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O avião espacial X-37B do exército dos EUA decolou na noite desta quinta-feira, 28, em outra missão secreta que deve durar pelo menos dois anos. O avião espacial decolou a bordo do foguete Falcon Heavy da SpaceX do Centro Espacial Kennedy da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), com mais de duas semanas de atraso devido a problemas técnicos.

Como nas missões anteriores, o avião reutilizável, semelhante a um mini-ônibus espacial, transportou experimentos confidenciais. Não há ninguém a bordo.

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Esse foi o sétimo voo de um X-37B, que já registrou mais de dez anos em órbita desde sua estreia em 2010. O último voo, o mais longo até então, durou dois anos e meio antes de terminar em uma pista de pouso em Kennedy, há um ano.

Os oficiais da Força Espacial não informaram por quanto tempo esse veículo de teste orbital permanecerá no ar ou o que há a bordo, além de um experimento da Nasa para avaliar os efeitos da radiação nos materiais.

Construído pela Boeing, o X-37B se assemelha aos ônibus espaciais aposentados da Nasa. Mas eles têm apenas um quarto do tamanho, com nove metros de comprimento. Não são necessários astronautas; o X-37B tem um sistema de pouso autônomo.

Eles decolam verticalmente como foguetes, mas pousam horizontalmente como aviões, e são projetados para orbitar entre 240 quilômetros e 800 quilômetros de altura. Há dois X-37Bs baseados em um antigo hangar de ônibus espaciais em Kennedy. Fonte: Associated Press

Ao sobrevoar um asteroide situado entre as órbitas de Marte e Júpiter a espaçonave Lucy, da Nasa (a agência espacial norte-americana), descobriu que na verdade eram dois: um de 790 metros e outro de 220 metros em seus trechos mais largos. É o que se chama de par binário.

A missão espacial de Lucy é sobrevoar e colher informações sobre sete asteroides selecionados pela Nasa. O primeiro deles, chamado Dinkinesh, fica em um cinturão de asteroides situado entre as órbitas de Marte e Júpiter.

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Quando foi descoberto, em 1999, recebeu o nome provisório de 1999 VD57. Quando sua órbita foi determinada com precisão, ele recebeu o número 152830, mas continuou sem nome oficial. Em janeiro deste ano, quando a equipe da missão Lucy decidiu enviar a sonda homônima para visitar esta rocha espacial, propôs um nome para ela. Dinkinesh significa "maravilhoso" na língua da Etiópia.

O asteroide foi o primeiro visitado pela sonda Lucy durante essa missão, e o principal objetivo da aproximação era testar os sistemas da espaçonave antes de ela iniciar sua atividade científica principal: estudar os misteriosos asteroides troianos de Júpiter, considerados "fósseis" do sistema solar. Mas, acabou havendo uma surpresa.

Semanas antes da chegada da sonda a Dinkinesh, os cientistas da Nasa levantaram a hipótese de o asteroide ser um sistema binário, dada a forma como os instrumentos de Lucy registravam o brilho do asteroide mudando com o tempo. As primeiras imagens do encontro na quarta-feira, 1º, tiraram a dúvida: Dinkinesh é um binário.

"É uma série incrível de imagens. Eles indicam que o sistema de rastreamento funcionou como pretendido, mesmo quando o universo nos apresentou um alvo mais difícil do que esperávamos", disse Tom Kennedy, engenheiro de orientação e navegação e um dos responsáveis por acompanhar a missão. "Uma coisa é simular, testar e praticar. Outra coisa é ver isso realmente acontecer."

Embora a aproximação tenha sido inicialmente um teste de engenharia, os cientistas estão entusiasmados para analisar os dados e obter mais informações sobre a natureza dos pequenos asteroides.

"Sabíamos que este seria o menor asteroide do cinturão principal já visto de perto", disse Keith Noll, cientista do projeto Lucy do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, nos EUA. "O fato de serem dois torna tudo ainda mais emocionante. Em alguns aspectos, estes asteroides parecem semelhantes aos asteroides binários Didymos e Dimorphos próximos da Terra, mas existem algumas diferenças realmente interessantes que iremos investigar."

O próximo asteroide a ser analisado é Donaldjohanson, ao qual a sonda Lucy chegará só em 2025. Depois ela vai analisar os asteroides de Júpiter, em 2027.

Vestígios de sais minerais e compostos orgânicos foram encontrados em Ganimedes, a maior lua de Júpiter e de todo o sistema solar.

Os elementos foram identificados pelo espectrômetro Jiram, construído na Itália e instalado na sonda Juno, da Nasa, que orbita o gigante gasoso desde 2016.

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A descoberta foi publicada na revista Nature Astronomy por uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (Inaf) e diz respeito a um dos corpos celestes que geram mais interesse nos cientistas por conter um oceano de água líquida sob sua superfície de gelo.

"Esse tipo de análise não era possível com dados infravermelhos anteriores detectados remotamente pela missão espacial Galileu, pelo Telescópio Espacial Hubble e pelo Very Large Telescope", observa Federico Tosi, autor principal do artigo e pesquisador do Inaf em Roma.

Espectrômetros são instrumentos utilizados para medir as propriedades da luz e conseguem identificar quando as ondas eletromagnéticas atravessaram determinado elemento químico. O Jiram, construído pela empresa italiana Leonardo, fornece dados em infravermelho com a melhor resolução espacial já obtida até agora, de menos de um quilômetro por pixel.

As imagens e espectros da superfície de Ganimedes foram obtidos em 7 de junho de 2021, imediatamente após o sobrevoo que levou a sonda Juno a uma distância mínima de 1.046 quilômetros da superfície do satélite natural.

