em 1989 com Sexo, Mentiras e Videotape) está entre os escolhidos.

Também integram a lista La Grande Belleza de Sorrentino e Only Gods Forgive de Refn. Outro destaque é o novo filme dos irmãos Coen, Inside Llewyn Davis, protagonizado por Oscar Isaac, Carey Mulligan e Justin Timberlake, que narra a história de um compositor folk nos anos 60 em Nova York. O representante latino-americano é Heli, terceiro longa-metragem do mexicano Amat Escalante.

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O primeiro filme americano do francês Guillaume Canet, Blood Ties, com Clive Owen, Billy Crudup e Marion Cotillard, que mostra a rivalidade de dois irmãos, um policial e um criminoso, também está na mostra, mas fora de competição, assim como All is Lost, do americano JC Chandor, no qual Robert Redford interpreta um homem que deve sobreviver depois de cair no mar.

O Grande Gatsby, do australiano Baz Luhrmann, com Leonardo DiCaprio, abrirá o festival em 15 de maio. Zulu, do francês Jérôme Salle, com Forest Whitaker e Orlando Bloom, encerrará o evento em 26 de maio. O cineasta americano Steven Spielberg será o presidente do júri internacional do festival. O diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, comandou o comitê de seleção que escolheu entre 1.859 longas-metragens de todo o mundo.

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