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Vice-presidente nacional do PT, o senador Humberto Costa participou, nesse sábado (21), da plenária municipal do partido no Recife, onde a legenda debateu o cenário eleitoral para o ano que vem e definiu os nomes que irão compor o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) na capital pernambucana.

Na ocasião, o senador reforçou os investimentos assegurados por Lula para Pernambuco e, em especial, para o Recife. Além disso, Humberto também destacou o protagonismo da legenda na cidade.

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“O presidente Lula tem garantido investimentos importantíssimos para Pernambuco e para o Recife. Seja com o PAC, seja garantindo empréstimos importantes, o PT tem atuado para ajudar Pernambuco a avançar. A gente sabe também do legado do PT na cidade do Recife, seja nas nossas gestões municipais, que contribuíram com o SAMU, a Academia das Cidades, a obra da Via Mangue e tantos outros projetos e programas, seja nos governos de Lula e Dilma, que ajudaram a garantir investimentos extremamente importantes. Não é por acaso que o PT tem tido desempenhos extremamente relevantes em todas as disputas municipais que enfrentou na capital pernambucana desde o início dos anos 2000”, afirmou Humberto.

Segundo o senador, a meta do partido é ampliar a bancada de vereadores do PT no município e garantir protagonismo do partido nas eleições do ano que vem.

“A gente sabe da nossa força, do nosso tamanho. Vamos trabalhar para que isso se converta numa bancada ainda maior na Câmara de Vereadores e assegure que o partido de Lula tenha o destaque que merece na disputa municipal no Recife”, disse.

Com relação às articulações para 2024, o senador Humberto Costa destacou que ainda não há nada definido.

“Há um entendimento do partido para que reforcemos a política de alianças e vamos trabalhar para isso. Mas nenhuma posição está tomada. O GTE municipal terá a tarefa de preparar o partido e vamos discutir dentro das nossas alianças qual é o melhor e mais estratégico caminho para fortalecer o PT e o presidente Lula na disputa do ano que vem”, garantiu Humberto.

Da assessoria

Durante uma sessão remota da Câmara do Recife, nesta terça-feira (4), o vereador João da Costa (PT) se posicionou contra a retomada das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas da capital pernambucana. Segundo ele, os estudos mais recentes demonstram que o ambiente escolar favorece a infecção pelo novo coronavírus.

O petista listou, na reunião, quatro razões para as portas das instituições de ensino continuarem fechadas: o índice de infecção ainda alto registrado no Recife e no restante do Estado; a falta de garantias de que haverá distanciamento social nas escolas; a possível falta de condições de higiene dos ambientes escolares municipais; e, por último, o prolongado tempo de permanência em ambientes fechados aos quais estarão submetidos professores, funcionários e alunos.

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“Diante do alto grau de infecção na nossa cidade, da infraestrutura das nossas escolas, e do necessário tempo que as crianças vão precisar ficar nelas, é prematuro o retorno de atividades presenciais”, afirmou, por meio de nota, João da Costa.

Na sessão, o vereador também falou dos impactos econômicos decorrente das aulas on-line tanto nos casos de empresários e trabalhadores do setor de ensino privado, como dos donos de escolas e motoristas de transporte escolar. “É preciso que os governos procurem soluções para isso. É o que temos defendido desde o início. É preciso subsidiar esses setores e garantir a sobrevivência econômica dessas pessoas até que se possa voltar às aulas com segurança”, disse João da Costa.

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O vereador do Recife, João da Costa (PT), apresentou um projeto de lei que determina o uso obrigatório de máscaras em todos os espaços públicos da cidade. A proposta é que a população utilize a proteção facial, preferencialmente feita de tecido, sempre que necessitar sair de suas residências, de modo a se prevenir do contágio e transmissão do novo coronavírus.  O petista disse que vai pedir urgência e dispensa de prazos para apreciação da proposta na Câmara de Vereadores do Recife.