Os dados coletados permitiram identificar vestígios de cloreto de sódio, cloreto de amônio e bicarbonato de sódio, além de aldeídos alifáticos (compostos orgânicos). Isso indicaria uma extensa troca entre água líquida e o manto rochoso em determinado momento da história da lua congelada de Júpiter.

O líquido contido no subsolo de Ganimedes pode ter emergido ocasionalmente à superfície, deixando vestígios de sua composição química. No entanto, a combinação de processos endógenos (atribuíveis à composição do líquido subterrâneo) e exógenos (devidos a alterações) complica o estudo da composição da superfície.

Dado que Ganimedes tem uma espessa crosta gelada, a composição da superfície observada hoje não é necessariamente representativa das camadas mais profundas. Novos indícios poderão chegar com as medições da sonda Juice, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançada em 14 de abril.

Da Ansa

A Sala em Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta no edifício-sede da Prefeitura do Recife foi reaberta nessa segunda-feira (30). Fechado na pandemia, o espaço destinado às servidoras municipais para amamentarem e ordenarem foi requalificado.

O Espaço Amamenta conta com duas poltronas, pia para as mãos e um freezer para armazenar o leite até o fim do expediente. O local fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 17h. Entre as intervenções para a reabertura também estão o revestimento de divisórias, aplicação de piso vinílico e novo aparelho de ar-condicionado. As readequações na infraestrutura custaram cerca de R$ 30 mil.

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"O Espaço Amamenta também oferece orientações para as mães, incluindo informações detalhadas sobre como realizar a ordenha e armazenar o leite de maneira adequada e que o transporte seja feito em bolsa térmica", explicou a coordenadora da Política de Saúde da Criança do Recife, Lélia Moreira.

Além do edifício-sede, o Recife conta com outras três Salas de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta: nas maternidades Arnaldo Marques, no Ibura, e na Bandeira Filho, em Afogados - ambas certificadas oficialmente pelo MS; e também no Hospital da Mulher do Recife (HMR) Dra. Mercês Pontes Cunha, no Curado. Ainda este mês, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) prevê lançar o quarto Espaço, na Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela.

De acordo com a prefeita em exercício, Isabella de Roldão, as servidoras vão se sentir acolhidas no espaço feito para elas: “é uma alegria a gente, neste dia de hoje, a gente reinaugurar essa sala totalmente repaginada, aconchegante e acolhedora. É uma grande entrega para as mulheres servidoras da Prefeitura do Recife. Como é bom saber que temos um prefeito parceiro da mulher servidora, da mulher que amamenta. Há um olhar cuidadoso para a mulher servidora que está em fase de amamentação e há um cuidado com o bebê também. As mulheres vão se sentir acolhidas e bem-vindas aqui”.

“A gente está finalizando o mês do Outubro Rosa, quando a gente fala sobre a prevenção do câncer de mama. E uma das formas de prevenir o câncer de mama é a amamentação. O aleitamento materno com livre demanda é bom para a mãe e é excelente para o bebê, já que é um leite produzido especificamente para aquele bebê e para a necessidade dele”, lembrou a prefeita interina. 

Carbono e água, dois elementos cruciais para a vida, foram encontrados nas amostras do asteroide Bennu trazidas à Terra pela missão Osiris-Rex, da Nasa.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11) pela agência especial dos Estados Unidos, que mostrou as primeiras imagens das partículas achadas no corpo celeste.

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"Água e carbono são exatamente aquilo que queríamos encontrar", disse o chefe da Nasa, Bill Nelson, em coletiva de imprensa em Houston.

A presença de abundante material rico em carbono e minerais contendo água poderia indicar que os elementos constituintes da vida na Terra também estariam presentes em asteroides, de acordo com as análises ainda preliminares dos cientistas.

Nas duas primeiras semanas de trabalho, os pesquisadores utilizaram microscópio eletrônico de varredura, medições em infravermelho, difração de raios-X e análises de elementos químicos.

Uma tomografia computadorizada de raios-X também foi usada para produzir um modelo computacional 3D de uma das partículas.

"Essa é a maior amostra de um asteroide rico em carbono já entregue à Terra e ajudará os cientistas a investigar as origens da vida no nosso planeta nas próximas gerações", ressaltou Nelson.

Mais de 200 pesquisadores já estão na fila de espera para receber as amostras do Bennu. Cientistas acreditam que o asteroide seja remanescente do processo de formação do Sistema Solar e pode ajudar a entender como compostos orgânicos necessários à vida como a conhecemos chegaram à Terra.

Da Ansa

Os EUA aplicaram na segunda-feira, 2, a primeira multa por criação de lixo espacial. A multa foi destinada à empresa Dish Network, de transmissão de TV via satélite, no valor de US$ 150 mil por não descartar adequadamente o satélite de transmissão de comunicações EchoStar-7.

Segundo a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês), a empresa não respeitou a altitude acordada com a comissão para colocar o seu satélite, que estava chegando ao fim da sua vida útil. O satélite foi lançado em fevereiro de 2002 e tinha expectativa de vida de 12 anos.

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"À medida que as operações de satélite se tornam mais predominantes e a economia espacial acelera, devemos ter certeza de que os operadores cumprem os seus compromissos", disse o Chefe do Departamento de Execução da FCC, Loyaan A. Egal. "Este é um acordo inovador, deixando bem claro que a FCC tem forte autoridade de fiscalização e capacidade para fazer cumprir suas regras de vital importância sobre detritos espaciais".

Em 2012, a Dish havia concordado com um "plano de mitigação de detritos orbitais" com a FCC para realocar o satélite. Em vez de retirar o EchoStar-7 a 300 quilômetros de distância de onde estava operando em órbita geoestacionária, a Dish retirou o satélite a cerca de 122 quilômetros de distância, o que foi considerado "bem abaixo da órbita de eliminação" pela Comissão.

