O desenvolvimento tecnológico e as mudanças que essa “revolução” vem causando nos processos, principalmente industriais, não é novidade para nenhum de nós. As empresas têm mudado seu jeito de produzir e, como consequência, vemos a oferta e postos de empregos tornarem-se cada vez mais escassos.
São muitas incertezas no mercado e para os profissionais resta buscar seu desenvolvimento e estar preparado para quando as oportunidades surgirem. Apenas estudar para ter um bom emprego é um pensamento do passado. Não se deve pensar somente em emprego, mas em trabalho. A trabalhabilidade em todas as suas alternativas de produzir e gerar renda.
Não vamos confundir o conceito de trabalhabilidade com empreendedorismo. Mas, devemos aliar ambos. A trabalhabilidade vem como uma busca de atividades em tempo parcial, a colaboração baseada em resultados, a realização de atividades de consultoria, docência ou qualquer outro jeito de estar ativo. É pensar além do emprego e estar aberto a novos modelos e oportunidades.
Junto com o conceito de trabalhabilidade, que começou a ser discutido no início dos anos 2000, surge a Carreira 3.0, onde o próprio individuo é responsável pela gestão de sua carreira, buscando o trabalho mais colaborativo e conectado. Essa é, sem dúvidas, a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento – que já estamos vivendo.
Em breve, a empregabilidade deve ficar na lembrança. Pensando na evolução do processo, a carreira 1.0 trouxe as empresas como a realização de todo profissional, que tinha a sua vida cuidada pela organização até a aposentadoria. A evolução do conceito veio com a carreira 2.0, onde o desafio era ser atrativo para o mercado, pensando em outras empresas, mas ainda assim, falando-se de emprego.
Diante de tantas mudanças, qual seria o perfil para a Carreira 3.0? Muito mais que profissionais tecnicamente qualificados, os profissionais dessa nova era possuem pensamento crítico, criatividade, sabem resolver problemas complexos, tem resiliência, buscam aprendizado sempre e tem empatia com o cliente. São profissionais colaborativos, que pensam em conjunto. A cooperação, facilmente, dá mais frutos do que a competição – inclusive quando se trata de aprendizado.
Os profissionais precisam pensar em adaptação. A adaptação implica em inovação, e esta é interativa. São essas adaptações que farão o ambiente mudar e o medo não é uma opção para quem quer ter realização profissional. Aqueles que ficarem atentos à trabalhabilidade e dispostos a viver essas mudanças, sempre terão espaço no mercado. É preciso evoluir.