Tópicos | Aloysio

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, se desentendeu com um segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) na posse do ministro Alexandre de Moraes, nessa quarta-feira (22) em Brasília.

Na versão do ministro, a confusão começou quando ele foi defender o colega Raul Jungmann (Defesa), que havia sido xingado por um segurança por ter desobedecido à ordem de não passar pelo cordão de isolamento que dava acesso à fila de cumprimentos.

##RECOMENDA##

"O Raul explicou que precisava sair do local porque tinha uma reunião, e o segurança queria impedir. Ele então levantou a corda e passou para o outro lado. O segurança chamou o Raul de mal-educado. Eu tomei as dores dele", contou Aloysio à Coluna do Estadão.

A partir daí, Aloysio e o segurança trocaram ofensas. O ministro pediu que o funcionário se identificasse, avisando que faria uma reclamação formal ao STF.

Segundo o chefe do Itamaraty, o segurança se recusou a dizer o nome completo. De tão irritado, Aloysio deixou o STF sem cumprimentar Alexandre de Moraes e foi embora de carona com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Padilha foi outro que se irritou na posse, mas com a demora do motorista em buscá-lo no fim do evento. "Vou atravessar a Praça dos Três Poderes a pé", ameaçou. Foi contido por Aloysio Nunes.

Desculpas

No fim do dia, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, telefonou para Aloysio Nunes para pedir desculpas pelo ocorrido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou há pouco nota em defesa do colega tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP), cuja campanha de 2010 ao Senado é acusada de ter recebido dinheiro ilegalmente da construtora UTC. Conforme Aécio, o colega de partido é "um dos mais combativos líderes da oposição no país".

"O senador Aloysio Nunes, cuja biografia é reconhecida e respeitada até mesmo por seus adversários, foi um dos primeiros a denunciar toda essa operação da qual, por razões óbvias, jamais poderia ter participado", diz a nota.

##RECOMENDA##

Aécio ainda faz críticas ao PT. "O PSDB, apesar de não temer qualquer tipo de investigação, chama a atenção para o risco dessas investigações desviarem-se do seu foco principal, que é a responsabilização daqueles que, no PT e partidos aliados, montaram um complexo esquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras e financiou a manutenção desse grupo no poder", diz ele no comunicado. "Aguardaremos com serenidade o desenrolar desse processo, atentos a que ele não fuja de seu real objeto."

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra Aloysio e contra o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. A decisão atendeu pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os três foram citados pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em delação premiada. Pessoa declarou que foram feitos repasses milionários para as campanhas eleitorais de Mercadante ao governo paulista, em 2010, e para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, da qual Edinho Silva foi tesoureiro. O dinheiro também teria sido repassado para a campanha do senador tucano.

Brasília, 26/11/2013 - Em um discurso inflamado da tribuna do Senado, o líder do PSDB na Casa, Aloysio Nunes Ferreira (SP), acusou nesta terça-feira, 26, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de atrapalhar as investigações sobre as denúncias de corrupção e formação de cartel no metrô em São Paulo. No final da manhã, a cúpula do PSDB pediu a demissão de Cardozo por entender que ele não tem mais isenção para conduzir o episódio à frente da pasta.

"O ministro da Justiça, que conheço há muitos anos, está atrapalhando a investigação. Ele deveria se conduzir com mais sobriedade. Ele está trazendo para a rinha política adversários do seu partido para que nós, na nossa defesa, apaixonada e indignada, possamos elevar o tom político dos acontecimentos, o que é inevitável. Nesse sentido, ele está atrapalhando as investigações", afirmou.

##RECOMENDA##

Foi o ministro da Justiça, conforme revelou o Estado na semana passada, quem repassou para a Polícia Federal um relatório com as denúncias. O PSDB sustenta que o PT tem usado o caso dos cartéis para jogar uma "cortina de fumaça" no episódio da prisão dos condenados do partido no escândalo do mensalão.

Aloysio Nunes Ferreira pediu que Cardozo "fique quieto" e se concentre no papel de ministro "que não é chefe da Polícia Federal", que, na opinião dele, é comandada em seu papel investigativo pela Justiça Federal. Um dos citados como tendo relacionamento "estreito" com uma empresa suspeita de pagar propina no esquema do cartel, o que ele nega, o tucano disse que querem enxovalhar ele e o restante do partido.