Procurada pelo Estadão, a Dish afirmou que o satélite EchoStar-7 era uma "nave espacial mais antiga, lançada em 2002, que tinha sido explicitamente isenta da regra da FCC que exigia uma órbita mínima de eliminação", disse um porta-voz da empresa. Além disso, reforçou que a FCC não fez nenhuma conclusão específica de que o satélite represente quaisquer preocupações com a segurança dos detritos orbitais.

Quatro astronautas retornaram à Terra na manhã desta segunda-feira (4) após uma estadia de seis meses na Estação Espacial Internacional. A cápsula da Space X deles caiu de paraquedas no Oceano Atlântico, na costa da Flórida (EUA).

Estão de volta os astronautas da agência espacial americana (Nasa) Stephen Bowen e Warren "Woody" Hoburg, o russo Andrei Fedyaev e o sultão al-Neyadi dos Emirados Árabes Unidos, a primeira pessoa do mundo árabe a passar um tempo prolongado em órbita.

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Antes de partirem da estação espacial, eles disseram que desejavam banhos quentes, xícaras de café fumegantes e o ar do oceano. A volta para casa foi adiada um dia por causa do mau tempo nos locais de aterrissagem, mas, no final, proporcionou um show espetacular no meio da noite, enquanto a cápsula cruzava o céu sobre o Cabo Canaveral em direção a uma aterrissagem perto de Jacksonville.

Os astronautas disseram que era incrível estar de volta. "Você tem uma sala cheia de pessoas felizes aqui", comunicou o Controle da Missão da Space X pelo rádio.

A Space X já enviou os astronautas substitutos dessa equipe há mais de uma semana. Outra mudança de tripulação ocorrerá no final deste mês, com o regresso para casa de dois russos e um americano que estiveram lá durante um ano inteiro. A permanência deles foi duplicada depois que o líquido refrigerante da cápsula Soyuz vazou e uma nova nave teve de ser lançada.

Um facho de luz que cruzou os céus do Rio Grande do Sul entre a noite de quinta-feira (23) e a madrugada desta sexta, 25, chamou a atenção de moradores. Fotos e vídeos foram postados em redes sociais, alguns expressando preocupação. Num primeiro momento, o fenômeno foi tido como um meteoro, mas especialistas explicam que, na verdade, se tratava do estágio de um foguete.

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"A resposta para o facho de luz no céu não é nenhuma rocha espacial. O que se viu no céu do Rio Grande do Sul foi a reentrada do estágio superior de um foguete russo Soyuz SL-4 RB lançado na última terça-feira do Cazaquistão", explicou a Metsul, citando o professor Carlos Fernando Jung, diretor da Brazilian Meteor Observation Network na Região Sul.

O foguete foi lançado às 22h08 (horário de Brasília) no Cosmódromo de Baikonur, que é administrado pela Rússia. Ele transportava uma espaçonave robótica de carga e três toneladas de suprimentos para a Estação Espacial. "O estágio (nome que se dá a uma das partes do lançador) reingressou no Rio Grande do Sul", relatou a Metsul. Foi isso que gerou o facho de luz.

A reentrada de lixo espacial não é incomum, e há milhares deles orbitando o planeta. O próprio lançamento de foguetes deixa detritos no espaço. "Alguns objetos em órbitas inferiores de algumas centenas de quilômetros podem retornar rapidamente. Frequentemente, voltam à atmosfera depois de alguns anos e, em sua maior parte, queimam - por isso não chegam ao solo", destacou a Metsul.

Na noite de quarta-feira, 23, um clarão também foi visto por moradores de Caldas Novas, em Goiás. Nesse caso, tratou-se mesmo de um meteoro. Desde o mês passado, aconteceu a chuva de meteoros Perseidas, cujo pico pôde ser visto no Brasil entre os dias 14 e 15 deste mês. O fenômeno se encerrou na quinta-feira (24).

A Rússia lançará um módulo lunar, em sua primeira missão à Lua desde 1976, anunciou na segunda-feira, 7, a agência espacial russa Roscosmos. O lançamento do módulo Luna-25 acontecerá na sexta-feira (11), às 2h10'57 no horário de Moscou (20h10'57 de quinta-feira, 10, em Brasília), afirmou a Roscomos em comunicado, em um momento em que Estados Unidos e China intensificam suas missões espaciais ao satélite natural da Terra.

A agência espacial russa acrescentou que o foguete Soyuz foi "montado" na base espacial de Vostochni, no extremo leste do país, para o lançamento do Luna-25, que deve descer próximo ao polo sul da Lua, um "terreno difícil".

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O voo está programado para durar entre "quatro dias e meio e cinco dias e meio", segundo as informações publicadas pela Roscosmos e citados pela agência de notícias oficial TASS. Na Lua, o módulo de 800 quilos vai "colher amostras e analisar o solo, além de realizar investigações científicas de longo prazo", adicionou o comunicado.

Esta é a primeira missão do novo programa lunar russo, que pretende fortalecer a cooperação espacial com Pequim em meio às tensões com as potências espaciais ocidentais sobre a ofensiva na Ucrânia.

A última missão lunar da União Soviética foi a da sonda espacial Luna-24 em 1976. Mas, desde a queda da URSS, Moscou enfrenta uma série de dificuldades para inovar no setor, que agora conta com novas iniciativa privadas, como a Space X do bilionário Elon Musk.

As autoridades da região de Khabarovsk (extremo leste), já anunciaram a evacuação de uma cidade desde a manhã de quinta-feira, pois ela se encontra em um local onde o primeiro andar do lançador pode cair.

Passado glorioso, futuro incerto

Após o início da operação militar, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) afirmou que não cooperaria mais com a Rússia para o lançamento do Luna-25 ou mesmo em futuras missões.

