Tópicos | Aécio Neves. sem depoimentos

O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que seu partido vai "botar a cara", engajando-se nas manifestações de rua a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff marcadas para o próximo dia 13. "Decidimos nos engajar no movimento do próximo dia 13. Vamos botar a nossa cara e dizer basta ao que vem acontecendo no Brasil", afirmou Aécio, após reunir-se com deputados federais tucanos. Mas, questionado se ele mesmo iria a alguma das manifestações no próximo mês, o tucano não deu certeza. "Estou avaliando esta possibilidade. É bem possível que eu esteja, sim", disse o senador.

De acordo com Aécio Neves, o PSDB vai, articulado com outros partidos de oposição, centrar suas atuações em três frentes - a tentativa de cassação da chapa presidencial de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as manifestações pró-impeachment e a apresentação de propostas no Congresso. "Vamos mostrar ao TSE a importância de, o mais rapidamente possível, analisar as contundentes provas que lá estão, vamos para as ruas nos manifestar contra o governo que aí está e vamos aqui apresentar uma pauta", afirmou.

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Dentre as propostas que o tucano quer apresentar, estão medidas que envolvem programas sociais. "O PSDB quer discutir com o PT e com o governo as políticas sociais que estão em curso no Brasil, respeitando aquelas que trouxeram efetivamente ganhos para a população, mas apresentando alternativas a esta visão atrasada, arcaica e conservadora de compreender a pobreza apenas na dimensão de ausência de renda", afirmou Neves.

Um acordo selado entre a base do governo e da oposição que compõem a CPMI da Petrobras evitou a convocação de líderes do PT e do PSDB para prestar esclarecimentos sobre os acordos irregulares fechados pela estatal. Entre os que seriam convidados estavam a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula (PT), o ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-ministro Antonio Palocci, os senadores Aécio Neves (PSDB), Álvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT), além dos tesoureiros do PSDB Rodrigo de Castro e José Gregori, e do PT, João Vaccari Neto. 

Antes de iniciar a reunião administrativa da CPMI, nessa quarta-feira (5), que analisaria 497 requerimentos, os líderes se reuniram a portas fechadas, por cerca de uma hora e meia, e travaram o acordo. Nenhum requerimento polêmico foi colocado em votação, deixando assim todos os políticos citados acima blindados da interrogação parlamentar. 

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Ao relatar a reunião, o deputado Marco Maia (PT-RS), confirmou a parceria para evitar as convocações por conta do prazo para a CPMI ser encerrada. “Nós tivemos um acordo aceito por todos de que nós, em função do prazo exíguo, não trataríamos da convocação de ninguém da política, portanto se incluiu os tesoureiros dos partidos, os dirigentes partidários e os parlamentares”, disse. O grupo foi instalado em maio e tem duração até o próximo dia 23, mas deverá ser prorrogada até 22 de dezembro.

Dos aprovados, apenas nove pessoas serão convocadas a prestar esclarecimentos ao colegiado. Segundo Maia, elas são consideradas “laranjas” do suposto esquema de lavagem de dinheiro orquestrado em parceria pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef.

“Todas as convocações novas são laranjas que tinham algum tipo de relação com o Paulo Roberto Costa ou com o Alberto Yousseff. Então foi uma opção política fruto de um acordo que foi firmado pela comissão”, explicou o relator. 

Entre as pessoas que foram convidadas a prestar esclarecimentos, estão o sócio do genro de Paulo Roberto Costa, Marcelo Barboza Daniel; o executivo João Procópio Junqueira; o ex-funcionário da GFD Investimentos, Rafael Angelo Lopes e o representante do Banco Máxima, Saul Sabbá. As datas para os depoimentos ainda não foram divulgadas. 

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