Tópicos | Taxas de juro

As taxas dos contratos futuros de juros recuaram nesta segunda-feira (15) em toda a curva a termo, com os investidores ajustando posições após os fortes ganhos vistos na sexta-feira. E, se naquela sessão muitos investidores estrangeiros zeraram ou diminuíram posições, hoje eles voltaram ao mercado na ponta de venda de taxa. Por trás do movimento estiveram as especulações sobre as próximas pesquisas eleitorais, a leve baixa dos yields dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) e o próprio movimento do dólar, que perdeu força ante o real durante a tarde.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2015 estava em 10,85%, igual ao ajuste de sexta-feira, enquanto o vencimento para janeiro de 2016 marcava 11,51%, ante 11,61% do ajuste. Na ponta mais longa, a taxa do DI para janeiro de 2017 marcava 11,69%, ante 11,77%, enquanto o contrato para janeiro de 2021 estava em 11,58%, ante 11,68%.

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Até a metade do dia, os juros futuros mantiveram-se próximos dos patamares vistos na sexta-feira, em leve queda em alguns vencimentos. Mas a desaceleração do dólar ante o real abriu espaço para que as taxas ampliassem os ajustes de baixa - ainda mais em um cenário de economia fraca no Brasil, como demonstrado na pesquisa Focus.

Divulgado pela manhã, o relatório mostrou que a mediana prevista pelo mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2014 passou de 0,48% para 0,33%. Para o ano que vem, foi de 1,10% para 1,04%. Além de prever um crescimento mais fraco da economia, o mercado passou a contar com uma Selic mais baixa em 2015 (de 11,63% para 11,50%). Para este ano, a projeção para a taxa básica permaneceu em 11,00%.

A expectativa que antecede a divulgação de novas pesquisas eleitorais também permeava os negócios. Na noite de hoje deve sair novo levantamento do Vox Populi e, amanhã à noite, nova pesquisa Ibope. Já o novo levantamento do Datafolha pode sair a partir de quinta-feira. O dólar fechou em leve alta de 0,17% no balcão, cotado aos R$ 2,342.

Os juros futuros fecharam em leve alta nesta segunda-feira (12) em um movimento de correção após a queda acentuada na sessão anterior, quando o IPCA de abril no piso das estimativas fez muitos investidores reverem suas posições. O avanço também foi favorecido pela discreta valorização do dólar e pela alta nos yields dos Treasuries. Mesmo assim, o giro foi contido, enquanto os participantes do mercado aguardam dados sobre atividade que serão divulgados esta semana.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (15.955 contratos) marcava 10,865%, de 10,853% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (115.395 contratos) apontava 11,00%, de 10,98%. Na ponta mais longa da estrutura a termo, o contrato para janeiro de 2017 (63.805 contratos) indicava 12,16%, de 12,12%. E o juro para janeiro de 2021 (17.965 contratos) tinha taxa de 12,42%, de 12,38%.

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Em um dia de agenda vazia nos EUA e aqui, os operadores aproveitaram para promover um ajuste técnico nos juros após a queda de sexta-feira, em meio a um volume de negociação limitado. Além disso, a discreta alta do dólar colaborou para o avanço das taxas, assim como a elevação nos yields dos Treasuries. Com as bolsas de NY nas máximas históricas, os investidores deixaram a segurança dos títulos do Tesouro norte-americano para procurar ativos mais arriscados e com maior retorno.

Agora, a expectativa dos agentes financeiros recai nos dados de atividade que serão conhecidos ao longo da semana. As atenções se voltam para os resultados do comércio varejista em março, que serão anunciados na quinta-feira pelo IBGE, além do IBC-Br referente ao mesmo mês, que deve ser conhecido na sexta-feira. Há, ainda, a divulgação do primeiro indicador fechado de inflação em maio, o IGP-10, na mesma quinta-feira. É esperado para esta semana o Caged de abril e, amanhã, saem os números sobre o emprego industrial.

Hoje, os dados divulgados não fizeram muito preço. A Fipe informou que o IPC, que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve alta de 0,45% na primeira quadrissemana de maio, uma desaceleração em relação à última leitura de abril, que teve avanço de 0,53%. Já a Pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que a estimativa para o PIB neste ano subiu de 1,63% para 1,69%, enquanto a expectativa para o IPCA recuou de 6,50% para 6,39%.

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