A Rússia declarou que continuaria com seus projetos lunares e substituiria os equipamentos da ESA por equipamentos científicos de fabricação nacional, pois considera-se ainda como grande potência espacial tendo em conta seu passado soviético.

Em abril de 2022, em uma viagem ao cosmódromo Vostotchny, Vladimir Putin, recordou que a URSS conseguiu em 1961 enviar o primeiro homem ao espaço, Yuri Gagarin, apesar das sanções "totais" que tomaram contra ela.

Putin também assegurou que a Rússia seguiria implementando seu programa mesmo com as represálias ocidentais por causa do conflito na Ucrânia. "Estamos sendo guiados por nossos ancestrais para seguir adiante, apesar das dificuldades e das tentativas para nos obstaculizar", disse Putin aos empregados do complexo.

Em junho, o chefe da Roscosmos, Yuri Borisov, qualificou, no entanto, a missão lunar russa de "arriscada". "No mundo, a possibilidade de sucesso desse tipo de missão é calculado em 70%", destacou. (Com agências internacionais).

Uma equipe de cientistas internacionais utilizou o telescópio espacial James Webb, da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), para detectar um composto de carbono encontrado pela primeira vez fora da Terra. Conhecida como cátion metila (CH3+), a molécula é importante porque auxilia na formação de moléculas mais complexas baseadas em carbono e está associada ao surgimento da vida.

A cátion metila foi detectada em um sistema estelar jovem que é conhecido como d203-506 e tem um disco protoplanetário - conjunto de matérias espaciais que geralmente orbitam uma estrela. O local fica a cerca de 1.350 anos-luz de distância da Nebulosa de Orion, região espacial entre 1.500 e 1.800 anos-luz do Sistema Solar da Terra.

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Segundo a Nasa, a descoberta pode ajudar cientistas a entender como a vida se desenvolveu na Terra e como ela poderia se desenvolver em outras partes do universo. Para a agência, o telescópio abriu novas portas para o estudo da química interestelar orgânica (matérias que contêm carbono). E essa é "uma área de grande fascínio para muitos astrônomos".

As descobertas, que são do programa PDRs4ALL Early Release Science, foram publicadas na revista Nature.

O telescópio James Webb e as particularidades do sistema d203-506

As capacidades únicas do telescópio James Webb o tornam um observatório ideal para procurar por moléculas de cátion metila, afirma a Nasa. Isso porque ele é ultrassensível e tem alta resolução espacial e espectral, fatores determinantes para detectar moléculas tão sensíveis quanto esta.

"Esta detecção não apenas valida a incrível sensibilidade do Webb, mas também confirma a postulada importância central do CH3+ na química interestelar", disse Marie-Aline Martin-Drumel, da Universidade de Paris-Saclay, na França, membro da equipe científica que fez a descoberta.

A estrela do sistema d203-506, onde a molécula foi encontrada, é uma "pequena anã vermelha". Além disso, o sistema é rodeado por uma forte luz ultravioleta (UV) de estrelas quentes, jovens e massivas.

Os cientistas acreditam que a maioria dos discos de formação de planetas passa por um período de intensa radiação UV, uma vez que as estrelas tendem a se formar em grupos que geralmente incluem estrelas massivas produtoras desse tipo de luz.

O ponto curioso, no entanto, é que espera-se que a radiação UV destrua moléculas orgânicas complexas como a CH3+ - o que não aconteceu neste caso.

A equipe prevê que a radiação UV pode, então, fornecer a fonte de energia necessária para a formação da CH3+. Uma vez formada, ela passa por reações químicas adicionais para construir moléculas de carbono mais complexas.

Em termos gerais, a equipe acredita que as moléculas que eles veem em d203-506 são bem diferentes dos discos protoplanetários típicos. Em particular, eles não conseguiram detectar nenhum sinal de água.

"Isso mostra claramente que a radiação ultravioleta pode mudar completamente a química de um disco protoplanetário. Na verdade, pode desempenhar um papel crítico nos primeiros estágios químicos das origens da vida", diz Olivier Berné, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica em Toulouse, principal autor do estudo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai abrir espaço para o grupo de Arthur Lira (PP-AL) no primeiro escalão do governo. A garantia foi dada ontem por Lula, em reunião com o presidente da Câmara, no Palácio da Alvorada. Na conversa, Lula se comprometeu a tratar do assunto no retorno de sua viagem internacional.

Como mostrou o Estadão, uma ala do PP, partido de Lira, quer comandar o Ministério da Saúde. Lula resiste a entregar a pasta, hoje ocupada por Nísia Trindade, mas admite ceder cargos nessa estrutura. Além disso, o presidente decidiu substituir a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ) pelo deputado Celso Sabino (União-PA), aliado de Lira. Lula e Sabino vão se encontrar hoje em Belém (PA).

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Para justificar a troca, o governo usa o argumento de que Daniela já pediu a desfiliação do União Brasil, partido que hoje comanda três ministérios. Aliados de Lira observam, no entanto, que a mudança envolve uma pasta com orçamento pequeno, o Turismo, e cobiçam espaço maior no primeiro escalão.

Em mensagens no Twitter após o encontro de ontem, Lira afirmou que esteve no Palácio da Alvorada, a convite de Lula, para discutir pautas destinadas ao crescimento do País, especialmente a reforma tributária e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). "Não se falou de mudanças no Ministério do presidente Lula", escreveu o presidente da Câmara.