Segundo o texto, quem descumprir a medida poderá responder processo administrativo por parte do poder público, com sanções previstas em artigos do Código Municipal de Saúde da Cidade do Recife (Lei nº 16.004/95) - como multa e advertência por escrito -  “sem prejuízo de eventual responsabilização penal, pela caracterização do crime contra a saúde pública, tipificado no art. 268 do Código Penal”. Além de outras punições regulamentadas posteriormente pela prefeitura.

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A proposta do vereador João da Costa também veda o uso compartilhado de máscaras de tecidos, devendo esses materiais serem higienizados com produtos corretamente, seguindo instruções da Vigilância Sanitária.

O vereador do Recife lembra que o uso de máscaras é respaldado e incentivado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo a minimizar a transmissão do vírus pela população. 

“Diversos países no mundo onde a pandemia já deixou o rastro de milhares de mortes em função do coronavírus, como a Itália, Espanha, China e França vêm adotando o uso obrigatório de máscaras por parte da população. Essa medida, aliada ao isolamento social, pode ajudar conter o avanço da doença no Recife e evitar mortes desnecessárias”, justifica.

João da Costa ressalta ainda que o sistema público de saúde no Recife tende a saturar com o aumento de internações em função do coronavírus nas próximas semanas, levando ao colapso do sistema. “Consideramos louvável a iniciativa da Prefeitura do Recife de abrir novos leitos de UTI e de retaguarda para pacientes do Covid-19, mas precisamos fazer a nossa parte, se cuidar e evitar a transmissão do vírus. O uso de máscaras em todos os espaços públicos contribui para desafogar a rede pública de saúde”, observa João da Costa.

A Câmara do Recife vai discutir a situação metrô da capital pernambucana. A reunião foi solicitada pelo vereador João da Costa (PT) depois que uma colisão entre dois trens, na última terça-feira (18), deixou mais de 60 pessoas feridas. A audiência pública será no dia 23 de março, no Plenarinho da Casa de José Mariano, às 9h.

Para o encontro, o petista convidará metroviários, representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e do Metrorec, especialistas, usuários e parlamentares da bancada federal de Pernambuco. O objetivo é discutir serviço e os impactos na mobilidade no Recife.

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Desde o início do mandato, em 2019, João da Costa vem reiteradas vezes denunciando na tribuna da Câmara do Recife a falta de investimentos no metrô do Recife, um dos mais antigos e importantes modais nas grandes cidades brasileiras. Para o vereador, o sucateamento desse sistema de transporte público, por parte do Governo Federal, é uma tentativa de viabilizar a privatização do serviço. O petista lembra que o Metrorec está inserido num pacote já anunciado pela gestão Jair Bolsonaro (sem partido) de vender todo o sistema CBTU à iniciativa privada. Além do Recife, a companhia também possui operações nas cidades João Pessoa, Natal, Maceió e Belo Horizonte.

“O metrô do Recife transporta, diariamente, quase 400 mil pessoas nas linhas Centro e Sul. Isso tem um impacto importante na fluidez do trânsito e na mobilidade do Recife e das cidades da Região Metropolitana. O que aconteceu ontem, por pouco, não terminou em mortes. É um retrato claro do sucateamento e desinteresse do governo federal em buscar alternativas para modernizar esse serviço sustentável e lucrativo. Em vez disso, o governo Bolsonaro coloca em risco vidas humanas, põe a população contra metrô e busca vender para a iniciativa privada", ressalta João da Costa.

O vereador do PT destaca que a audiência pública vai buscar unir os diversos segmentos da sociedade, ouvir os trabalhadores e usuários para encontrar saídas viáveis para sobrevivência do sistema metroviário no Recife.

*Com informações da assessoria de imprensa

O vereador do Recife João da Costa (PT) afirmou, nesta quarta-feira (13), que vai solicitar à Comissão Executiva da Câmara do Recife que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receba a medalha de Mérito José Mariano, maior honraria da Casa Legislativa. 

