Tópicos | Todo Calor

A cantora e compositora Isaar França é dona de um timbre único, e marca presença na cena musical pernambucana desde a formação do grupo Comadre Fulozinha, que encabeçava. Sua voz característica e agradável vem acompanhada do bom gosto musical que faz dela uma das cantoras mais expressivas desta geração da música de Pernambuco. Com dois discos lançados - Azul claro e Copo de espuma -, Isaar acumula palcos e experiência, e se prepara para lançar nesta sexta (11) o terceiro, intitulado Todo calor.

Com mais de quinze anos de carreira, Isaar traz para este trabalho uma sonoridade mais pesada, menos regionalista e mais urbana que nunca. Em conversa com o LeiaJá, a cantora fala do baque que levou com o assassinato do baixista Lito, que a acompanhava desde o início da carreira solo, da construção de uma nova banda, do processo de preparação e gravação do terceiro álbum e do show de lançamento, que contará co apresentações de Curumin e da argentina La Yegros.

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Todo calorestá disponível para baixar desde fevereiro. Também é possível ouví-lo na íntegra no youtube.

Quanto tempo você passou na pré-produção deste terceiro disco, Todo Calor?

É um pouco complicado porque a gente começou a trabalhar ainda com Lito (baixista que acompanhava Isaar, morto em 2012). Eu tive que parar tudo para organizar o juízo e mudei praticamente todo mundo na banda. Algumas das canções deste disco já estavam sendo trabalhadas. Na época eu disse: ‘gente, não sei se eu tenho condições de me comprometer com ninguém, não sei se vou virar cantora gospel (risos), para tudo’. Depois convidei Rama para tocar o baixo, conheci Do Jarro (bateria) e mantive Deco (trombone), que não tinha gravado o disco, mas já fazia shows comigo, e Gabriel, que está comigo desde o começo, ele gravou os três discos. Parece muita coisa, mas nem é, porque em 2012 eu já estava com essa banda e os meninos estavam com muita vontade. Em abril de 2013 é que a gente começou mesmo a fazer uma pré-produção mais focada no disco. A gente já tava se entrosando nos shows e tive a sorte de um amigo meu, Tiago (Zé Cafofinho), me alugou um galpão já com estrutura de estúdio, que ficava no Edifício Pernambuco, na Avenida Dantas Barreto. A gente passou um tempo lá trancafiado, tocando quase todo dia. Eu convidei Berna (produtor do disco), ele assistiu um ensaio, no segundo já gravou e no terceiro já mostrou a gravação apontando o que tinha que ser melhorado e em seguida a gente entrou em estúdio.

Como foi o processo dentro do estúdio?

A gente separou uma semana pra ficar gravando todo dia. E a gente gravou muita coisa junto também, porque o estúdio dá essa possibilidade de o baixista gravar numa sala, o guitarrista em outra, e gravar tudo ao vivo. É uma coisa que eu gosto porque na hora do show o sentimento fica muito parecido. É pessoal meu porque tem gente que faz um disco e o show é outro. O disco é uma coisa e o show é outra. Quando a gente faz assim acho que tem uma proximidade maior. Eu me preocupo que as pessoas assistam o show e possam levá-lo pra casa, acho que quando compram o disco na hora do show é isso que elas querem.

O que muda na sua música com os novos integrantes da sua banda?

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Como foi a escolha do repertório? Onde você foi buscar as canções novas, principalmente as que não são suas? Houve alguma mudança na maneira de construir o repertório deste disco em relação aos outros?

Acho que foi bem parecida a escolha do repertório. Porque é sempre algumas músicas que eu já tinha, algumas que eu compus durante o processo, músicas de amigos que estão mais próximos, que às vezes mandam alguma coisa que eu acho legal. E como a vida sempre muda, a gente também vai mudando. De última hora entrou uma de Cássio Sette, que eu já estava para gravar há um tempo mas achava que nem ia entrar neste disco. Algumas que eu achava que iam entrar, mas não entraram. E tem músicas de Graxa, Beto Villares, e tem um poema do poeta França, de Olinda, que Lito musicou. Vou esquecer de alguém... (risos).

O que você está preparando para o show?

Este show é o lançamento oficial do disco Todo calor. É o show que tem mais fidelidade com o disco, e a gente preparou exclusivamente para esta data, não haverá outro igual. Teremos nos metais os meninos que participaram do disco, com participação do Voz Nagô, um grupo feminino de meninas negras, uma criação de Naná Vasconcelos para a abertura do Carnaval do Recife. Foi massa a participação delas no disco e vai ser massa no show. O disco foi todo feito aqui, gravado, mixado – por Berna, que produziu – e masterizado aqui.

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Serviço

Lançamento de Todo calor, no Conexão PE

Shows de Isaar, Curumin e La Yegros

Sexta (11) | 22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385 - Cabanga)

R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia); comprando antecipado + 1kg de alimento ou um livro infantil, o valor da inteira fica R$ 40

(81) 3127 4143

PROGRAMAR - SÁBADO (8) - 9H

A cantora Isaar é a convidada da vez do projeto Acordes no Museu, a ser realizado neste domingo (9) no Instituto Ricardo Brennand (IRB), às 15h30. A apresentação é uma oportunidade para o público conhecer o novo disco de trabalho da artista, intitulado Todo Calor e lançado antes do Carnaval deste ano. A entrada custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

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O show será acompanhado de guitarra, com Gabriel Melo, baixo, com Rama Om, e trombone, com Deco do Trombone. Para o repertório acústico, a cantora e compositora preparou uma apresentação com músicas do primeiro e segundo CD, além de algumas músicas novas, como Casa Vazia, Nunca mais Desapareça e Estrada de Sementes. O terceiro e novo disco de Isaar está disponível para download no site da artista.