MEDIDAS PROVISÓRIAS

Lira disse ter ouvido de Lula a intenção de reduzir o envio de Medidas Provisórias, definidas por ele como "um anseio do Congresso Nacional". Foi o segundo encontro entre os dois en 11 dias. Após ameaçar não pautar projetos de interesse do Palácio do Planalto enquanto o governo não resolvesse o problema da articulação política, Lira adotou tom conciliador no Twitter. Disse que a reunião entre ele e Lula ocorreu agora porque os dois vão viajar e ficariam cerca de 15 dias sem se encontrar. O presidente tem compromissos na Itália e na França, na próxima semana, e Lira estará em Portugal, a partir de quarta-feira.

"Tratamos do bom momento da economia brasileira, a intenção de trabalharmos juntos pelo país, e as recentes aprovações de matérias pela Câmara dos Deputados com esse objetivo", destacou o deputado.

Horas antes, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo fará uma força-tarefa com o objetivo de destravar nomeações para cargos nos Estados e monitoramento semanal. Pelos seus cálculos, há 403 indicações pendentes, feitas por partidos, que não foram nem inseridas pelos ministérios no Sistema Integrado de Nomeações e Consultas (Sinc).

Padilha e Rui Costa, ministro da Casa Civil, vêm disputando influência sobre as nomeações políticas. No Congresso, a culpa pela demora nas indicações é atribuída a Costa.

O ministro das Relações Institucionais disse que esse foi um encaminhamento da reunião ministerial de anteontem. Segundo ele, a coordenação desse esforço será de seu ministério.

"Mas a composição partidária não está em discussão em relação ao Ministério da Saúde", destacou ele. "Há outros ministérios que foram discutidos com a composição partidária, que é parte da democracia. O Ministério do Turismo é um exemplo disso", completou Padilha, um dos fiadores de Nísia Trindade no governo.

BEIJA-MÃO

Ainda ontem, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, visitou Lira na residência oficial da Câmara. Anteontem, foi a vez de Rui Costa, conversar com o presidente da Câmara.

O "beija-mão" não foi à toa. Em seis meses de gestão, Lira conseguiu transformar Lula em refém de sua agenda. Com apenas 140 votos da esquerda e o espectro político de centro dividido, sem dar segurança nas votações, o governo não consegue aprovar nenhum projeto de lei se não tiver apoio do Centrão.

Em conversa com Rui Costa, na quarta-feira, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, disse que o governo precisa atender o chamado "blocão" nas trocas ministeriais para ampliar sua base de sustentação na Câmara. Ao Estadão/Broadcast, Elmar afirmou apenas ter relatado ao ministro a necessidade de o governo corrigir falhas na articulação política. "Para bom entendedor, meia palavra basta", disse ele.

O Centrão liderado por Lira se movimenta há algumas semanas para controlar o Ministério da Saúde, que foi por muito tempo feudo político do PP e tem um orçamento de R$ 188,3 bilhões neste ano.

Na prática, o PP mudou de estratégia para conseguir o comando da Saúde. O partido fez chegar ao governo que poderia apadrinhar um nome "técnico" para a pasta. A ideia é indicar alguém do setor, e não mais um político, como forma de reduzir a resistência de Lula. Uma ala da bancada, porém, defende a nomeação do deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), que também é médico.

A atual ministra Nísia Trindade, ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não é ligada a nenhum partido e deputados têm reclamado da falta de interlocução com ela, até mesmo do PT. Há queixas, ainda, de demora na liberação de emendas parlamentares por parte do Ministério da Saúde.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para comemorar o vigésimo aniversário da missão espacial não tripulada Mars Express, a Agência Espacial Europeia (ESA) fará a primeira transmissão ao vivo de Marte da história nesta sexta-feira, 2. Por uma hora, a agência mostrará imagens direto do planeta vermelho a partir das 13h.

Acompanhe:

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"Isso será o mais próximo que você poderá chegar de uma exibição ao vivo do planeta vermelho", disse a agência. Sintonize para estar entre os primeiros a ver novas imagens aproximadamente a cada 50 segundos, conforme elas são transmitidas diretamente da Câmera de Monitoramento Visual (VMC)a bordo do orbitador marciano de longa duração, mas ainda altamente produtivo da ESA", disse em comunicado.

Uma vez que a luz é refletida ou enviada por orbitadores e aterrissadores que a exploram e viajam para a Terra, dependendo das posições relativas dos dois planetas em órbita ao redor do Sol, isso pode levar de 3 a 22 minutos.

Desta forma, não será uma transmissão ao vivo de fato, mas o mais próximo que é possível chegar. "Não existem notícias 'ao vivo' no espaço, pois somos limitados pela velocidade da luz que atravessa grandes distâncias", pontuou a agência. Mas, nesta sexta-feira, todos têm a chance de chegar o mais perto possível de Marte.

Durante a transmissão de uma hora nesta sexta-feira, o tempo entre as imagens serem tiradas da órbita de Marte e aparecerem na tela será de cerca de 18 minutos. Conforme a ESA, são 17 minutos para a luz viajar de Marte para a Terra em sua configuração atual e cerca de um minuto para passar pelos fios e servidores no solo.

Segundo a agência, esta é uma câmera antiga, originalmente planejada para fins de engenharia, a uma distância de quase três milhões de quilômetros da Terra. "Isso nunca foi tentado antes e, para ser honesto, não temos 100% de certeza de que funcionará", disse James Godfrey, gerente de operações de Naves Espaciais no centro de controle de missão da ESA em Darmstadt, na Alemanha. "Mas estou bastante otimista. Normalmente, vemos imagens de Marte e sabemos que foram tiradas dias antes. Estou animado para ver Marte como é agora - o mais próximo possível de um 'agora' marciano", afirma Godfrey.

Não há evidência convincente de vida extraterrestre associada a objetos voadores não identificados (óvnis). Essa foi a conclusão apresentada pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), na primeira reunião pública sobre o tema, realizada na quarta-feira (31). Um dos obstáculos para isso ainda é a falta de informações de qualidade, problema que pode ser amenizado com a colaboração da população, segundo a agência.