Em junho de 2007, um projeto de Lei do ex-vereador Roberto Teixeira que concede a homenagem foi aprovado pelos parlamentares recifenses. A comenda, contudo, até o momento não foi entregue ao líder petista. A data da solenidade ainda vai ser definida com Lula durante visita ao Recife, no próximo domingo (17), durante o Festival Lula Livre.

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"Vamos conversar com o presidente Lula nesse próximo fim de semana e verificar a melhor data para ele receber essa que é a maior honraria da Câmara do Recife. Há um projeto foi aprovado em 2007, mas que até o momento não foi entregue ao maior presidente que o Brasil já conheceu. Agora, com a sua liberdade após sua prisão política, nada mais justo de oferecer essa homenagem ao nosso eterno presidente", afirmou João da Costa.

O vereador destacou que, durante os governos Lula, o Recife experimentou grandes avanços socioeconômicos, ampliando a infraestrutura da cidade e dando dignidade ao povo com uma série de programas sociais. João da Costa lembrou ainda que uma das primeiras agendas administrativa do ex-presidente foi uma visita às palafitas em Brasília Teimosa, quando levou toda a sua equipe ministerial para conhecer a dura realidade das camadas populares da cidade. 

“O presidente Lula mudou a realidade do Nordeste em seus dois governos, retirando cerca de 40 milhões de brasileiros da miséria. Colocou filhos dos pobres nas universidades, possibilitou que os mais humildes pudessem garantir as três refeições. O Recife, assim como todo o Brasil, mudou com Lula”, explicou o petista.

TÍTULO - Inicialmente, o vereador João da Costa havia planejado protocolar um projeto de lei oferecendo o título de cidadão do Recife ao ex-presidente. Ao consultar o sistema online da Câmara Municipal, não constava qualquer informação de cessão da honraria ao líder petista nos últimos anos. Porém, ao dar entrada à proposição, o Legislativo revelou que a titulação já fora concedida a Lula. A informação constava apenas em formato impresso no arquivo da Casa. O título, proposto pelo ex-vereador Sérgio Leite, foi aprovado em 1995 e concedido em março de 1996.

*Da assessoria de imprensa

Ao fazer o balanço das últimas chuvas no Recife, o vereador João da Costa (PT) destacou que políticas públicas implantadas durante os governos do PT garantiram que o município não registrasse mortes neste ano. O petista lembrou que gestões petistas institucionalizaram a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir), contrataram servidores para atuarem na prevenção de tragédias e destinaram recursos para realizar obras e ações preventivas.

Ele aproveitou para elogiar a atitude do governo Geraldo Julio (PSB) de dar continuidade ao conjunto de ações desenvolvidos pelos petistas. “Quero parabenizar o atual governo pela continuidade dessa política institucional. É preciso que as ações públicas que deram certo avancem e a gente possa reforçar e melhorar, garantindo que o conjunto de investimentos tenham continuidade", disse o petista.

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João da Costa recordou que, somente nos quatro anos de sua administração, foram investidos no Recife R$ 273 milhões em obras de prevenção de enchentes, como contenção de encostas, por exemplo.

O vereador parabenizou o fato de o governo Geraldo Julio dar continuidade a ações criadas em sua gestão, tais como o programa de geomanta nos morros, o alerta de chuvas enviado por SMS aos moradores, o call center para registrar atendimentos da Codecir, entre outras ações.

João da Costa também lembrou da retirada, por parte da Prefeitura, de cerca de duas mil pessoas que moravam às margens do rio Beberibe, Canal do Arruda e parte do rio Morno para ocupar 700 casas. Por fim, o vereador do Recife disse que, até o ano 2000, o município do Recife registrava, em média, 20 mortes decorrentes dos problemas causados pelas chuvas.

Mas que, de acordo com ele, com os governos do PT e posteriormente com os do PSB, as tragédias minimizaram chegando a zero mortes em alguns anos. “Saímos, antes de 2000, de uma média de 20 pessoas que morriam com as chuvas no Recife para praticamente zero mortes. Isso é um legado dos nossos governos”, sublinhou João da Costa.

