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A Rússia rejeitou alegações ucranianas de que teria assumido inteiramente o controle das usinas nucleares de Chernobyl e Zaporizhzhia, dizendo que enviou alguns funcionários para ajudar as equipes que trabalham nos locais.

Autoridades da Ucrânia haviam dito que funcionários da instalação de Zaporizhzhia foram informados de que o complexo agora é de propriedade da agência nuclear russa Rosatom. Mikhail Ulyanov, representante permanente da Rússia na agência de energia atômica da Organização das Nações Unidas (ONU), no entanto, disse que a afirmação é falsa.

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"A gestão e operação das centrais nucleares de Zaporizhzhia e Chernobyl são realizadas pelo pessoal operacional ucraniano. Um grupo de vários especialistas russos fornece assistência consultiva", escreveu Ulyanov no Twitter.

O governo russo destacou que os especialistas que enviou para Chernobyl estão trabalhando para restaurar a energia no local. A instalação teve energia há alguns dias, fazendo com que as autoridades ucranianas alertassem que isso poderia levar a vazamento de radiação. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) minimizou tais preocupações. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Eletrobras e a russa Rosatom assinaram um memorando de entendimento para promover a cooperação no campo da energia nuclear, incluindo construção de novas usinas no Brasil e suporte durante todo seu ciclo de vida (operação, manutenção e descomissionamento).

O documento foi assinado na segunda-feira, 27, pelo vice-diretor geral de Desenvolvimento e Negócios Internacionais da Rosatom, Kirill Komarov, pelo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, e pelo presidente interino da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.

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"Este memorando de entendimento vai promover uma cooperação mútua no uso pacífico da energia nuclear", disse a Eletrobras em nota nesta terça-feira, 28.

Também estão contemplados no acordo a gestão do combustível nuclear, o prolongamento da vida útil das usinas nucleares existentes no País (Angra 1 e Angra 2), educação e treinamento dos profissionais brasileiros que trabalham no setor e o fortalecimento do conhecimento público sobre o programa nuclear brasileiro.

A parceria entre ambos os países no setor é regulada pelo acordo de cooperação entre os governos da Federação Russa e do Brasil no uso pacífico da energia nuclear, de 15 de setembro de 1994, informou a Eletrobras.

O Brasil possui duas usinas nucleares em operação e uma em construção. Angra 1 começou a operar em 1985 e tem capacidade instalada de 640 megawatts (MW). Angra 2 entrou em operação em 2001, com capacidade instalada de 1.350 MW. Angra 3, gêmea de Angra 2, teve sua construção interrompida após a obra entrar no rol de investigações da operação Lava Jato.

A energia elétrica gerada pelas duas usinas em funcionamento correspondem a cerca de 3% do total gerado pelo País, atendendo cerca de 3 milhões de habitantes.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou interesse em revisar as metas estabelecidas pelo governo anterior, do Partido Democrático do Japão (PDJ), de desativar usinas nucleares em 2030, informou a agência de notícias Kyodo. "Eu promoverei medidas políticas responsáveis", disse Abe a repórteres em Fukushima.

Os comentários de Abe foram feitos depois de uma inspeção à usina de Fukushima Daiichi na cidade que está localizada no nordeste do Japão e onde ocorreu a pior crise nuclear do país, quando um terremoto e um tsunami atingiram a região em março de 2011, inundando partes da usina. Abe também declarou que espera "acelerar" o processo de desativação de Fukushima Daiichi.

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Mais cedo, o premiê havia dito que a limpeza da usina é um "desafio sem precedentes". "O enorme trabalho para o desmantelamento da usina é um desafio sem precedentes na história da humanidade", afirmou Abe, que tomou posse na quarta-feira (26). "O sucesso no desmantelamento levará à reconstrução de Fukushima e do Japão".

A viagem do primeiro-ministro para o local ainda em ruínas é parte do esforço do novo governo para resolver uma questão que tem sido um ponto importante durante os últimos dois anos - se o Japão vai continuar ou não com seu programa de energia nuclear.

O governo anterior havia prometido acabar com a energia nuclear no país ao aposentar reatores antigos e não substituí-los. Mas o Partido Liberal Democrático (PLD), de Abe, que ganhou força após as eleições deste mês, disse que tem planos para usar os próximos dez anos para estudar a melhor combinação de fontes energéticas para o Japão. Abe já havia declarado que pode reconsiderar a decisão do antigo governo sobre eliminar a construção de novos reatores.

Desde o acidente em Fukushima, todos os reatores nucleares do Japão entraram em manutenção e apenas dois dos 50 equipamentos estão atualmente em funcionamento. Observadores acreditam que o Japão vá reiniciar seu programa nuclear com a volta do PLD ao poder. Contudo, parte da opinião pública acusa o PLD de ser parcialmente responsável pela extensão da catástrofe de 2011, por causa da sua cultura de cumplicidade em mais de cinco décadas de governo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O governo regulamentou nesta terça-feira (30), por meio de decreto, o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Usinas Nucleares (Renuclear). A pessoa jurídica previamente habilitada pela Receita Federal poderá efetuar aquisições e importações de equipamentos com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação (II). A isenção vale para as aquisições realizadas até 31 de dezembro de 2015. O decreto 7.832 está publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).

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