Serviço

Isaar no Instituto Ricardo Brennand

Domingo (9) | 15h30

Auditório do Instituto Ricardo Brennand (Alameda Antônio Brennand, Várzea)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

(81) 2121 0352

O Carnaval mal acabou e o Recife já se prepara para os próximos eventos culturais, um deles é o Festival Conexão PE, que busca reforçar a cena musical pernambucana em parceria com outros estados. Para a edição de 2014, o projeto trará a pernambucana Isaar e o paulista Curumin, que se apresentam na casa de shows Estelita, no dia 4 de abril, a partir das 22h. Os ingressos custam R$ 50 inteira e R$ 25 meia.

Nesta 6ª edição do Conexão PE, a cantora Isaar fará o show de lançamento do seu CD recém-lançado Todo Calor. Já Curumin dá continuidade à turnê de seu elogiado álbum Arrocha. Os ingressos podem ser adquiridos na Loja Passadisco, localizada na Estrada do Encanamento, em Casa Forte; e na Loja Avesso, que fica na Avenida Rui Barbosa, Graças. Mais informações em (81) 3268 0888 (Passadisco) e (81) 3301-7692 (Avesso).

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Serviço

Conexão PE com Isaar e Curumin

4 de abril | 22h

Estelita (Rua Saturnino de Brito, 385- Cabanga)

R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia); comprando antecipado + 1kg de alimento ou um livro infantil, o valor da inteira fica R$ 35

 

 

 

 

 

A pernambucana Isaar lança seu terceiro disco da carreira neste sábado (15). Todo Calor será disponibilizado no site da cantora para download gratuito, através da plataforma Pague com um tweet.

O novo álbum possui 11 faixas, com temáticas que transitam entre o amor ao desapego. Um exemplo é a canção Nunca mais desapareça, que embalada pelos metais, é apropriada para uma dança a dois. Já a faixa-título Todo calor apresenta a questão racial. 

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Em conversa com o LeiaJá, Isaar falou sobre o motivo do lançamento do disco neste mês de fevereiro. “No carnaval tem bastante gente por aqui então a gente preferiu soltar logo”, destaca a cantora.

O disco também apresenta a poesia marginal, elemento presente em todos os álbuns de Isaar. A faixa Coisas por Escrito é dedicada ao poeta Miró. Outros elementos da cultura popular também são características do disco como o frevo em Estação Ligeira

Novo clipe de Isaar disponível da web.

A cantora fará um show de lançamento de Todo Calor dia 4 de abril, na nova casa de shows Estelita. “Vamos divulgar o show de lançamento durante o carnaval”, conta Isaar.

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Com 20 anos de história, o Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco ultrapassou a sua essência e bebe também da fonte de outras atividades artísticas, a exemplo da música. Neste ano não vai ser diferente com apresentações como o show conjunto entre Geraldo Maia, Vinicius Sarmento e a portuguesa Clarisse Fernandes, além de Xico de Assis, Karina Spinelly, Isaar e Romero Ferro - que fará uma homenagem a Cazuza, entre outras atrações. A programação completa está disponível no site do festival.

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A proximidade cultural entre Brasil e Portugal deu vida ao projeto Canções da Terra dos Esquecidos, formado pela mistura dos trabalhos musicais de Geraldo Maia, Vinícius Sarmento e da portuguesa Clarisse Fernandes. O show está marcado para o próximo sábado (11), às 21h, no Teatro de Santa Isabel, e os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). “Trata-se de um intercâmbio que o Janeiro de Grandes Espetáculos promove há três ou quatro anos para as artes cênicas, mas que pela primeira vez contemplou a música. O resultado dos 40 dias que passei ao lado do Vinícius e da Clarisse é um CD com 11 canções a ser apresentado durante o festival, além de outras músicas”, revela Geraldo Maia com exclusividade ao LeiaJá

Já Romero Ferro, que lançou seu primeiro EP no ano passado, vai realizar um tributo a Cazuza intitulado Cazuza de Pai e Mãe com músicas de toda a vida artística do cantor. “No repertório eu coloquei vários hits, até porque tem músicas de Cazuza que não dá pra deixar de fora, mas peguei também muitas canções que considero do ‘lado b’ dele e que são muito boas”, comenta Romero Ferro, que se apresenta no próximo sábado (11), às 21h, no Teatro Capiba do Sesc de Casa Amarela. As entradas custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). 

Outra atração do Janeiro de Grandes Espetáculos é Xico de Assis, que faz show nesta sexta (10), às 21h, no Teatro Capiba do Sesc de Casa Amarela. Na ocasião, Xico apresenta o espetáculo Saracoteio ao lado do Grupo Canto da Madeira. Neste show o público poderá conhecer 15 canções dos mais representativos compositores da MPB, entre salsa, merengue, samba, maxixe e chorinho.  

No dia 14 de janeiro, às 20h30, a cantora pernambucana Karynna Spinelli vai contar a história do samba brasileiro e mundial através do seu repertório. O show será realizado no Teatro de Santa Isabel e os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Também destaque na programação do festival, Isaar se apresenta no dia 18 deste mês, às 21h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Neste show, Isaar dá uma prévia do que será o seu novo disco, previsto para ser lançado este ano com o título Todo Calor, além de músicas dos outros trabalhos da artista. As entradas estão sendo vendidas por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

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