*Com informações da assessoria

O vereador João da Costa (PT) externou sua preocupação com o aumento do desemprego no Brasil durante reunião ordinária da Câmara Municipal do Recife dessa quarta-feira (8). “O aumento é vertiginoso e é sentido a cada dia nas ruas da cidade, nos bairros onde a gente visita. Essa verdadeira chaga social tem colocado milhares de famílias brasileiras em desespero", disse.

João da Costa comentou alguns dados do crescimento do desemprego. “Muitos dos que estão desempregados, apostaram que, fazendo a mudança que eles achavam que iriam fazer, as coisas poderiam melhorar no país. O desemprego no Brasil de janeiro até abril deste ano cresceu 10%. São mais de 13% das famílias sem emprego. De cada 100 trabalhadores, 25 tem que trabalhar no subemprego, ou seja, fazer bico. Quais foram as medidas do governo para tentar enfrentar essa situação dramática vivida por milhares de famílias?”, questionou.

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O parlamentar criticou atitudes do atual governo. “O governo Bolsonaro com a sua lógica de destruir tudo o que foi feito no Brasil nos últimos anos, acabou com o programa Mais Médicos, e hoje milhares de brasileiros estão sem médicos. Está acabando com as Farmácias Populares e já está faltando remédios essenciais. Pessoas que dependem de remédios que só o Ministério da Saúde fornece, estão ficando sem eles. Ele colocou em risco todo o investimento feito em saúde pelos governos do PT. e em junho encerrará o programa Minha Casa Minha Vida”, lamentou João da Costa.

Preocupado, o vereador também recriminou a edição do decreto para que possa permitir a liberação de armas para políticos, advogados e jornalistas. “Bolsonaro está implantando a indústria da morte. Vereador pode pegar uma arma. Imagina a gente aqui fazendo um debate e algum vereador decide resolver as coisas com a arma na cintura?”, finalizou.

Vereador do Recife, João da Costa (PT) alfinetou a comemoração de um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita pelo movimento Vem Pra Rua durante ato na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (7). Para o petista, os que celebram a reclusão do ex-presidente “apoiam ladrões”.

“A gente não deve comemorar a prisão de ninguém. No Brasil, os verdadeiros ladrões  estão soltos. A turma que comemora a prisão de Lula apoia muitos deles”, disparou, em conversa com o LeiaJá, ao participar de um ato político-cultural pela liberdade de Lula na Praça do Arsenal, no bairro do Recife.

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Na ótica do parlamentar, na realidade, os brasileiros deveriam estar preocupados com o que ele chamou de “retrocessos” que aconteceram neste último ano. “A gente está preocupado é que em um ano a gente viu um grande retrocesso no Brasil. Ataque à liberdade, à democracia; a perda de soberania no Brasil com atitude de subserviência internacional e o direito dos mais pobres bastante ameaçados. Não é um ano só da prisão de Lula, mas um ano de retrocesso no Brasil”, observou.

João da Costa acredita que é preciso “exigir a liberdade de um homem que está preso sem provas” segundo o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Lula é um preso político e como ele, qualquer dia pode ser um de nós”, declarou.

Além de João da Costa, diversos políticos participaram do ato que integra a chamada “Jornada Lula Livre”. Entre eles, os deputados estaduais João Paulo (PCdoB) e Teresa Leitão (PT), o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), e a ex-candidata governadora Dani Portela (PSOL).  

Para Teresa Leitão, o dia foi para “reviver o que Lula disse há uma ano: eu sou uma ideia”. “Não é uma festa, poderia ser. Mas é a festa da resistência, da solidariedade. Vamos seguir nas ruas até que Lula seja livre e a democracia volte, estamos aí ameaçados por uma reforma que vai acabar a previdência pública. A rua e a tribuna é o nosso lugar”, frisou a parlamentar.