No encontro, que antecipou os principais pontos de um relatório que será publicado pela Nasa possivelmente em julho, os cientistas da agência dedicados a pesquisar fenômenos anômalos não identificados ("UAPs", em inglês), os populares óvnis ou UFOs, explicaram ainda há escassez de dados úteis e de qualidade sobre os avistamentos.

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"Os esforços atuais de coleta de dados sobre UAPs são assistemáticos e fragmentados em várias agências, muitas vezes usando instrumentos não calibrados para coleta de dados científicos", disse David Spergel, que lidera o grupo de trabalho da Nasa formado em 2022 para examinar as informações existentes sobre os fenômenos.

Spergel ainda afirmou que o grupo "sente que muitos eventos permanecem não relatados". Uma das possíveis explicações para isso é o estigma que ronda o assunto. Desconfiança, deboche e teorias da conspiração, muitas vezes, acabam impedindo ou dificultando um diálogo sobre UAPs com a seriedade que a ciência exige.

"Os pilotos comerciais, por exemplo, relutam muito em relatar anomalias. E um de nossos objetivos, e ter a Nasa desempenhando um papel, é remover o estigma e obter dados de alta qualidade", disse o cientista. A partir do painel realizado, o grupo também quis encorajar os pilotos de linhas aéreas e militares se manifestarem quando virem um objeto não identificado, sem temer constrangimento.

App

Outra forma de fomentar os dados sobre os aparecimentos seria incentivando a própria população a compartilhar os seus relatos. A sugestão de Spergel seria um aplicativo de celular, que permitiria a coleta de dados.

"Existem de três a quatro bilhões de telefones celulares no mundo", disse Spergel. "Os telefones celulares não gravam apenas imagens, estamos todos acostumados com câmeras de celulares, mas eles medem o campo magnético local, são gravitômetros, medem som, codificam uma quantidade enorme de informações sobre o ambiente ao seu redor", argumentou o cientista.

"Se você tem algo visto por vários telefones celulares, com bons dados de registro de data e hora, em vários ângulos, pode inferir a localização e a velocidade desse objeto", disse Spergel. "Na maioria das vezes, isso dirá que é um avião, é um balão, seja o que for. E se for algo novo, você tem dados de alta qualidade e uniformemente selecionados que podem ser usados.", complementou.

Com a ferramenta, os dados podem ser combinados com informações coletadas pelos radares oficiais e dados obtidos a partir de outros sensores, para poder filtrar o que realmente é importante, eliminando o que pode ser normal, como um balão, por exemplo. Assim, a agência conseguiria ter acesso a um número muito maior de dados, com potencial para novas descobertas.

A China enviará na terça-feira (30) um astronauta civil ao espaço pela primeira vez, como parte de uma missão na estação Tiangong, anunciou a Agência Espacial de Voos Tripulados do país.

"O especialista em carga útil Gui Haichao é professor da Universidade Aeronáutica e Astronáutica de Pequim", anunciou o porta-voz da agência espacial, Lin Xiqiang, à imprensa nesta segunda-feira.

Até o momento, todos os astronautas chineses enviados ao espaço eram integrantes do Exército Popular de Libertação.

Gui, 34 anos, será "o principal responsável pela operação em órbita das cargas experimentais de ciência espacial", destacou Lin.

De acordo com a universidade, Gui é de uma "família comum" da província de Yunnan (norte do país).

Ele "sentiu interesse pelo setor aeroespacial pela primeira vez ao ouvir no rádio as notícias sobre o primeiro chinês a viajar ao espaço", Yang Liwei, em 2003, destacou a universidade nas redes sociais.

O comandante da missão será Jin Haipeng - em sua quarta missão espacial, de acordo com a imprensa estatal - e o terceiro tripulante será o engenheiro Zhu Yangzhu.

A decolagem está prevista para 9H31 locais (22H31 de Brasília nesta segunda-feira) no Centro Jiuguan de Lançamento de Satélites, informou a Agência Espacial.

- Sonho espacial -

Durante o governo do presidente Xi Jinping, a China intensificou as operações para conquistar o "sonho espacial".

A segunda maior economia do mundo investiu um grande orçamento no programa espacial, comandado pelos militares, com a esperança de enviar astronautas à Lua.

Pequim tenta alcançar Estados Unidos e Rússia depois de anos de atraso.

Além de uma estação espacial, a China planeja construir uma base na lua. A Agência Espacial pretende concretizar uma missão lunar tripulada até 2029.

O módulo final da estação Tiangong (que significa "palácio celestial") foi acoplado no ano passado à principal estrutura.

A estação contém vários equipamentos científicos de vanguarda, incluindo "o primeiro sistema de relógio espacial atômico frio", segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

Após a conclusão, a Tiangong deverá permanecer em órbita terrestre baixa, a uma distância entre 400 e 450 km acima do planeta por pelo menos 10 anos, concretizando a ambição do país de manter uma presença humana no espaço por um longo período de tempo.

A estação terá uma tripulação permanente, em um sistema de rodízio com equipes de três astronautas, que conduzirão experimentos científicos e ajudarão a testar novas tecnologias.

A China não planeja utilizar a Tiangong em um sistema de cooperação mundial, como a Estação Espacial Internacional (ISS), mas Pequim declarou que está aberta à colaboração estrangeira.

O país está à margem da ISS desde 2011, quando Washington proibiu a Nasa de colaborar com Pequim.

Os astrônomos observam sua luz há três anos. E esta é a maior explosão cósmica já vista, que pode ser o resultado de uma vasta nuvem de gás, talvez milhares de vezes maior que o Sol e violentamente alterada por um buraco negro supermassivo.

