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Com uma rotina sobrecarregada muitas pessoas não conseguem manter uma alimentação totalmente equilibrada e saudável todos os dias, trocando o almoço por sanduíches de redes de fast food, comendo fora de hora e até pulando refeições. Com isso, o organismo acaba ficando carente de algumas vitaminas e nutrientes naturais e, na tentativa de equilibrar as coisas, essas pessoas apelam para os suplementos alimentares - as famosas "vitaminas".

A nutricionista Tânia Regina Sellis de Sousa explica que não basta uma boa alimentação para ter um organismo saudável. “O intestino tem que estar em bom funcionamento para poder absorver todos esses nutrientes. Para isso é importante evitar a ingestão de fast food, excesso de açucares, produtos industrializados e gordura”, explica.

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Entre as pessoas que têm maus hábitos alimentares, pode ser que um dia precisem de algum suplemento alimentar, mas essas vitaminas não devem ser usadas sem a prescrição de um nutricionista, pois cada ser humano precisa de uma dosagem adaptada ao seu corpo. “A maioria dos atletas que são usuários desses suplementos alimentares têm uma falsa impressão de que se usarem ficarão igual ao instrutor, quando na verdade muitos não sabem para que serve e quais são as contra indicações” afirma Tânia.

Para quem tem o costume de fazer uso de suplementos vitamínicos todos os dias, a nutricionista alerta que a dosagem em excesso de algum nutriente pode trazer malefícios para o organismo em vez de deixar a pessoa saudável. “Cada nutriente que excedemos a dosagem máxima pode vir acompanhado de diferentes sintomas, esse é também um dos motivos de fazer um planejamento nutricional com um especialista”, orienta.

Os alimentos integrais são fontes de diversos nutrientes, tais como, a vitamina E, vitaminas do complexo B e minerais: como o selênio, zinco, cobre, ferro, magnésio e fósforo. Esses mantimentos podem ser incluídos diariamente na dieta ao optar pelo consumo de arroz integral, granola e outros grãos integrais, a exemplo da aveia. As massas e pães brancos devem ser substituídos pelas versões integrais.

De acordo Cristiane Botelho, nutricionista da Clínica de Nutrição da Universidade Univeritas/UNG, os alimentos integrais possuem uma grande quantidade de fibras, que absorvem água formando uma espécie de gel no estômago, ficando lá por mais tempo, causando a sensação de saciedade, ou seja, “matam a fome” por mais tempo. “O consumo do integral faz com que a pessoa senta menos fome, e isso pode ajudar com que o consumo de outros alimentos seja menor. Sobretudo, para quebrar a fibra do alimento é necessário mastigá-lo mais vezes, facilitando a digestão e maior aproveitamento dos nutrientes. O processo de mastigação ajuda também ajuda a ativar a sensação de saciedade”, explica.

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Em relação às questões calóricas, os alimentos integrais e os refinados possuem quase o mesmo valor energético. A grande diferença está na composição nutricional entre eles. Os integrais por não passarem pelo processo de refinamento, mantem suas características originais, preservando sua propriedade nutricional, enquanto os refinados, perdem, durante o processo industrial, boa parte dos nutrientes e fibras que possuem. Contudo, é essencial a ingestão de água, para evitar problemas de constipação.

Benefícios

Os alimentos integrais, também, ajudam no tratamento ou prevenção de doenças, pois preservam os minerais e vitaminas em sua composição, e pela riqueza em fibras que contribuem para melhorar o bom funcionamento do intestino e do organismo como um todo. O consumo e é aconselhável como preventivo para muitas doenças e para a manutenção da saúde de diversos órgãos do corpo. Os níveis de açúcares no corpo também são equilibrados, pois a liberação da glicose se torna mais lenta e constante, beneficiando especialmente os portadores de diabetes.  Além disso, por serem ricos em fibras limpam o organismo, ajudando a retirar a gordura, os açúcares e as substâncias toxicas presentes no corpo, e ajudam a baixar os níveis de LDL, também conhecido como colesterol ruim, o que previne doenças cardiovasculares.

Por Isabella Araújo

A cozinha é um lugar cheio de mitos e muitas dúvidas giram em torno do processo de cozimento de alimentos. Alguns dizem que perde-se os nutrientes, outros discordam. Mas o que de fato será verdade e o que será mito? Para esclarecer essas dúvidas, o LeiaJá conversou com a coordenadora do curso de nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Fabrícia Padilha.

De acordo com a nutricionista, são vários os fatores que podem influenciar nas perdas de nutrientes nos alimentos durante a manipulação. Ela explica que as três principais causas da diminuição ou perda de nutrientes importantes para o nosso organismo são o tempo de cozimento, a temperatura utilizada e o volume de água empregado.

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"Se a quantidade de água, o tempo e a temperatura de cozimento forem reduzidos, mais nutrientes se mantêm presentes. A vitamina C e algumas vitaminas do complexo B são mais susceptíveis a perdas nos alimentos. Tiamina e ácido fólico são as vitaminas mais sensíveis do complexo B", afirmou.

Fabrícia explica que mesmo escolhendo consumir os alimentos na sua forma in natura (crua), quando é possível, não estamos livres dessas perdas nutricionais. Alguns vegetais possuem substâncias consideradas antinutricionais, que podem interferir na absorção de nutrientes em nosso organismo, e quando cozinhamos os alimentos essas substâncias são inativadas e passam a não mais exercer influência nessa utilização de vitaminas e minerais.

A nutricionista listou algumas dicas de como minimizar essas perdas:

1) Uma boa forma de minimizar as perdas de vitaminas é cozinhar os alimentos com casca, porém tomando cuidado para higienizá-los bem antes do preparo.

2) Evitar fatiar o alimento em partes muito pequenas antes de consumi-los, pois a superfície de contato com o ar, luz e água é maior e favorece aumento de perdas de nutrientes.

3) O tempo de cozimento deve ser controlado. Cozinhar o alimento demais favorece a perda de vitaminas devido ao contato prolongado com altas temperaturas, pois muitas dessas vitaminas são sensíveis ao calor.

4) Não usar quantidade muito grande de água na hora do cozimento. As vitaminas hidrossolúveis se diluem na água ocasionando perdas. O ideal seria cozinhar no vapor, pois já é comprovado que essas perdas são reduzidas.

5) Ao preparar saladas e sucos de frutas, sempre consumi-los logo após o preparo, pois a exposição à luz e ao ar, favorecem a oxidação dessas vitaminas e minerais.

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