Uma pesquisa feita por um grupo de estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que mais da metade dos professores da rede pública de ensino acreditam que os espaços físicos, os equipamentos e o ambiente de planejamento pedagógico são inadequados para o desenvolvimento da “hora-atividade” na escola. O estudo foi encomendado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e conta com o apoio da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.
A pesquisa contou com 496 respondentes no Recife (307 docentes e 189 funcionários de escola), com um questionário contendo 70 questões. Entre as escolas que fizeram parte dessa primeira parte estão: Escola de Referência Senador Paulo Pessoa Guerra, Escola Municipal Futuro Feliz, Escola Estadual Jornalista Costa Porto, entre outras.
Dentre os resultados, a pesquisa aponta que 54% dos docentes consideram que os espaços físicos, os equipamentos e o ambiente de planejamento pedagógico são inadequados para o desenvolvimento da “hora-atividade” na escola; 30% dos professores afirmam ter aumentado o número de alunos por turma nos últimos anos; 67% consideram que houve alteração no perfil dos seus alunos; 53% declaram ter havido acréscimo de novas funções e atribuições na jornada de trabalho; 40% afirmam ter alunos com necessidades especiais em suas turmas, no entanto, apenas 20% dos mesmos responderam receber orientações para o trabalho com esses alunos.
Das perspectivas para a melhoria da qualidade foram apontados: receber melhor remuneração, receber mais capacitação para as atividades que exerce e reduzir o volume de tarefas. Além do Recife, a pesquisa está sendo realizada em escolas públicas de 17 municípios pernambucanos. A estimativa é entrevistar 1.500 profissionais em educação.