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Enquanto acampamentos dos bolsonaristas perdem força e são desmobilizados em Juiz de Fora (MG), Campo Grande (MS), Brasília (DF) e outras cidades de outros Estados em todo o Brasil, no Recife, em Pernambuco, a mobilização segue de pé em frente ao Comando Militar do Nordeste, no Curado.  

Desde o resultado do segundo turno das eleições em que o ex-presidente Bolsonaro (PL) foi derrotado pelo presidente Lula (PT) nas urnas, bolsonaristas acamparam em frente ao QG no Recife para realizar manifestações antidemocráticas contrárias ao resultado.  

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O presidente nacional do PSTU, Zé Maria, criticou a aprovação, nesta semana, dos temas da reforma política na Câmara dos Deputados, em Brasília. Para o político, a legenda mais prejudicada com as novas propostas foi o PSTU.

Entre as reclamações, o tema cláusula de barreira é um dos considerados graves para a legenda, principalmente porque afeta no tempo de TV. "A cláusula de barreira votada pela Câmara já seria grave só pelo fato de que a decisão de tirar o tempo de TV dos partidos sem representação parlamentar foi feita pelos próprios partidos que já tem representação parlamentar. Eles legislaram em causa própria e decreta o monopólio do tempo de TV para os próprios partidos", questiona Zé Maria.

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Além deste ponto, o líder do PSTU reclama do sistema eleitoral brasileiro como um todo. "Mas o problema é mais grave. O sistema eleitoral brasileiro que já é profundamente desigual fica ainda mais injusto e antidemocrático. E, não é só antidemocrático com o nosso partido e com os demais que também foram prejudicados. É antidemocrático também com o povo brasileiro. Sim, porque a população tem o direito de conhecer as ideias do nosso partido, assim como dos demais", alfinetou.

Zé Maria fez análises políticas e criticou o PMDB, PSDB e PT. "Ainda somos obrigados a ouvir que o que se quer é acabar com os partidos de aluguel? Ora, partido de aluguel é o PMDB que não fez outra coisa nos últimos 20 anos do que alugar o seu tempo na TV, ora para o PSDB ora para o PT. A moeda com que se pagou este aluguel foram os ministérios, os cargos na direção de estatais que FHC, Lula e agora a Dilma deram a este partido", denuncia. 

Sobre a não destinação do Fundo Partidário para as siglas sem representação parlamentar, o presidente do PSTU relembrou a posição da sigla. "Somos contra este fundo, não achamos que seja certo: o Estado financiar os partidos. Nenhum partido deveria recebê-lo", argumenta, reclamando em seguida do financiamento das campanhas eleitorais. "O que era ruim, ficou pior. Além da censura de alguns partidos, a Câmara institucionalizou a corrupção. A doação das empresas é na verdade um investimento cobrado depois das eleições em privilégios e contratos superfaturados", analisou. "Somos contra o financiamento empresarial e, inclusive, fomos o único partido a apoiar a ação da OAB no Supero Tribunal Federal proibindo este tipo de prática por ser inconstitucional", destacou. 

O membro do PSTU fez ainda um chamado as organizações dos trabalhadores do país a se posicionarem e lutarem contra a reforma. "As liberdades democráticas só existem para alguns, não existem para ninguém. Esta luta, portanto, é de todos que defendem a liberdade e a democracia", afirmou Zé Maria.

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