A explosão, classificada como AT2021lwx e que ocorreu a quase 8 bilhões de anos-luz, quando o universo tinha cerca de 6 bilhões de anos, é descrita em um estudo liderado pela Universidade de Southampton e publicado nesta sexta-feira pelo periódico científico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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A maioria das supernovas - como é chamada a explosão de uma estrela moribunda - é visível por alguns meses. Esta, porém, foi localizada há três anos e ainda está sendo detectada por uma rede de telescópios. A enorme explosão é dez vezes mais brilhante do que qualquer supernova conhecida, e três vezes mais brilhante do que o evento conhecido como ruptura de maré, no qual uma estrela cai em um buraco negro supermassivo.

Os pesquisadores acreditam que a explosão é resultado de um evento muito raro: uma vasta nuvem de gás, possivelmente milhares de vezes maior que o nosso Sol, que foi violentamente perturbada por um buraco negro supermassivo. Dessa forma, fragmentos da nuvem de gás estariam sendo engolidos pelo buraco negro, enviando ondas de choque por seus restos e pelo contorno empoeirado do buraco.

No ano passado, os astrônomos testemunharam a explosão mais brilhante já registrada: uma de raios gama conhecida como GRB 221009A, que ocorreu a 2 bilhões de anos-luz da Terra. Essa explosão foi mais brilhante do que a descrita agora, mas durou apenas uma fração do tempo, o que significa que a energia total liberada pelo AT2021lwx é muito maior.

A explosão foi detectada em 2020 pelo Zwicky Transient Facility e, depois, pelo Asteroid Terrestrial Impact Last Alert System (Atlas). Os dois sistemas de levantamento astronômico ficam nos EUA e são encarregados de monitorar o céu para detectar objetos que mudam rapidamente de brilho, o que indica a existência de eventos cósmicos. "Nós o descobrimos por acaso", disse o pesquisador da Universidade de Southampton Philip Wiseman, que observou que "algo que brilhou por mais de dois anos foi considerado muito incomum". Por essa razão, o objeto continuou a ser investigado com o Gran Telescopio de Canarias; o New Technologies Telescope (do European Southern Observatory), no Chile; e o Neil Gehrels Swift (uma colaboração entre Nasa, Reino Unido e Itália).

PRÓXIMOS PASSOS

A equipe agora quer coletar mais dados sobre a explosão, medindo diferentes comprimentos de onda, incluindo as de Raios X, que podem revelar a superfície e a temperatura do objeto, bem como os processos subjacentes.

Os pesquisadores farão ainda simulações de computador mais complexas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 A Arábia Saudita anunciou que enviará a primeira astronauta do país para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em viagem marcada para "o segundo trimestre de 2023".

A ida de Rayyanah Barnawi será com Ali Al-Qarni, informou ainda a Agência Oficial de Imprensa, em viagem conjunta com a tripulação da missão espacial AX-2 que partirá de uma base nos Estados Unidos.

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Além dos dois sauditas, também outros dois astronautas locais serão treinados na base norte-americana em caso de problemas com Barnawi ou Al-Qarni - Mariam Fardous e Ali Al-Gamdi.

Conforme a nota oficial, o envio de mais dois astronautas "é uma marca histórica para o programa para treinar e qualificar os sauditas a irem para o Espaço, fazerem experimentos científicos e participarem de pesquisas internacionais". (ANSA).

A Arábia Saudita escolheu a primeira mulher astronauta que viajará ao espaço, informou a mídia estatal, em uma nova tentativa de mudar a imagem ultraconservadora do país.

Rayyana Barnawi acompanhará o astronauta Ali Al-Qarni em uma missão à Estação Espacial Internacional (ISS) no "segundo trimestre de 2023", disse a agência de notícias saudita no domingo (12), após um primeiro anúncio no final do ano passado.

Os astronautas "vão se juntar à equipe da missão espacial AX-2" em um voo que será "lançado dos Estados Unidos", acrescentou.

O líder da Arábia Saudita, o príncipe Mohammed bin Salman, procurou mudar a imagem conservadora do país por meio de uma série de reformas.

Desde sua chegada ao poder em 2017, as mulheres podem dirigir e viajar ao exterior sem serem acompanhadas por um homem.

A proporção de mulheres no mercado de trabalho também aumentou de 17% para 37% desde 2016.

Esta não é a primeira vez que um saudita viaja ao espaço. Em 1985, o príncipe Sultan bin Salman bin Abdulaziz, um piloto de avião, integrou uma missão espacial organizada pelos Estados Unidos e se tornou o primeiro cidadão muçulmano e árabe a deixar o planeta Terra.

Em 2018, o país criou a Autoridade Espacial Saudita e, no ano passado, lançou um programa para enviar astronautas ao espaço.

 Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico-Cultural e Urbanismo de Olinda, promoverá uma audiência pública para debater a doação de parte do terreno em que está instalado no Espaço Ciência. O órgão convida a sociedade para participar do debate, que acontecerá a partir das 9h da próxima segunda-feira (23), na Câmara de Vereadores de Olinda, na rua 15 de Novembro, número 94, no Varadouro.

A promotora de Justiça Belize Câmara frisa, no edital de convocação publicado no Diário Oficial Eletrônico do MPPE do dia 20 de dezembro de 2022, que os interessados em se manifestar devem se inscrever na lista que será disponibilizada na entrada da Câmara de Vereadores até as 8h30 do dia 23 de janeiro. A audiência tem o objetivo de colher informações para instruir o Procedimento Administrativo nº 01923.000.676-2022.

