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Uma turista britânica foi detida no Sri Lanka por ter uma tatuagem de Buda no braço direito e teve a deportação ordenada, anunciou a polícia local. A mulher, que não foi identificada, foi detida na segunda-feira (21) no principal aeroporto internacional do país e compareceu a uma audiência com um juiz, que ordenou a deportação.

Ela tem uma tatuagem de Buda sentado sobre uma flor de lótus no braço direito, segundo a polícia. "Foi levada até um juiz de Negombo, que ordenou a prisão preventiva e a deportação", disse uma fonte policial. A britânica chegou ao Sri Lanka em um voo procedente da Índia.

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A polícia não informou se foram apresentadas acusações formais contra a mulher, mas o Sri Lanka proibiu no ano passado a entrada de outro turista britânico por demonstrar "falta de respeito" ao budismo. A medida também foi provocada pela tatuagem de uma imagem de Buda no braço.

O Sri Lanka, país de maioria budista, é muito sensível a tudo que considera ameaças ou ofensas à religião. Em agosto de 2012, três turistas franceses foram condenados a seis meses prisão, mas com suspensão condicional da pena por cinco anos, por terem beijado uma estátua de Buda, o que foi considerado desrespeitoso.

Em 2010, o governo cingalês proibiu uma vista do rapper Akon porque em um dos videoclipes do artista, mulheres de biquíni dançavam diante de uma estátua de Buda. As autoridades não explicaram se a britânica detida na segunda-feira seria deportada imediatamente.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) lançou uma investigação nesta quinta-feira sobre a guerra civil no Sri Lanka após a aprovação de uma resolução sobre o tema, liderada pelos Estados Unidos e sob os protestos do governo do Sri Lanka.

A resolução põe em marcha uma investigação de um ano que irá analisar "supostas violações graves e abusos de direitos humanos e crimes relacionados por ambas as partes no Sri Lanka". A votação da resolução dentro do conselho teve 23 votos a favor e 12 contra, com 12 abstenções, após um debate de dois dias. O conselho também rejeitou um pedido de remoção da convocação ao Sri Lanka para cooperar com os trabalhos investigativos.

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A investigação, que deve custar quase US$ 1,5 milhão, ocorre após a recomendação da Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, que criticou o Sri Lanka por fazer poucos progressos na punição dos responsáveis por atrocidades e crimes de guerra cometidos durante a batalha de 25 anos entre o governo e os rebeldes Tâmil.

A guerra terminou em maio de 2009 depois que forças do governo empurraram os combatentes Tâmil remanescentes para uma faixa de terra na costa nordeste do país. Um relatório da ONU destacou que até 40 mil pessoas podem ter sido mortas na fase final da guerra, mas o governo questiona esse número. A investigação busca esclarecer os fatos e circunstâncias "com uma visão para evitar impunidade e garantir punição dos responsáveis".

O enviado do Sri Lanka à ONU, Ravinatha Pandukabhaya Aryasinha, disse que a investigação constituiria "uma séria violação do direito internacional" pela interferência na soberania da nação. China, Paquistão e outros se opuseram à investigação por motivos semelhantes. Fonte: Associated Press.

Um tiroteio entre presos amotinados e forças de segurança em uma prisão na capital do Sri Lanka deixou pelo menos 27 pessoas mortas. A polícia informou neste sábado que prendeu cinco detentos que haviam escapado e outros estavam sendo procurados. Outras 42 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre os presos e os comandos do exército e da polícia que eclodiram depois que os prisioneiros amotinados invadiram o arsenal e brevemente tomaram o controle de pelo menos parte da prisão Welikada, em Colombo.

O porta-voz da polícia Prishantha Jayakody disse que os confrontos começaram quando soldados da polícia foram à prisão para realizar uma busca e foram atacados por presos arremessando pedras. Ele se recusou a fornecer mais informações. Funcionários muitas vezes realizam buscas para encontrar entorpecentes e dispositivos de comunicação.

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O diretor do Hospital Nacional de Colombo, Anil Jasinghe, afirmou que os corpos de 16 presos estavam no hospital.

Já Kodippili disse que as forças de segurança encontraram outros 11 corpos dentro da prisão e que o número total de mortes foi de 27.

Vinte e três presos que ficaram feridos no confronto estavam recebendo tratamento no hospital, declarou Jasinghe. Treze policiais, quatro soldados, um guarda de prisão e um transeunte também estavam sendo tratados lá, a maioria deles com ferimentos de bala.

Kodippili se recusou a dizer quantos presos podem ter escapado, mas afirmou que operações de busca estavam em andamento para encontrar outros detentos que podem ter fugido.

A situação na prisão havia retornou ao normal na manhã deste sábado. "A prisão está agora totalmente sob controle", afirmou o comissário geral de Presídios do Sri Lanka, P.W. Kodippili. As informações são da Associated Press.

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