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Os aeroportos de Fortaleza (Pinto Martins), Belo Horizonte (Confins), Recife (Guararapes) e de Belém (Val-de-Cans) começam nesta quinta-feira (2) a adotar fiscalização rigorosa das bagagens de mão em voos domésticos, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

De acordo com a Abear, o passageiro que estiver com a bagagem de mão fora das especificações de peso e tamanho definidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - peso máximo de 10 quilos e dimensões de, no máximo, 55 centímetros (cm) de altura por 35 cm de largura e 25 cm de profundidade - terá obrigatoriamente que despachá-la no compartimento de malas do avião.

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A Abear informa também que os mesmos critérios valem, inclusive, para qualquer outro tipo de volume que não esteja dentro das especificações definidas pela Anac para ser embarcado no compartimento de bagagem da área de passageiros. Por exemplo, instrumento musical, equipamento eletrônico, bebê confort etc.

Os aeroportos de Brasília (Juscelino Kubitschek), Natal (Aluízio Alves), Curitiba (Afonso Pena) e Campinas (Viracopos) já adotaram medida semelhante desde 25 de abril. Abear orienta os passageiros que, no caso de dúvida, entrem em contato com a empresa aérea antes da viagem. A entidade também disponibiliza um link (passageiros) em sua página na internet, com informações sobre bagagem.

Os passageiros que embarcam no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, têm notado, nas últimas semanas, uma mudança de procedimento no momento do embarque na aeronave. Quem porta bagagem de mão, como malas de pequeno porte, está sendo obrigado a aguardar em fila separada enquanto os demais passageiros, que portam itens menores, como bolsas e mochilas, entram primeiro no avião. Além disso, as companhias têm oferecido despacho gratuito da bagagem de mão, mesmo que dentro dos padrões para transporte na cabine, devido à falta de espaço nos compartimentos superiores. O mesmo procedimento também tem ocorrido em voos operados a partir dos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte e Congonhas, em São Paulo, como verificou a reportagem da Agência Brasil.

Enquanto aguardava o embarque do voo 1746, de Brasília para Recife, a secretária Cristiane Alves afirmou que não se incomodava em esperar, já que todos fazem fila, mas criticou a falta de organização para garantir espaço na cabine para o transporte da bagagem de mão. "Eu me incomodo de ter que despachar e isso atrasar o meu desembarque. Acho que o ideal deveria ser deixar despachar desde o início do check-in, quando se sabe que o voo está cheio e poderá não haver espaço suficiente na cabine para todos que estão com bagagem de mão", afirma.

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De acordo com o Regulamento nº 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o passageiro tem direito a transportar como bagagem de mão um volume de até 10 kg em viagens nacionais e internacionais, com limite de até 55 cm de altura por 40 cm de comprimento. Essa mesma norma, aprovada em 2016, extinguiu a franquia de bagagem, pela qual o passageiro tinha o direito de despachar gratuitamente um volume de até 23 kg. A medida já é uma prática comum em outros países e uma das ideias era oferecer preços menores para passageiros que não precisam despachar bagagem.

Segundo o advogado Igor Britto, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), as companhias aéreas não cometem infração quando separam os passageiros para tentar otimizar o serviço de embarque, mas ele reconhece que o fim da franquia de bagagem criou situações que podem gerar conflito ou constrangimento. "A regra foi alterada sem imaginar que não existe espaço suficiente para carregar a bagagem na cabine. Geram-se conflitos desnecessários, porque muitas vezes o passageiro transporta itens frágeis na bagagem de mão que ele não gostaria de despachar", explica.

É o caso do servidor público Fabrício Ferrão. Passageiro frequente, ele disse que sempre recusa a oferta de despacho gratuito da bagagem de mão. "Eu acabo levando conteúdo frágil, por isso não gosto de despachar", diz.

A Gol informou, em nota, que "adota, quando necessário", o despacho voluntário. "Nesse procedimento, a empresa oferece o serviço sem cobrança adicional para o passageiro. A medida visa sempre um maior conforto dos clientes durante o voo".

Segundo a Anac, durante o embarque, as aéreas devem respeitar as prioridades de acesso ao avião previstas em lei, como a de mulheres grávidas, idosos e portadores de deficiência. As companhias também costumam dar prioridade para seus clientes em programas de fidelidade. Fora dessas prioridades, a ordem de entrada obedece a uma lógica de eficiência estabelecida pela própria companhia, desde que não haja tratamento discriminatório. A agência orienta os consumidores que se sentirem ofendidos, lesados ou que se sintam incomodados com algum procedimento, que abram uma reclamação contra a companhia aérea ou diretamente no portal do Consumidor.

No voo 1746 da Gol entre Brasília e Recife, por exemplo, os funcionários da companhia explicaram, durante o embarque, que a ideia é que passageiros que portam bolsas ou mochilas menores entrem primeiro e acomodem seus itens, preferencialmente, abaixo da poltrona à sua frente. Com isso, aqueles passageiros que portam volumes maiores, de até 10 kg, tenham espaço suficiente nos compartimentos superiores.

Ainda de acordo com a Gol, para agilizar o embarque de todos os clientes, a empresa disponibiliza gabarito no check-in e também confere o tamanho das bagagens de mão por meio dos chamados “Gabaritos de Bagagem” no próprio portão de embarque. O instrumento, semelhante a uma caixa com fundo falso, é utilizado pelo agente de aeroporto, que verifica se as dimensões estão de acordo com as descritas pela legislação. Quando as bagagens estão fora do padrão, são etiquetadas e despachadas.

Um idoso foi preso nessa quarta (23) quando tentava embarcar com cerca de 7kg de cocaína escondidos em uma bagagem de mão. Natural da Venezuela, o homem de 81 anos pretendia levar a dogra para Dubai, nos Emirados Árabes, mas foi impedido pela ação da Polícia Federal.

Interrogado pelos policiais federais, o idoso disse ser militar da reserva em seu país de origem e que tinha título de PHD em economia. Agora, o venezuelano responderá por tráfico internacional de drogas.

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Mais estrangeiros com cocaína - Outros dois passageiros foram presos pela PF no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, também com drogas.

Uma passageira, sul-africana, na fila do check-in de voo com destino a Joanesburgo, África do Sul, foi abordada pelos policiais e confessou aos policiais que estava levando droga sob suas roupas. Ela foi conduzida à delegacia onde os peritos federais identificaram quatro volumes contendo cerca de 1kg de cocaína. A droga estava inserida em uma espécie de bermuda íntima.

Já na madrugada desta quinta (24), uma passageira natural de Serra Leoa, que realizava check-in para voo com destino a Guiné, país da África, foi presa pelos policiais que identificaram, dentro de mais de 200 bombons, quase 6kg de cocaína. A passageira havia sido beneficiada pela Lei do Refúgio e possuía o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE).

Com informações da Agência PF

Sucesso absoluto neste verão, o pau de selfie está liberado para entrar nos aviões, agora oficialmente na condição de bagagem de mão. O esclarecimento foi feito nesta segunda-feira (26) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que divulgou uma nota à imprensa específica sobre o assunto.

"A Anac informa aos passageiros que é permitido o transporte, na bagagem de mão, do acessório conhecido como "bastão de selfie", desde que o equipamento esteja dentro das especificações permitidas para ser transportado na bagagem de mão. Segundo a Portaria nº 676/2000 da ANAC, o peso total da bagagem de mão não pode exceder 5 kg e a soma das dimensões (comprimento + largura + altura) não ultrapasse 115 cm", cita a nota.

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A efetiva entrada do acessório nos aviões, no entanto, dependerá de um sinal verde do Agente de Proteção da Aviação Civil (Apac), que vai verificar as características do objeto. Essa análise, explica a Anac, tem o objetivo de garantir o conforto, a tranquilidade e assegurar a integridade física das pessoas a bordo.

Sobre a manifestação feita sobre o "pau de selfie", a Anac esclarece que recebeu notificações informando que o acessório estava sendo enquadrado como "bastões retráteis", item citado e proibido por uma resolução de 2011.

"Sanadas as dúvidas quanto à diferenciação de 'bastão retrátil' e 'bastão de selfie', a ANAC orientou os operadores aeroportuários e aéreos, por meio de ofício, sobre a permissão do acessório, desde que ele respeite as regras da bagagem de mão", cita a nota. Objetos cortantes ou perfurantes só podem ser transportados na bagagem despachada. O "bastão de selfie" também pode ser despachado na mala, se o passageiro preferir, sem necessidade de qualquer comunicação prévia à empresa aérea.

As companhias aéreas estão mais rigorosas com a bagagem de mão dos passageiros. Nesta semana, a Gol começou a usar gabaritos de metal - semelhantes aos usados pelas empresas americanas e europeias - para medir o tamanho das malas na porta do avião. Aquelas cujas dimensões (largura, altura e comprimento) somadas ultrapassam os 115 cm são etiquetadas e enviadas para o bagageiro da aeronave. O processo é feito na fila de embarque por funcionários da companhia, ou seja, não é preciso voltar ao balcão de check-in do aeroporto para despachar a mala acima do limite.

A maior fiscalização ocorre por causa da popularização do check-in online. É quando o passageiro imprime o cartão de embarque em casa ou no totem de autoatendimento. Em alguns casos, usa apenas o smartphone para entrar na sala de embarque.

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Com isso, o passageiro ganha independência: não pega filas e não tem contato com nenhum funcionário da companhia aérea até a hora de entrar no avião. Mas acaba levando uma bagagem que não cabe nos compartimentos da cabine.

"Isso causa problemas operacionais que atrasam o embarque. E normalmente tem mais seis ou sete voos depois, então acaba prejudicando um monte de passageiros", explica o gerente corporativo de aeroportos da Gol, Alessandro Minucci.

Por enquanto, a fiscalização da Gol ocorre apenas em Congonhas - mas será expandida para todos os voos da companhia em Cumbica, Galeão, Santos Dumont, Confins e Porto Alegre nas próximas semanas.

Para que a própria verificação do tamanho de cada bagagem não se transforme em um motivo de atraso do voo, funcionários da Gol estão fazendo a medição por amostragem - as malas que parecem maiores passam pelo teste do gabarito. Para isso, o embarque dos voos será adiantado.

"Vamos chamar para embarque cinco minutos antes do previsto. Com a fila formada, o agente do aeroporto circula e faz a avaliação", diz Minucci. No Brasil, o limite de bagagem é estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nos Estados Unidos e na Europa, é determinado pelas empresas.

O desejo das companhias brasileiras é de que a Anac desregulamente o quesito bagagens. Com isso, o peso, o tamanho e o número de peças que cada um pode carregar poderá ser diferente dependendo de cada companhia. "Um laptop modelo antigo pode pesar dois quilos e o limite de uma mala de mão hoje é de apenas cinco quilos", exemplifica Minucci.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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