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Além dos cidadãos, o MPPE também convocou representantes de órgãos e entidades públicas para prestar informações. A promotora encaminhou ofícios à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia; ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; à direção do Espaço Ciência; à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; ao Conselho de Preservação dos Sítios Históricos; à Academia Pernambucana de Ciência; à Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco; à Empresa Pernambucana de Turismo; ao Porto Digital; ao Ministério Público de Contas; ao Ministério Público Federal; e ao Mestrado em Desenvolvimento Urbano da UFPE.

Um novo planeta, fora do Sistema Solar, foi identificado por cientistas com base em dados usados da missão Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), com capacidade para detectar novos planetas. Este é o segundo mundo com tamanho semelhante ao da Terra do sistema planetário, segundo a agência americana.

Identificado como TOI 700 e, o planeta orbita dentro da chamada zona habitável otimista - a faixa de distâncias onde a água líquida pode ocorrer na superfície de um planeta. Está a cerca de 100 anos-luz da Terra e tem 95% de seu tamanho, sendo provavelmente rochoso.

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"Os cientistas definem a zona habitável otimista como o intervalo de distâncias onde a água líquida da superfície pode estar presente em algum momento da história de um planeta", segundo informações da Nasa.

Anteriormente ao TOI 700 e, os astrônomos descobriram três planetas neste sistema TOI 700, chamados TOI 700 b, c e d. O planeta d também orbita na zona habitável. O TOI 700 e leva 28 dias para orbitar sua estrela, colocando o planeta e entre os planetas c e d na chamada zona habitável otimista.

Em 2020, a equipe anunciou a descoberta do planeta d, do tamanho da Terra e zona habitável, que está em uma órbita de 37 dias, junto com outros dois mundos.

"É um dos poucos sistemas com vários planetas pequenos e de zona habitável que conhecemos", afirma Emily Gilbert, pós-doutoranda do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia, que liderou o trabalho.

"Isso torna o sistema TOI 700 uma perspectiva interessante para acompanhamento adicional. O planeta 'e' é cerca de 10% menor que o planeta ''d, então o sistema também mostra como as observações adicionais do Tess nos ajudam a encontrar mundos cada vez menores", afirmou.

O resultado da descoberta de sua equipe foi apresentado na terça-feira, 10, na 241ª reunião da American Astronomical Society (Sociedade Astronômica Americana), em Seattle (EUA). Um artigo sobre o planeta recém-descoberto será publicado no jornal The Astrophysical Journal Letters.

De acordo com a Nasa, o TOI 700 é uma pequena e fria estrela anã vermelha localizada a cerca de 100 anos-luz de distância na constelação Dorado.

"O planeta mais interno, TOI 700 b, tem cerca de 90% do tamanho da Terra e orbita a estrela a cada 10 dias. O TOI 700 c é 2,5 vezes maior que a Terra e completa uma órbita a cada 16 dias", acrescenta a Nasa.

Monitoramento

O TESS monitora grandes áreas do céu, chamadas setores, por aproximadamente 27 dias por vez. "Esses longos olhares permitem que o satélite rastreie as mudanças no brilho estelar causadas por um planeta passando na frente de sua estrela de nossa perspectiva, um evento chamado de trânsito", de acordo com a Nasa.

A missão usou essa estratégia para observar o céu do sul a partir de 2018, antes de se voltar para o céu do norte. Em 2020, voltou ao céu do sul para observações adicionais.

"Se a estrela estivesse um pouco mais próxima ou o planeta um pouco maior, poderíamos ter conseguido identificar o TOI 700 e no primeiro ano de dados do TESS", disse Ben Hord, pesquisador graduado no Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, Maryland (EUA).

"No entanto, o sinal era tão fraco que precisávamos de um ano adicional de observações de trânsito para identificá-lo", afirma. O TESS acaba de completar seu segundo ano de observações do céu do norte. "Estamos ansiosos pelas outras descobertas emocionantes escondidas no tesouro de dados da missão", diz Allison Youngblood, astrofísica pesquisadora e vice-cientista do projeto Tess em Goddard.

O estudo de acompanhamento do sistema TOI 700 com observatórios espaciais e terrestres está em andamento e pode fornecer mais informações sobre esse sistema raro. Além disso, tais descobertas também ajudam os cientistas planetários a aprenderem mais sobre a história do nosso próprio sistema solar, conforme a Nasa.

Os mistérios do universo fascinam, intrigam e rendem boas histórias, afinal, temas como corrida espacial, viagens interplanetárias e vida em outros planetas são constantemente abordados no cinema. E hoje (9) é comemorado o Dia do Astronauta. Para quem curte histórias do gênero, a equipe do LeiaJá listou quatro filmes que estão disponíveis na Netflix sobre histórias no espaço. Confira a seguir: 

Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019) - Um homem viaja pelo interior de um sistema solar sem lei para encontrar seu pai desaparecido – um cientista renegado que representa uma ameaça à humanidade. Este filme foi indicado ao Leão de Ouro, Oscar de Melhor Mixagem de Som, Green Drop Award e outras indicações.   

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Apollo 11 (2019) - Um documentário que acompanha a missão mais famosa da NASA, que levou os astronautas Neil Armstrong (1930-2012), Buzz Aldrin e Michael Collins (1930-2021) até a Lua. Também apresenta imagens em alta resolução nunca vistas antes. Este documentário ganhou o Prêmio Emmy do Primetime de Melhor Edição e Melhor Mixagem de Som, Peabody AwardDocumentary e outros prêmios.  

O Céu da Meia-Noite (2020) - Um cientista solitário no Ártico corre contra o tempo para impedir que um grupo de astronautas volte à Terra depois de uma catástrofe global. Este filme foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Satellite Award de Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e outras indicações.  

Passageiro acidental (2021) - A tripulação de uma missão de dois anos para Marte enfrenta um dilema fatal depois que um passageiro inesperado coloca todos em risco.

 

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