Começa no próximo sábado (16), a 21ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional. Celebrando autores nordestinos e homenageando a atriz pernambucana Lúcia Machado, a programação tomará conta de vários teatros da cidade até o dia 24 de novembro. Ao todo, serão apresentados 12 espetáculos, entre produções nacionais e locais, inéditas e cativas para o público recifense.
O festival vai contemplar vários gêneros da produção cênica, indo do humor ao infantil. A programação também vai evidenciar textos com temáticas nordestinas. Entre os destaques, estão Ariano - O cavaleiro sertanejo, da companhia carioca Os Ciclomáticos; e o Auto da Compadecida, do Grupo Maria Cutia, de Belo Horizonte.
##RECOMENDA##Já entre os representantes recifenses do festival estão o Magiluth, com Apenas o fim do mundo; a atriz Lívia Falcão, com Opá, uma Missão; o Coletivo Caverna, com Cartas; Junior Aguiar, com o solo Pá(Ideia); Criativo Soluções, com A trilogia do Feminicídio; e Alexandre Guimarães, com O Açougueiro.
Programação
ARIANO – O CAVALEIRO SERTANEJO
Companhia Os Ciclomáticos (RJ)
Dias 16 e 17
Teatro Luiz Mendonça, às 20h
O espetáculo, em comemoração aos 22 anos de existência da Companhia Os Ciclomáticos, é uma viagem nas vivências populares tão presentes na obra de Ariano Suassuna, tais como: o cancioneiro, o sertanejo, o repente, o forró, o movimento armorial, o mamulengo, prestando assim uma homenagem à cultura popular nordestina.
OPÁ, UMA MISSÃO
Duas Companhias (PE)
Dia 17, às 18h
Teatro Hermilo Borba Filho
O monólogo interpretado por Lívia Falcão traz à cena a Palhaça Zanoia, uma benzedeira antiga, que recebeu de suas antepassadas a missão de rir de si mesma nas “sete direções”: Leste, Oeste, Norte, Sul, Acima, Abaixo e Dentro. Cumprindo essa missão, Zanoia encontrará a dádiva-diamante escondida em seu corpo.
MAR DE FITAS NAU DE ILUSÃO
Grupo Imbuaça Produções Artísticas (SE)
Dia 19, às 20h
Teatro Luiz Mendonça
Celebração à cultura popular e à arte que emana das ruas, o espetáculo usa conto, canto e dança para apresentar a trajetória estética e histórica do Grupo até os dias atuais, evocando mestres, dramaturgos, personagens, diretores, brincantes e todo mundo que contribuiu com os quarenta e dois anos de existência do grupo.
A PELEJA DE LEANDRO NA TRILHA DO CORDEL
Grupo Imbuaça Produções Artísticas (SE)
Dia 20, às 20h
Teatro Luiz Mendonça
O espetáculo mistura ficção e realidade para narrar a vida de um dos inventores da literatura de cordel, o poeta paraibano Leandro Gomes de Barros. A encenação, suave e brincante, conta a história do cordelista, misturada com as muitas histórias que ele criou.
CARTAS
Coletivo Caverna (PE)
Dia 20, às 19h
Teatro Hermilo Borba Filho
Unindo correspondências trocadas entre dois intelectuais brasileiros, Hermilo Borba Filho e Osman Lins, no período de 1965 a 1976, a peça retrata a tessitura poética e imagética do livro “Guerra sem Testemunhas”, assim como referências a outras obras de Osman Lins. Revela angústias sobre mercado editorial, questões sociais e de trabalho, partilhadas entre os dois amigos, nas constantes cartas que trocavam.
PÁ(IDEIA) – PEDAGOGIA DA LIBERTAÇÃO
Coletivo Grão Comum (PE)
Dia 21, às 19h
Teatro Hermilo Borba Filho
A obra retrata a prisão e o interrogatório do mais notório educador de todos os tempos no Brasil, unindo os temas da educação e das filosofias pedagógicas vivenciadas na Pedagogia da Libertação criada pelo educador Paulo Freire.
APENAS O FIM DO MUNDO
Grupo Magiluth (PE)
Dia 22, às 20h
Teatro Luiz Mendonça
A mais recente criação do Grupo Magiluth apresenta um homem, ausente há bastante tempo, que retorna à casa da família para dar a notícia de sua morte próxima. O reencontro se dá em um domingo, ou ainda, ao longo de quase um ano inteiro.
TRILOGIA DO FEMINICÍDIO
Criativo Soluções (PE)
Dia 22, às 20h
Teatro Barreto Júnior
Constituído por três peças, “Coisas que acontecem no Quintal”, “Triz” e “Aparecida”, o espetáculo é baseado em histórias reais de violências contra a mulher, denunciando o feminicídio e as diversas formas de violência que vitimam mulheres de diferentes contextos sociais cotidianamente.
SENHOR VENTILADOR
Grupo Bagaceira (CE)
Dias 23 e 24, às 16h30
Teatro Barreto Júnior
A peça infantil do Grupo Bagaceira, de Fortaleza conta, somente com gestos, uma história sobre amizade, envelhecimento, apego e sobre o que pode e o que não pode ser descartado, num espetáculo poético e divertido.
O AÇOUGUEIRO
Alexandre Guimarães Produções (PE)
Dia 23, às 19h
Teatro Hermilo Borba Filho
O Açougueiro é uma história de amor no Sertão nordestino, mostrando o lado sombrio dos sentimentos humanos. Trata-se de um monólogo recifense que aborda temas como discriminação de gênero, intolerância e feminicídio, através de nove personagens interpretados pelo ator Alexandre Guimarães, que recorre a toadas, aboios e demais manifestações da cultura popular.
AUTO DA COMPADECIDA
Texto de Ariano Suassuna e montagem do Grupo Maria Cutia (MG)
Dias 23 e 24, às 20h
Teatro Santa Isabel
O espetáculo narra as aventuras picarescas de João Grilo e Chicó, que começam com o enterro e o testamento do cachorro do padeiro, acabando em uma epopeia milagrosa no Sertão, envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo.
ORDINÁRIOS
LaMínima Circo e Teatro (SP)
Dia 24, às 20h
Teatro Luiz Mendonça
Em algum lugar, três soldados formam um pelotão improvável. Diante da angústia da espera, esmeram-se em treinamentos, até finalmente receberem uma missão. Quanto mais avançam pelo território inimigo, ficam evidentes os segredos que um esconde do outro e o quanto são inadequados para o mundo da guerra.
Serviço
21º Festival Recife do Teatro Nacional
16 a 24 de novembro
Teatros Hermilo Borba Filho, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Santa Isabel