Nesta quarta-feira (2), celebra-se o Dia do Astrônomo, profissional responsável por estudar e pesquisar o universo, e que, com o auxílio de telescópios, olha para o céu em busca de resoluções e descobertas que vão além da Terra.
Na infância, quando foi ao Planetário do Ibirapuera, o professor de Astronomia e Astrofísica Ednilson Oliveira, 52 anos, ficou fascinado pelo que viu e se interessou pela área. "Com 13 anos adquiri minha primeira luneta. Aos 15 anos, mudei com meus pais para Mococa [a 278 km da capital) e lá eu ficava observando o céu quase todas as noites. Depois eu adquiri um telescópio maior, comecei a fazer observações mais sistemáticas", lembra.
##RECOMENDA##Após passar no curso de Física na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o astrônomo foi trabalhar como monitor no Observatório da USP de São Carlos (SP). Depois da graduação, ele retornou para São Paulo para fazer pós-graduação em Astrofísica na USP.
A astronomia mudou a vida de Oliveira, que fez várias pesquisas e também leciona sobre a ciência no ensino médio e em cursos superiores, além de trabalhar com astrofotografia e ter sido chefe do Planetário do Ibirapuera (SP). "Atualmente estou envolvido com a Olimpíada Brasileira de Astronomia. Tudo isso mudou a maneira como vejo o mundo, porque você percebe a evolução das estrelas e como podemos melhorar o nosso planeta, em função dos estudos da astronomia", comenta.
O professor de Astronomia e Astrofísica Ednilson Oliveira | Foto: Arquivo Pessoal
O astrônomo que se dedica a pesquisa pode contribuir com várias tecnologias que favorecem o mundo de alguma maneira. Oliveira destaca, como exemplo, a criação da máquina fotográfica digital, que surgiu no campo da astronomia. Os primeiros dispositivos de carga acoplada, também conhecidos como CCD (Charge-Coupled Device), usados nas câmeras digitais, vieram por meio de pesquisas em observatórios para, depois, chegar ao público.
Caminhos para se tornar um astrônomo
O estudante que deseja ser um astrônomo pode optar pelo curso superior de Astronomia ou Física. Segundo Oliveira, é necessário fazer uma especialização, mestrado ou doutorado. "A astronomia abrange em sua maior parte a pesquisa acadêmica em observatórios e universidades, mas também possibilita trabalhar em planetários, museus de ciência ou ministrar aulas", explica o astrônomo.
Outro caminho que Oliveira destaca como possível é cursar Engenharia e, depois, fazer uma pós-graduação na área de Astronomia, que prepara o profissional para trabalhar com a parte instrumental e tecnológica da ciência.