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A deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL), criticou a não realização de cirurgia para colocação de prótese ocular em um jovem de 18 anos, baleado por um policial militar, em janeiro, durante encontro de dança na rua, no Recife.

Em pronunciamento no Grande Expediente desta quarta-feira (17) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a parlamentar explicou que a Fundação Altino Ventura – instituição filantrópica que atua na área de oftalmologia – teria se recusado a realizar o procedimento no rapaz em virtude da suspensão de repasses de recursos públicos estaduais.

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Segundo a psolista, há um ano, o Governo do Estado não executa transferências de verbas para a entidade. “O total que deixou de ser repassado pelo Poder Executivo para a Fundação Altino Ventura chega a R$ 2 milhões. Enquanto isso, a família do jovem, que não tem condições de pagar pela cirurgia no valor de R$ 1 mil, aguarda por uma definição dessa situação”, lamentou Jô Cavalcanti.

Ainda durante o discurso, a parlamentar se queixou de abordagens feitas por servidores da Assembleia Legislativa a assessores das Juntas. De acordo com ela, uma das funcionárias do gabinete teria sido “barrada” na entrada de um dos plenarinhos por policial lotado na Casa. “Classifico como uma atitude discriminatória. A mandata é majoritariamente composta por pessoas de periferia, negras”, observou, sugerindo, ainda, “a realização de uma formação para os servidores”.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura, afirmou nesta quarta-feira, 14, que o sistema energético do País está "equilibrado" para garantir o fornecimento sem a necessidade de racionamento em 2014.

"Temos condições de atender ao mercado previsto até o fim do período seco sem racionamento", afirmou Ventura, durante o Seminário Internacional de Energia Nuclear, no Rio. "Todas as análises mostram que o sistema está estruturalmente equilibrado. A visão do ministério é de que o sistema brasileiro está dimensionado estruturalmente e conjunturalmente", completou.

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Ventura afirmou que o "equilíbrio da oferta e da demanda" é amplamente discutido, a partir do monitoramento feito há mais de 81 anos sobre o comportamento hidrológico do País. "Pode até ser que haja cenários piores, alguns fenômenos, mas nós não consideramos", afirmou.

O secretário defendeu ainda que "o problema das distribuidoras foi resolvido", em referência aos empréstimos concedidos pelo governo, via Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para compensar as perdas com a atual crise do setor. "Podem ser feitos ajustes, mas foi resolvido", garantiu.

Quanto às empresas geradoras, entretanto, ele disse que a atual situação é "um risco hidrológico" próprio do negócio. "O leilão A-0 foi um sucesso, a parcela sem cobertura foi pequena. Para as geradoras, há um risco hidrológico ligado à diferença entre a geração e o valor cobrado pelo que entregaria", explicou.

Ventura ainda garantiu que o País mantém a previsão de criar quatro usinas de energia nuclear "no horizonte de 2030". "Até 2022, só Angra 3. Em algum momento o plano pode identificar outras soluções, não só nuclear. Mas não há uma decisão", afirmou.

Segundo ele, o País busca diversificar sua matriz energética. "Na próxima década o País vai passar por uma transição da expansão majoritariamente hidrelétrica e terá de buscar outras fontes, mas sempre terá térmicas de base mistas, de carvão, gás e nuclear. Não se imagina atender ao mercado só com as energias renováveis", afirmou.

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