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A Suzano Papel e Celulose acumulou vendas de 446,6 mil toneladas de celulose de mercado no terceiro trimestre, resultado 2,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o indicador ficou praticamente estável, com variação negativa de 0,3%. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas somaram 1,343 milhão de toneladas, uma expansão de 3,3% ante o mesmo intervalo de 2011.

Durante o terceiro trimestre, os principais destinos de vendas da Suzano foram a Ásia (37,0%), Europa (32,1%) e o Brasil (22,4%). A receita líquida obtida com as vendas de celulose totalizou R$ 558,6 milhões, influenciada pela alta média de 14,2% no preço líquido médio da celulose em reais, para R$ 1.250,7 por tonelada. A alta do valor médio, por sua vez, se deu por causa da desvalorização de 24,1% do real frente ao dólar entre os períodos analisados.

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Em dólar, o preço líquido médio da celulose no terceiro trimestre ficou em US$ 616,7 por tonelada, número 8% inferior ao registrado no terceiro trimestre do ano, reflexo da trajetória de queda dos preços internacionais do insumo no período.

Papel

No segmento de papéis, a Suzano atingiu vendas de 350,1 mil toneladas, queda de 1,6% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre, o indicador encolheu 0,7%, resultado incomum, uma vez que o terceiro trimestre é sazonalmente mais forte do que o segundo trimestre.

A receita líquida obtida com a venda de papéis somou R$ 802,3 milhões, alta de 6,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Segundo a Suzano, a alta se deveu à recuperação dos preços e à maior participação do mercado interno no mix de vendas de papel da Suzano. No trimestre, as vendas para o mercado interno representaram 71% do total de negócios da Suzano, comparada à marca de 62,7% no terceiro trimestre do ano passado. "América do Sul e América Central, regiões foco da Suzano, absorveram 84,3% das vendas da companhia no trimestre", destacou a companhia no balanço divulgado nesta terça-feira.

Já o preço líquido médio do papel, incluindo as vendas nos mercados interno e externo, foi de R$ 2.291,5 por tonelada no trimestre, resultado 8,2% superior ao do mesmo intervalo de 2011.

O preço líquido de papéis para Imprimir & Escrever no mercado interno foi R$ 2.179,5 por tonelada, com variação positiva de 2,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O preço do papel cartão no mercado doméstico cresceu iguais 2,1% na mesma base comparativa.

No mercado externo, o preço líquido médio de papéis para Imprimir & Escrever ficou em R$ 2.211,2 por tonelada, com alta de 21,4% ante o terceiro trimestre do ano passado. O preço líquido médio do papel cartão exportado foi de R$ 2.201,1 por tonelada, com incremento de 13,6%.

A Braskem registrou prejuízo de R$ 124 milhões no terceiro trimestre deste ano, 88% menor que o de R$ 1,046 bilhão do mesmo período do ano passado. A petroquímica justifica nos comentários de desempenho que a principal razão para a cifra foi o impacto de R$ 568 milhões do resultado financeiro negativo, "que acabou por anular o melhor resultado operacional do período". O resultado financeiro líquido do trimestre ainda assim veio abaixo (-72%) dos R$ 2,064 bilhões negativos do terceiro trimestre de 2011. Em nove meses, o prejuízo da Braskem soma R$ 1,005 bilhão.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 930 milhões, 1% menor que o de R$ 940 milhões do terceiro trimestre de 2011, com margem de 9,8%, ante 10,8% em igual comparação.

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A receita líquida atingiu de julho a setembro R$ 9,454 bilhões, 9% maior que a do mesmo intervalo de 2011.

A piora no índice de confiança da construção se deve à percepção dos empresários de que o ritmo de crescimento do setor neste ano está inferior ao do ano passado. "Claramente a situação mudou e está mais difícil. Isso está evidente no nível de atividade menor do setor e se reflete na confiança dos empresários", afirmou nesta quarta-feira Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos de construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a FGV, o Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 9,8% no trimestre encerrado em agosto na comparação com igual período de 2011. A piora foi puxada pelo Índice da Situação Atual (ISA-CST), que recuou 11,8% na mesma base de comparação. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou a uma taxa menor, de 8,1%.

