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Uma estudante ganhou na Justiça o direito de receber explicações para a nota baixa que provocou sua reprovação em uma disciplina no curso de Medicina da Uninove, na capital paulista. A sentença foi publicada na última sexta-feira, 1.

A defesa da aluna alegou que houve violação ao Código de Defesa do Consumidor, porque ficou caracterizada má prestação de serviços pela universidade. Isso porque houve recusa de explicações para a nota da disciplina de ginecologia e obstetrícia, do curso de Medicina.

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A estudante relatou à Justiça que ficou quase um ano sem saber qual era sua nota na matéria de ginecologia. Ela alegou que só soube sua média na matéria em fevereiro deste ano, enquanto seus colegas tiveram acesso aos resultados em fevereiro do ano passado. Ela diz que ficou com uma média equivalente a 6,5 nessa matéria, o que lhe provocou reprovação na disciplina.

Mas a aluna alegou que não descobriu até hoje o motivo dessa nota final na disciplina. A estudante recorreu à Justiça em junho deste ano.

"Este tipo de demanda nem deveria ser levado ao Judiciário, mas infelizmente nem os professores nem os coordenadores se importaram com o problema da aluna. Então agora restou somente o Poder Judiciário para poder ajudar", diz a defesa da estudante no processo.

A Uninove alegou no processo que, além de prova teórica, a média da aluna também levava em conta uma "nota conceito", baseada em responsabilidade, pontualidade, postura ética, proatividade, desempenho e respeito.

Depois da réplica da Uninove no processo, a juíza Tonia Yuka Koroku, da 13ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, avaliou que a universidade não apresentou à Justiça "qualquer documentação que fundamente a nota". A magistrada disse ainda que essa explicação não afetaria em nada a autonomia do professor.

"Sendo o aluno o destinatário final dos serviços prestados pela requerida, patente a falha na prestação ao impedir que a autora tenha acesso à correção de sua prova, bem como dos fatores que foram levados em consideração para fundamentar sua "nota conceito", afirmou a juíza na sentença.

A universidade foi ainda condenada a pagar as custas processuais e os honorários do advogado da aluna.

COM A PALAVRA, A UNINOVE

Procuradas pelo Estadão, a universidade e a estudante não quiseram comentar o caso.

Um estudante do campus Memorial da Universidade Nove de Julho (Uninove), localizado na Rua Doutor Adolpho Pinto, região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, teve o carro depredado e quase foi linchado por colegas de faculdade ao atropelar várias pessoas em frente ao estabelecimento de ensino, por volta das 22h45 de ontem, momento em que muitas pessoas deixavam o prédio e outras se aglomeravam na rua em frente aos barzinhos. Segundo os policiais, o jovem não tinha carteira nacional de habilitação (CNH) e apresentava sinais de embriaguez.

Por orientação do advogado, ele não prestou depoimento nem fez exame de bafômetro, mas foi encaminhado ao IML a pedido da polícia para realizar exames de dosagem alcoólica e de corpo delito. O rapaz foi encaminhado ao 7º Departamento de Polícia e autuado em flagrante por embriaguez ao volante, dirigir sem habilitação e tentativa de homicídio.

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Ao volante de um Gol vermelho, Leonardo dos Santos, de 25 anos, que também havia acabado de deixar o prédio, segundo o tenente Eduardo Santos, do 23º Batalhão, atropelou algumas pessoas. Ao perceber que seria agredido, acelerou e, na esquina com a Avenida Francisco Matarazzo, atingiu mais dois estudantes, um rapaz de 30 anos e uma jovem de 20. As vítimas, com ferimentos moderados, foram encaminhadas para o Hospital São Camilo, na Pompeia, e para a Santa Casa de Misericórdia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, no total três pessoas foram encaminhadas para hospitais após os acidentes, mas liberadas logo depois.

Leonardo não conseguiu fugir pois bateu o carro contra um poste após o segundo atropelamento. Um colega, ao ver que dezenas de pessoas já corriam para linchá-lo, ajudou o motorista a descer do carro, puxando-o pelo braço e o colocou dentro de uma agência do Banco do Brasil. Revoltadas, as testemunhas quebraram as portas de vidro da agência. Policiais militares do 23º Batalhão chegaram ao local e evitaram o espancamento. Após a perícia no local, o carro foi entregue aos familiares de Leonardo. Segundo o rapaz, ele teve objetos que estavam dentro do veículo furtados.

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