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O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) realiza, nesta sexta-feira (4), às 15h, uma reunião de conciliação com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos do Estado de Pernambuco (Sindmetro-PE). A audiência busca diálogo entre as partes, e um possível fim da greve da categoria, iniciada na quinta-feira (3)

O desembargador Sergio Torres propôs o encontro ainda na quinta, mas o Sindmetro-PE não tinha disponibilidade. A reunião será no edifício-sede do TRT-6, no Recife. 

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Em nota, a CBTU confirmou presença no encontro e reforçou “empenho para resolver essa questão e que está aberta para o diálogo com os sindicatos.” 

O Sindmetro-PE, desde o final da votação da assembleia da última quarta-feira (2), havia agendado uma passeata às 14h no Recife, finalizando com uma nova reunião da categoria para avaliar a continuação da greve. Procurado pelo LeiaJá para confirmar presença na audiência no TRT-6, não respondeu ao questionamento até o fechamento desta matéria. 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro) se reuniu em assembleia, nesta quarta-feira (3), na Estação Central do Recife, e decidiu deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir da quinta-feira (4). A votação determina que, na próxima sexta-feira (5), seja feita uma passeata no Recife, seguida de nova assembleia para reafirmar a manutenção da paralisação. A reunião ainda vai decidir se a categoria fará uma excursão até Brasília para negociar diretamente com o governo federal.

A categoria reivindica, além de reajuste salarial no Acordo Coletivo Trabalhista (ACT) 2023/2025, que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) seja retirada do Programa Nacional de Desestatização (PND). Durante a tarde, as lideranças sindicais se encontraram com representantes da CBTU e do Governo Federal para negociar uma possibilidade de não haver paralisação.

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Na assembleia, o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, afirmou que a CBTU não aceitou nenhuma proposta da categoria. O presidente afirmou ainda que também não houve nenhuma contraproposta por parte do patronato. “Não há discussão com empresa que não honra nada”, declarou Soares.

Membros da assembleia comentaram acerca da incerteza de saber se os trabalhadores terão seus empregos mantidos, ou ao menos seus cargos realocados, caso a privatização aconteça de fato. Mesmo sendo contrária à ideia, a categoria espera medidas concretas  por parte do PND para evitar demissões.

Luiz Soares também se reuniu no dia 31 de julho com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, com pedido de colaboração do banco na recuperação do metrô do Recife. Câmara se mostrou disposto a ajudar o equipamento, segundo Soares, e apresentou a disponibilidade de oferecer uma linha de financiamento e, se necessário, fornecer 50% dos recursos para melhorar o sistema do Metrô do Recife.

A exemplo da Eletrobras, a Petrobras decidiu também levar ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) a discussão sobre o Acordo Coletivo 2019-2020, alegando falta de consenso depois de "mais de 20 reuniões com as lideranças sindicais". A iniciativa visa "evitar greves e paralisações que venham a prejudicar as suas operações e a população em geral", explica a estatal em seu site.

A companhia reviu suas propostas e agora oferece ajuste salarial de 70% do INPC, contra 1% da segunda proposta, e tenta mudar cláusulas conquistadas pela categoria ao longo dos últimos anos. O índice de ajuste salarial é o mesmo oferecido pela Eletrobras, que realiza na quarta acordo bilateral no TST, que vai julgar também a proposta patronal de retirar uma cláusula referente à garantia de emprego.

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"A decisão foi tomada pela companhia depois de esgotadas as tentativas de chegar a um acordo nas negociações com as lideranças sindicais. O ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) que está em vigor expira em 31 de agosto e, de acordo com a nova legislação trabalhista, perde a sua eficácia após esta data", informa a Petrobras.

Além de aumentar o índice do ajuste salarial, a Petrobras se dispôs a manter duas cláusulas que queria eliminar, como a que trata da dispensa e excedente de pessoal e do adicional pago aos trabalhadores do Estado do Amazonas. Pela nova proposta, o adicional será retirado gradualmente até 2023.

"A proposta final foi apresentada no dia 08/08 e, nesta oportunidade, também foi comunicado um prazo de 15 dias para que os sindicatos ouvissem suas bases e retornassem com a resposta. O prazo foi encerrado na última sexta-feira (23/08) e, até hoje (26/08), apenas um sindicato oficializou o resultado das assembleias à Petrobras", argumenta a estatal a ida para o TST.

A empresa diz também que "vem revertendo o cenário de grave crise dos anos 2014-2015, mas ainda está longe do desempenho que a possibilite competir em condições de igualdade com os seus principais concorrentes, o que exige determinação na busca dos seus objetivos". Segundo a empresa, desde 1995, a Petrobras concedeu reajustes salariais que representam um ganho real acumulado de 40% acima da inflação.

Segundo os sindicatos que representam a categoria, problemas de trabalho levaram ao adiamento de algumas assembleias, que serão encerradas no próximo dia 30. Ainda de acordo com os representantes dos trabalhadores, as assembleias já realizadas rejeitaram em massa a proposta da estatal, assim como a possível privatização da empresa, como vem sendo cogitado pelo governo Bolsonaro.

Ao contrário do informado mais cedo pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), as assembleias para votar a proposta de ajuste salarial e outras questões do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Petrobras serão estendidas até o dia 30 de agosto, e não 21 como informaram anteriormente. O prazo inicial teve que ser estendido, segundo a FNP, por conta de tabelas de turno e embarque dos trabalhadores.

Segundo a Petrobras, "após três meses de negociações, com diversas reuniões, a Petrobras apresentou em 8 de agosto sua proposta final às entidades sindicais. Os empregados estão apreciando a proposta em diversas assembleias pelo país", disse a Petrobras em nota.

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A nova proposta foi elevada de 1% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para 70% do INPC acumulado de 1 de setembro de 2018 a 31 de agosto 2019, segundo a assessoria.

A Petrobras disse ainda que um dia depois do final das assembleias da FNP e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), em 31 de agosto, vai terminar a validade jurídica do ACT, "havendo inclusive dispositivo legal que impede a companhia de manter as práticas atuais sem que haja um novo acordo".

A Petrobras não deu informações sobre as outras cláusulas do acordo, mas, segundo fontes, foi mantida a proposta de acabar com o adiantamento do 13º salário em fevereiro e o atual sistema de horas extras, mudanças motivadas pela atual situação econômica da estatal.

Os empregados da Petrobras participam de um processo de consulta promovido pelos sindicatos para avaliar as propostas de acordo coletivo da direção da companhia. Previamente, o diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, afirma que "o acordo coletivo não atende aos anseios da categoria".

Os sindicatos têm ouvido a posição dos funcionários também sobre a possibilidade de recorrer a uma greve, como meio de demonstrar à direção da petroleira que não estão de acordo com as propostas de reajuste salarial e benefícios trabalhistas.

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Segundo os sindicatos, a empresa apresentou um porcentual de reajuste inferior ao da inflação, correspondente a 70% do INPC acumulado desde setembro do ano passado. Também quer acabar, gradualmente, com o adicional de permanência no Estado do Amazonas. E também quer aumentar a contribuição dos funcionários no plano de saúde.

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