Para o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, “a prisão de Lula é e sempre foi um marco na política brasileira na atualidade porque é resultante, produto, do golpe que afastou a presidenta Dilma e levou ao ambiente as circunstâncias que levou a eleição de Bolsonaro”.

“Como é que num país em que as pessoas para estarem presas dependem de provas e se tem uma figura como Lula preso sem que até hoje se tenha um documento que comprove as acusações contra ele? É uma arbitrariedade. A liberdade para Lula é uma tarefa eminentemente política. Depende da resistência democrática e do sucesso da luta para que possamos estabelecer a plenitude da reconstrução do país... É preciso libertá-lo”, cravou Siqueira.

Lula está preso há um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo a condenação de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, um dos desdobramentos da Lava Jato. O ex-presidente, inclusive, já foi condenado a mais 12 anos de prisão, em primeira instância, no caso do sítio Atibaia. Os dois processos apontam que o líder petista recebeu propinas de empreiteiras em troca de favores no governo. Ele nega as acusações.

O projeto que estabelece a reforma da Previdência tem gerado discussões em todo o país. Na próxima segunda-feira (25), o assunto será tema de uma audiência pública na Câmara do Recife. O encontro, marcado para às 9h, foi proposto pelo vereador João da Costa (PT) e deve contar com a participação do senador Humberto Costa e a deputada federal Marília Arraes, ambos do Partido dos Trabalhadores.

O especialista em Previdência Social, Edson Luiz, e o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Paulo Rocha, também foram convidados para endossar o debate, além de movimentos sociais e trabalhadores.

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Segundo João da Costa, as sugestões e propostas apresentadas durante a audiência pública serão incluídas em um documento que será encaminhado aos senadores e deputados federais de Pernambuco. Além disso, o documento ainda será entregue a bancada do PT no Congresso Nacional.

Na ótica do ex-prefeito do Recife, é preciso aprofundar as discussões em torno da reforma proposta pelo governo de Jair Bolsonaro, tendo em vista que a medida vai impactar diretamente a vida da população e afetar a economia de municípios, Estados e União.

“Esse tema vai mudar o futuro das pessoas e tem uma relação direta com o regime fiscal do estado brasileiro. É um tema que vai afetar a vida de milhares de recifenses e a economia da cidade. Por isso, queremos dar a nossa contribuição nesse debate, levando para o Congresso a opinião do povo do Recife”, argumentou.

Os vereadores do Recife retomam os trabalhos legislativos nesta sexta-feira (1º). O fim do recesso parlamentar será marcado por uma reunião solene, às 10h, que deve contar com a participação do prefeito Geraldo Julio (PSB).

A volta das atividades legislativas também marca o início do mandato da nova Mesa Diretora da Casa, eleita no dia 1º de novembro de 2018. O presidente Eduardo Marques (PSB) foi reconduzido ao cargo e já adiantou que o principal desafio será instalar o parlamento recifense em um prédio mais amplo e acessível. 

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“O desafio maior é de darmos um norte para que possamos fazer uma Casa maior, termos melhores condições de trabalho. É um sonho de todos os vereadores, que a Câmara possa ter um prédio maior e com mais mobilidade”, salientou, após ser reeleito, no fim do ano passado.

Em maio de 2018, chegou a ser articulada a compra de um prédio de R$ 12 milhões para abrigar a nova Câmara: o antigo Hotel São Domingos, localizado no bairro da Boa Vista. Contudo, a Casa precisou recuar na aquisição por causa de um imbróglio na propriedade do edifício.

Novos vereadores

Com a saída de alguns parlamentares, a Câmara do Recife também passará a contar com novas caras a partir da próxima semana. Quatro novos vereadores vão assumir as vagas deixadas por parlamentares que foram eleitos para outras esferas do poder.

