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A mudança na política pode transformar o Brasil. Essa é a opinião que prevalece entre os entrevistados no novo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa UNINASSAU, neste domingo (29), encomendando pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. Os recifenses acreditam que o principal desafio do país, neste ano eleitoral, é mudar a política, bem como enfrentar a corrupção. 

Apesar de os entrevistados terem a mesma opinião, o estudo mostra que o sentimento das classes A e B difere do exposto pelas classes C e D. Estes últimos, “culpam” intensamente os políticos, se mostram “exaustos” com os efeitos da “crise” e não possuem uma grande esperança com relação ao futuro do país. 

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Por sua vez, as classes A e B mostra que estão indo à luta independente da política e estão otimistas quanto ao futuro. “Os eleitores das classes A e B fazem questão de afirmar que são independentes do Estado, que precisam ir à luta, e que não dependem da política para conquistar os seus objetivos, embora acreditem ser necessário acabar com a corrupção e mudar a classe política”, explica o coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira. 

O cientista político também ressalta que ao culpar o Estado, as classes C e D revelam carência. “Afirmam que precisam dele [Estado] nas áreas da saúde, educação e segurança e não revelam autonomia para com o Estado. Estão sem esperança para com o Brasil e citam o tráfico de drogas e a violência como desafios enormes”, expôs. 

Na avaliação do porteiro Paulo Roberto, o país está se afundando. “A situação do brasileiro se encontra em uma situação muito difícil, o índice de desemprego muito grande, muitas lojas fechando na cidade, que antes você não via isso. Gostaria muito para o futuro do país mais transparência, que os órgãos se unissem com os políticos para ajudar o Brasil e não um querer ser melhor que o outro. Temos que tirar o país do jeito que está, a gente precisa melhorar muito”, declarou. 

Para o autônomo Ronilson Lemos, 64 anos, o sentimento também é de desesperança. Ele chegou a propor a volta da ditadura militar. “Tínhamos a ditadura, os prefeitos indicados e na minha visão as coisas funcionavam melhor porque víamos um retorno imediato. Sentia tranquilidade de sair nas ruas, não tinha risco de assalto. Digo preferir a ditadura militar do que o sistema democrático com o sentimento de desesperança, mas se a gente não tem políticos comprometidos. É uma classe desacreditada e desgastada”, lamentou. 

A pesquisa também mostrou que a categoria C e D falam bastante no poder da educação. “Para eles, a educação muda as pessoas e tem o poder de mudar a classe política. Jovens das classes D revelam o desejo de entrar na universidade pública, mas reconhecem falta de capacidade. Os eleitores maduros afirmam que os filhos precisam de uma boa educação para ter uma vida melhor”, salientou Oliveira.  

A pesquisa teve como finalidade, entre outros pontos, verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país e os presidenciáveis. O método utilizado foi o qualitativo, no qual os grupos foram segmentados por classe social residentes em diversos bairros da cidade do Recife. A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados.  

É considerado integrantes da classe A e B os que possuem renda familiar acima de R$ 5 mil reais. O grupo C tem renda entre R$ 4 mil e R$ 2 mil reais e os inseridos na D entre R$ 800 a R$ 1.200 reais. 

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