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O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril segue repercutindo no governo federal. Nesta segunda (15), membros do governo governo teriam avisado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro demitiria o ministro da Educação Abraham Weintraub, que chamou os membros da corte de “vagabundos” e disse que, se pudesse, os colocaria na cadeia. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro estaria buscando um novo encaixe para Weintraub, como, por exemplo, um cargo diplomático fora do Brasil.

Embora judiciário ainda veja a possibilidade de saída do ministro com ceticismo, acredita-se que sua concretização seria um gesto de paz ao STF. Desde os mês passado, a ala militar do governo aconselha o presidente a demitir o ministro, mas Bolsonaro vem se mostrando bastante resistente às reivindicações, por considerar que Weintraub é um elo importante com seus mais fiéis apoiadores.

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O presidente já vem pedindo aos deputados sugestões de nomes para a Educação, com a condição de que possuam o mesmo perfil político do atual ministro. Bolsonaro e Weintraub têm uma reunião juntos na tarde desta segunda.

Mesmo com a recomendação de autoridades sanitárias para que o isolamento social seja mantido, com o objetivo de conter o avanço da covid-19, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se manifestou neste sábado, 17, a favor da volta às aulas e afirmou que as universidades que estão mantendo as atividades serão premiadas.

Em postagem no Twitter na qual o ministro disse que haverá neste ano o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um internauta questionou sobre as universidades que estão paradas. "Autonomia universitária... Porém, as que estão dando aulas receberão mais recursos e serão premiadas. Há joio e há trigo...", respondeu Weintraub.

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"Os estudantes parados devem se organizar e pressionar reitores/diretores por aulas a distância. Vocês são adultos! Lutem pelo seu futuro!", afirmou também o ministro. Ao falar sobre o funcionamento de escolas particulares, por mais de uma vez Weintraub citou os governadores. "Tento ajudar, porém, alguns governadores pararam o Brasil", disse.

O presidente da Comissão de Educação da Câmara, deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), disse que "as universidades que não estão tendo aula têm um motivo óbvio que é o combate dessa crise e para diminuir o número de mortes". Ele afirmou que "quem está ficando em casa não fica porque quer". E complementou: "Ninguém é joio por tentar salvar vidas".

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) também fez críticas. "Ao se negar a adiar a prova do Enem e ameaçar as universidades, ele está mais uma vez sendo completamente irresponsável e demonstrando sua grande falta de conhecimento da realidade do Brasil", disse. "Ao invés de estar falando besteira, ele deveria estar conversando com secretários estaduais, municipais e reitores para encontrar soluções", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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