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Os segmentos que mais influenciaram a deterioração da confiança dos empresários na comparação anual foram: preparação de terreno (caindo de -5,4% para -5,8%), obras de acabamento (de -4,1% para -5,0%) e construção de edifícios e obras de engenharia civil (de -10,1% para -9,9%). Este último item inclui os segmentos de edificações (de -8,6% para -8,9%), obras viárias (-11,5% para -8,9%) e obras de arte, como pontes e viadutos (-9,8% para -13,0%).

Ana Maria destacou que a piora na preparação de terreno sinaliza que há menos obras sendo iniciadas, o que está relacionado ao menor nível de atividade da construção no País. "Por aí podemos ver que não haverá uma recuperação forte nos próximos dois ou três meses", disse. Por outro lado, a pesquisadora ressaltou que há perspectivas de melhoras entre o fim de 2012 e início de 2013, por conta dos investimentos anunciados pelo governo na área de infraestrutura, além dos ajustes no programa Minha Casa, Minha Vida. "O governo sinalizou que está preocupado em retomar os investimentos."

Emprego e dificuldades

A sondagem da FGV também mostrou que houve queda no total de empresários com planos de realizar contratações. "Com a atividade menor do setor, tem menos gente planejando contratar", apontou Ana Maria, lembrando que as últimas pesquisas do Sinduscon-SP já mostram queda no volume de contratações. "O setor ainda está contratando, mas num ritmo menor."

Em relação às limitações para expansão dos negócios, 33,4% dos empresários apontaram como principal fator a falta de mão de obra qualificada. Em seguida aparecem: competição no próprio setor (27,4%), demanda insuficiente (16,6%), custo da mão de obra (13,4%) e acesso ao crédito (7,4%). Ana Maria destacou o salto na questão da demanda insuficiente, que era de apenas 8,6% há um ano. "Essa demanda está relacionada às obras de infraestrutura, que nos primeiros meses do ano mostraram um ritmo menor que o esperado pelo setor", explicou.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu pela quinta vez seguida na sondagem divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O ICST recuou 9,8% no trimestre encerrado em agosto na comparação com o mesmo período de 2011 e atingiu 122 pontos. No trimestre encerrado em julho, a queda havia sido de 9,9%, na mesma base de comparação. De acordo com a FGV, o resultado mostra que a atividade do setor de construção civil segue em ritmo moderado.

A nova queda verificada em agosto foi motivada pela piora na percepção das empresas em relação ao momento presente. No trimestre encerrado em agosto, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) recuou 11,8%, ante baixa de 10,6% em julho. O indicador atingiu os 112,9 pontos, ante 115 pontos registrados no período de três meses até julho.

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O Índice de Expectativas (IE-CST) recuou a uma taxa menor em agosto em relação ao verificado no trimestre terminado em julho - recuo de 8,1% ante queda de 9,2% na leitura anterior. O IE-CST atingiu 131,1 pontos, ante 132,6 pontos observados na leitura de julho.

A Vanguarda Agro (ex-Brasil Ecodiesel) informou que reverteu o prejuízo líquido e atingiu um lucro líquido de R$ 16,837 milhões no primeiro trimestre de 2012. Considerando o segmento agrícola, a companhia reportou um lucro de R$ 21,818 milhões no intervalo de janeiro a março. No entanto, no segmento biodiesel, o prejuízo no período somou R$ 4,981 milhões.

Já a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 51,84 milhões nos primeiros três meses do ano, aumento de cerca de quatro vezes em relação a igual período de 2011 (R$ 12,658 milhões). Levando-se em conta apenas o segmento agrícola, o Ebitda chegou a R$ 50,652 milhões e, o do biodiesel, a R$ 1,188 milhão.

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A margem Ebitda do consolidado, por sua vez, ficou em 15,7% no trimestre passado, aumento de 9,5 ponto porcentual ante igual intervalo de 2011. A receita líquida no primeiro trimestre do ano ficou em R$ 331,029 milhões, aumento de 61,47% ante igual intervalo de 2011.

A companhia destacou, em seu balanço, que o resultado do primeiro trimestre do ano foi ainda influenciado pelo segmento de biodiesel. No entanto, segundo a empresa, a partir no segundo trimestre o foco estará nas operações agrícolas.

A Vanguarda Agro informou também que a sua dívida líquida caiu no primeiro trimestre do ano em relação ao fim de 2011, passando de R$ 529,879 milhões para R$ 483,415 milhões em 31 de março.

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