Tópicos | Brigas internas

Apesar de ter pregado durante a preparação para o Processo de Eleições Diretas (PED) o discurso da "unificação partidária" algumas lideranças do PT não estão medindo esforços para expulsar o presidente da legenda no Recife, Oscar Barreto, do partido. Barreto, que foi reeleito no último domingo (10), agora é alvo de uma petição pública na internet que visa reunir assinaturas de apoio para serem entregues ao presidente da Comissão de Ética do PT, Francisco Rocha, mais conhecido como Rochinha, que segundo informações apoia a expulsão de Oscar da sigla.

Além da petição, um processo interno, assinado pelo ex-vereador do Recife, Dilson Peixoto (PT), também solicitando a exclusão de Barreto. No requerimento Dilson alega que Oscar, durante as eleições municipais em 2012, impulsionou a indisciplina dentro do PT ao "estimular" que os petistas não votassem em Humberto Costa (PT), além de outros pontos como um possível pedido feito por Humberto e o deputado federal, João Paulo (PT), visando o cancelamento do Processo de Eleições Diretas (PED) no estado.

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 A justificativa também é usada pelos militantes que criaram a petição. O requerimento já foi analisado, no último dia 5 pela executiva estadual, que sinalizou o aguardo de uma posição da Comissão de Ética nacional. 

 

 

Depois de quase um ano das eleições municipais 2012 no Recife que floresceu as brigas internas do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-prefeito João da Costa, vetado pela própria sigla de participar do processo eleitoral se mostrou aberto para o diálogo. Ele disse não existir mágoas pessoais, mas confirmou as diferenças existentes dentro da legenda.

O petista acredita que a conversa é um dos principais caminhos para o partido. “Nós vivenciamos recentemente no PT momentos muito difíceis que exigem agora para os dirigentes, boa vontade para o diálogo, para construir o máximo de unidade partidária. Essa é a orientação que estamos discutindo e vamos levar esse diálogo para o partido”, sugeriu.

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O ex-administrador comentou a conjuntura política do PT analisando aspectos anteriores e a campanha para o Processo Eleição Direta (PED) 2013, marcado para novembro. “É evidente que há dentro do PT insatisfações com o processo atual de direção do partido pelo esvaziamento do partido no interior do Estado, e por processos que foram conduzidos equivocadamente. Então, estar aberto para o diálogo e para o debate não significa você não debater as diferenças já que isso é uma disputa e a gente tem diferenças de como o partido deve ser conduzido”, disse, acrescentando fazer isso de forma respeitosa e defendendo a candidatura da deputada estadual Teresa Leitão. “Essa é uma chapa de novo tempo para o PT”, pontuou.

Apadrinhando Leitão de forma esperançosa, João da Costa acredita no amadurecimento da legenda. “Eu espero que a própria campanha amadureça as relações internas do PT para que ajude o PT a ter um bom desempenho em 2014”, afirmou.

Questionado se as insatisfações e diferenças colocadas por ele ainda são problemas em virtude da candidatura do senador Humberto Costa e do deputado federal João Paulo nas últimas eleições, disse não ter dificuldades pessoais. “Eu não tenho incômodo pessoal nenhum. É uma insatisfação partidária. (...) Ahhh isso faz parte da política, eu acho que houve um equívoco político, agora, isso não vai ser debatido. Sempre estive aberto para sentar com João Paulo e com Humberto desde dezembro do ano passado, infelizmente não se criou este espaço de diálogo, não por nossa decisão, mas vamos fazer um debate e vamos continuar insistindo nisso”, declarou.

Os desentendimentos do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco estão ligados a problemas pessoais, acredita o candidato à presidência estadual da legenda, Gilson Guimarães. Recentemente, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, a executiva municipal tomou uma decisão rígida e se declarou oposição na cidade, fato não acatado por todos os filiados. Outro caso quem traz à tona as brigas internas é o Processo de Eleição Direta (PED) 2013, marcado para ocorrer em novembro, mas que já movimenta os militantes.

Desde as eleições de 2012, quando o ex-prefeito João da Costa (PT) não pôde ser candidato e foi lançada uma chapa com o senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, o partido parece estar com as pernas bambas no sentido de alinhamento e falta de unidade.

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Devido às brigas na época a legenda tomou uma posição. “A lição que nós tiramos, tanto a direção nacional quanto a estadual e municipal, do problema que aconteceu no Recife, a direção nacional reconheceu que quem estiver na cadeira de prefeito terá o direito de tentar a sua reeleição. Nós identificamos que ele era o único representante na disputa que poderia defender o projeto e não fazer a troca. Nós identificamos isso depois do resultado”, contou Guimarães.

Para o petista, o grande problema do PT ainda são os desentendimentos pessoais. “No meu entender, a divergência é muito mais no campo pessoal do que no campo político. A divergência foi ampliada e elevada ao poder, muito mais no campo pessoal”, avalia. 

Ele também relembrou a vinda do representante nacional a Pernambuco, e relatou não ter havido êxito. “O Paulo Teixeira esteve aqui como secretário geral do PT para tentar construir o entendimento. Porque ele não conseguiu? Porque ele foi procurar fazer reuniões em escritórios dessas lideranças. No escritório de Humberto, de João Paulo, de João da Costa e nós nos negamos participar, porque se ele veio para fazer o debate de tentar encontrar um consenso de unificação para colhermos do resultado ele precisaria fazer isso dentro da sede do partido e ele não fez”, criticou.

O postulante à liderança estadual do PT acha que a militância, os filiados e parte da direção têm uma disposição de construir um entendimento, mas as lideranças ainda possuem problemas pessoais. “Eu acho que o partido e a direção têm que tomar uma posição coletivamente, definir sua estratégia, sua tática, como é que nós vamos nos construir em Pernambuco daqui para frente, como é que nós vamos fazer a campanha da companheira Dilma e enquadrar essas lideranças. As lideranças não podem ser maiores que o partido e essas lideranças não podem estar num processo de atrito público que desgasta ainda mais a imagem do partido e desgasta o nosso projeto nacional  do PT”, opinou.

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