"Agora, eu não tenho como me defender, mesmo porque não fui acusado de nada. Outros foram acusados de receber propina falsamente, tenho certeza, mas eu, sequer, fui acusado de nada, e, no entanto, apareço, aos olhos dos brasileiros, como tendo feito parte de um esquema, um esquema crapuloso, um esquema indecente. É isto que eu não posso tolerar", disse.

Apartes

Em apartes, senadores da oposição e da base aliada prestaram solidariedade ao líder tucano. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que há uma "acusação cavilosa" de tentar igualar as denúncias de cartel em São Paulo aos condenados no escândalo do mensalão. Para ele, é preciso separar o joio do trigo.

O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) disse que a oposição já está acostumada a esse tipo de situação. "Toda vez a melhor defesa é o ataque, vamos mudar o foco", criticou. "Não que nós queremos esconder qualquer coisa, muito pelo contrário. As coisas têm que ser cristalinas, não em pílulas, fatiadas. Agora manchar a sua história jamais será feito e jamais nós vamos deixar", completou.

O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), disse lamentar "muito" o fato e defendeu que o tucano tenha acesso a todas as informações sobre as denúncias de formação de cartel de empresas no metrô. "Eu espero é que se evite tanto em relação a Vossa Excelência como em outros casos que se faça o pré-julgamento como têm ocorrido", afirmou.

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) classificou de "absolutamente leviano" o envolvimento do nome do líder do PSDB no episódio. "Vossa excelência é um dos patrimônios éticos da política brasileira", afirmou. "Eu boto minha mão no fogo por Vossa Excelência", completou. "Vossa Excelência não é um gigante do pé de barro, Vossa Excelência é um gigante de pés sólidos", fez coro o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que chamou de "covardia" o que tem ocorrido com o tucano.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), criticou a "falta de indignação" do prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad, em condenar os protestos em favor do transporte público gratuito na capital paulista. O tucano disse que o PT chegou a apoiar "esses movimentos" em "um passado muito recente" e que hoje mudou o discurso, ainda que "timidamente".

"Falta nos pronunciamentos do prefeito Haddad a indignação de um responsável pela vida da cidade, pelo convívio da cidade, pelos serviços públicos da cidade. Falta a indignação", afirmou o senador, em pronunciamento da tribuna do Senado.

##RECOMENDA##

O tucano se disse espantado pelo fato de que, antes mesmo da conclusão da investigação policial a fim de saber se houve abuso policial durante as ações de desocupação de vias de trânsito na capital paulista, o prefeito de São Paulo vem a público condenar a atuação do órgão de segurança pública do Estado. "Chegou de Paris e disse: 'Há excesso da Polícia Militar!'".

O líder do PSDB afirmou sua "solidariedade integral" ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pela "firmeza" com que tem conduzido o processo, e à Polícia Militar do Estado que tem agido, segundo ele, "com equilíbrio, numa situação extremamente difícil" diante de um "bando de arruaceiros".

Aloysio Nunes Ferreira afirmou que "ônibus não são movidos à ideologia". "São movidos a diesel, alguns a gás. Isso custa", disse e citou o gasto de R$ 1,2 bilhão no ano passado com a gratuidade de passagens para algumas categorias como idosos e o desconto para os estudantes. Para ele, quem está por trás das manifestações são "partidos minúsculos" e "sem nenhuma representatividade eleitoral" que se colocam à margem da democracia. "O que interessa a eles, na verdade, é abalar as estruturas sociais", disse.

O vice-presidente da República, Michel Temer, pediu diálogo entre o poder público e os manifestantes. "É preciso dosar os dois lados do movimento e estabelecer o diálogo e encontrar uma solução", disse Temer, após evento na Escola Paulista de Medicina (EPM), em São Paulo.

Temer votou a condenar os atos de vandalismo ocorridos durante o protesto, salientou que a Constituição garante a liberdade de expressão, mas destacou: "a liberdade de expressão não significa de agressão e mesmo de depredação". O vice-presidente afirmou ainda que ainda não houve pedidos de ajuda federal dos governos paulista e da capital paulista para conter os protestos, que devem prosseguir na próxima semana.

Temer não quis comentar a reportagem do Wall Street Journal, que afirma que a tensão nos protestos na capital crescem com o desemprego e a inflação. "Isso nem vale a pena responder", concluiu.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando