Tópicos | Blade Runner 2049

Vangelis, compositor grego responsável por algumas das mais icônicas trilhas sonoras do cinema, como em Carruagem de Fogo (1981) e a renomada música de Blade Runner - O Caçador de Andróides (1982), morreu hoje (19) aos 79 anos de idade. Segundo os representantes do músico, ele estava internado em um hospital na França. A causa da morte não foi relevada.

Nascido em 1943, Evángelos Odysséas Papathanassíou alcançou o auge da fama em 1981, ao conquistar um Oscar pela trilha sonora original de Carruagens de Fogo, trilha que atingiu o topo das paradas americanas, bem como o seu álbum de origem.

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Vangelis foi membro do grupo musical Aphrodite’s Child. Além de autodidata, encontrou o reconhecimento do público por seu trabalho em outros clássicos do cinema, como Rebelião em Alto-Mar (1984), Francesco - A História de São Francisco de Assis (1989), Lua de Fel (1992) e Alexandre (2004).

O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, no Twitter, publicou uma nota lamentando a morte de Vangelis: “Vangelis Papathanassiou não está mais conosco. Para o mundo todo, essa triste notícia afirma que o mundo da música perdeu o internacional Vangelis. O protagonista do som eletrônico, do Oscar, do mito e dos grandes sucessos”, compartilhou.

Por Matheus de Maio

 

 

Em 1982 Ridley Scott trazia ao mundo um dos filmes mais marcantes na história da sétima arte: “Blade Runner”. Protagonizado por Harrison Ford, o noir futurista é também considerado um dos melhores filmes de ficção científica já produzidos, além de ser um desbunde visual. Após 35 anos é a vez de Dennis Villeneuve, um dos cineastas mais badalados da atualidade, apresentar seu “Blade Runner 2049”. E a sequência do diretor de “A Chegada” é o grande destaque do EstreiaJá desta semana. O programa, que conta com a participação do jornalista de Geraldo de Fraga, também fala sobre outros lançamentos como o petardo “Pica-Pau: O Filme”, “O Melhor Professor da Minha Vida” e mais.

O EstreiaJá é apresentado pelo jornalista e crítico de cinema Rodrigo Rigaud e é publicado semanalmente no LeiaJa.com.

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Confira se “Blade Runner 2049” é, de fato, tudo isso, conferindo o programa completo no vídeo abaixo.

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No mesmo ano em que Ridley Scott voltou com tudo à franquia Alien (iniciada por ele em 1979) com Alien: Covenant, outro longa de seu autoria ganha uma sequência, 35 anos depois de estrear nos cinemas. Mas, dessa vez, Scott fica “só” na produção executiva e deixa a cadeira de diretor para Denis Villeneuve, queridinho de nove entre 10 cinéfilos de hoje.

Mexer com o passado é complicado. Os produtores sabem disso, os fãs sabem disso e, curiosamente, os personagens do filme descobrem isso. O agente K (Ryan Gosling) é um replicante de última geração que caça os antigos modelos, agora, proibidos por lei de existirem.

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No início da história, após confrontar um desses antigos exemplares, o protagonista do filme descobre algo que pode mudar a história desse mundo onde a inteligência artificial é parte crucial da vida humana. Falar mais é correr o risco de entregar qualquer spoiler a respeito do roteiro.

O que podemos, e devemos, falar sobre Blade Runner 2049 é que ele é uma obra que reverencia o original de forma competente, algo que muitas vezes uma continuação tardia se esquece de como isso é importante. Porém, a saga do personagem de Ryan Gosling toma caminhos próprios e expande bem a mitologia do seu antecessor.

O que, infelizmente, não o impede de alguns tropeços como personagens poucos desenvolvidos. O maior desses erros é o Niander Wallace de Jared Leto, que mais parece um vilão com poucas motivações, algo incompreensível, já que ele é o atual dono da empresa que assumiu a manufatura dos replicantes, após a falência da Tyrell Corporation, precursora do negócio.

É frustrante, mas não chega a ser algo tão grave. Há várias coisas que soterram as pequenas falhas, como o espetacular designer de produção e a fotografia que deixam o espectador imerso nesse mundo futurístico belo e angustiante ao mesmo tempo. A volta de Harrison Ford é a cereja do bolo e não só um easter egg.

Como último aviso, caso seja necessário, não espere cenas de ação sem propósito. Assim como o longa de 1983, Blade Runner 2049 também é uma história de detetive, com clima noir e tudo, mas a investigação de K nos leva a situações onde é preciso pensar mais do que agir.

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