O empresário Eike Batista já tinha dado como certa a ida de Bruno Senna para a Williams, em 2012. Semanas depois da declaração do homem mais rico do Brasil na internet, nesta terça-feira, a equipe inglesa confirmou que a segunda vaga para a temporada deste ano será do brasileiro.

Senna ficará no lugar do compatriota Rubens Barrichello que almejava permanecer na escuderia de Frank Williams. Resta agora ao piloto, de 39 anos, tentar a última vaga que resta na F1, na equipe Hispania.

Com 19 temporadas na Fórmula 1, Barrichello desejou sorte ao amigo Bruno Senna, através do Twitter. "fala galeraa....pois é, não estarei guiando o carro da Williams este ano...desejo ao meu amigo @BSenna muita sorte. O futuro esta em aberto...".

Dezoito depois, a Williams volta a ter um membro da família Senna em seu cockpit. O tricampeão Ayrton Senna correu sua última temporada pela equipe inglesa, em 1994, ano de sua morte. Em sua primeira entrevista , após a contratação, Bruno fez questão de citar o tio. “Será interessante dirigir para um time pelo qual meu tio dirigiu. Na verdade, muitas pessoas aqui trabalharam com Ayrton e estou feliz porque agora eles estão me dando a chance de provar meu potencial

O dono da equipe Frank Williams afirmou que está ansioso para ver Bruno pilotar o carro de 2012. "As circunstâncias de suas duas primeiras temporadas na Fórmula 1 não lhe ofereceram a oportunidade ideal de ter uma performance consistente. . Agora estamos ansiosos em ver esse talento em nosso carro".

Bruno entrará nas pistas oficialmente como piloto da Williams no dia 9 de fevereiro, durante o período de deste no circuito de Jerez de La Fronteira, na Espanha.

Desde o GP do Brasil, prova que encerrou a temporada 2011 da Fórmula 1, Rubens Barrichello vive o dilema se irá ou não continuar na categoria. A dúvida parece que vai chegando ao final e o caminho do piloto, que poderá correr seu 20º campeonato, será permanecer na equipe Williams.

Para alguns pilotos e pessoas envolvidas com o automobilismo, Rubinho não precisava passar por este desgaste para continuar correndo na F1. Analistas afirmam que alguns pilotos só estão na categoria porque tem bons patrocinadores que levam dinheiro às equipes.

Segundo o jornal dos Emirados Árabes Unidos, Gulf Today, o piloto brasileiro teria conseguido um patrocínio pessoal no valor de R$ 9,3 milhões. Um dos fortes concorrentes de Barrichello para a vaga na escuderia britânica é o alemão Adrian Sutil, que tem como grande investidor umas das principais empresas germânicas de eletroeletrônicos. A outra vaga da Williams está com venezuelano Pastor Maldonado, patrocinado pela petrolífera estatal de seu país.

O cofundador da equipe Williams de Fórmula 1, Patrick Head, anunciou nesta segunda-feira (28) que deixará a categoria, no final do ano, para se dedicar ao projeto de energia híbrida da companhia para carros de rua e de competição.

“Certamente a palavra não é ‘aposentadoria’, mas não farei mais parte diretamente do programa da Williams para a F1, no próximo ano. Eu irei trabalhar no projeto Williams Hybrid Power, uma tecnologia bastante avançada e muito interessante. Pode parecer chato e maçante, porque esportes a motor são bem interessantes, mas para a companhia são ônibus e trens interurbanos e é aí que o lado comercial deve estar”, disse Head, em entrevista à revista inglesa "Autosport".

Head foi responsável, ao lado de Adrian Newey — agora projetista-chefe da Red Bull —, por alguns dos melhores carros da história da Fórmula 1, como o Williams-Renault FW14B, com o qual Nigel Mansell foi campeão de 1992, vencendo 9 corridas e fazendo 14 pole positions, em 16 etapas.

Entre os projetos desenvolvidos pela Williams Hybrid Power, estão o KERS (Sistema de Recuperação de Energia Cinética, na sigla em Inglês), usado pelo time na temporada 2011, e um dispositivo derivado, usado pela Porsche no modelo GT3R Hybrid 2.0, em categorias de turismo. O sistema usa a energia do acionamento os freios, antes desperdiçada, para gerar a energia elétrica que faz funcionar um motor auxiliar — um ganho de 80 cavalos por volta, no caso do modelo da Fórmula 1.

Atualmente, a Williams passa por uma reestruturação em seu corpo técnico. Em setembro, Sam Michael, que assumiu o lugar de Head em 2004, no desenvolvimento dos carros, foi forçado a deixar o time. Mike Coughlan (ex-McLaren), Mark Gillan e Jason Somerville foram contratados para assumir o projeto de 2012, quando a equipe voltará a usar os motores Renault e buscará resultados expressivos e que atraiam novos patrocinadores.