Nos próximos dias, o ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT), assumirá a vaga deixada por Marília Arraes, eleita deputada federal. Já Goretti Queiroz (PSC), Samuel Salazar (PRTB) e Wilton Brito (PP) assumirão as vagas de Wanderson Florêncio (PSC), Marco Aurélio Medeiros (PRTB) e Romero Albuquerque (PP), respectivamente. Eles deixam a Casa José Mariano porque foram eleitos deputados estaduais.

A formação de uma ‘frente ampla de esquerda’ foi um dos itens que norteou o encontro entre o vice-líder da oposição na Câmara Federal, o deputado Silvio Costa (Avante) e o ex-prefeito do Recife João da Costa (PT), nesse domingo (20). Segundo eles, a iniciativa seria “unindo partidos progressistas e programáticos para enfrentar o desmonte do Estado social brasileiro que o governo Michel Temer (PMDB) está promovendo”. 

De acordo com a proposta dos políticos, a ideia é de que a frente aglutine partidos que possuam conteúdo de esquerda - como o PT, PCdoB, PDT, PCB e PSOL - para resistirem ao que chamaram de “ataques contra os trabalhadores e as regulamentações que compõem a rede de proteção social do país”. Além disso, o grupo também serviria para elaborar uma proposta de governo para 2018.  

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"Entendemos que é preciso conversar mais com os movimentos sociais em todas as áreas. Quanto mais estiverem incorporados ao debate os movimentos sociais, mais fortalecida estará a frente de esquerda e a candidatura de Lula em 2018. Concordamos que é fundamental as ruas estarem presentes no debate", detalhou o encontro Silvio Costa. O deputado defendeu, ainda, que se consolide uma frente de esquerda em Pernambuco para a disputa das eleições estaduais do próximo ano.

Silvio e João da Costa ainda conversaram sobre a caravana de Lula (PT) no Nordeste, que chega a Pernambuco na próxima quinta (24). O deputado e o ex-prefeito disseram que estarão presentes em todos os eventos da passagem do ex-presidente no Estado.  

Líder do governo na Câmara do Recife, a vereadora Aline Mariano (PMDB) afirmou que pretende pautar seu trabalho como porta-voz da gestão de Geraldo Julio (PSB) pelo diálogo aberto com os membros da bancada governista e de oposição. Isto porque, segundo ela “não existe governo que acerte 100%” e é papel do vereador fiscalizar as ações da administração municipal. Em entrevista ao LeiaJá, a peemedebista pontuou que Geraldo “acertou mais que errou” e ressaltou que durante a estadia na liderança não pretende “defender o que for indefensável”. 

“A liderança é algo que requer muito diálogo. Temos que conversar não só com a bancada de governo, mas também com a bancada de oposição que, inclusive, já fui líder. Um líder não consegue fazer um bom trabalho se for um líder isolado na Casa. Estou muito aberta para fazer as composições necessárias para aprovar os projetos que contribuam com a cidade, combater o denuncismo e posturas pouco consistentes”, frisou. 

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Para Aline, ter sido a representante da oposição na gestão de João da Costa (PT) e no início do governo pessebista vai contribuir para a atuação na bancada aliada a Geraldo. “Tive o privilégio de estar nas três instâncias. Fui líder da oposição, secretária do município e agora líder do governo. Às vezes, vão existir algumas insatisfações de quem está na base do governo e nós temos que ter esta maturidade de entender que discordar e divergir é prerrogativa do parlamento. Fiscalizar é uma prerrogativa de todos os vereadores”, observou. 

“Não existe governo que acerte 100%. A correção de rumos faz com que o governo acerte mais do que erre. Se um projeto é impopular e a maioria discorda, o próprio governo tem que rever isto. Posso dizer não só teoricamente, mas na prática, porque apesar de ter sido uma das principais oposicionistas na gestão de João da Costa quantas vezes votei no projeto do município porque eu entendia que era um bom projeto”, acrescentou. 

Relembrando momentos, enquanto opositora, que foi impedida de entrar nos equipamentos mantidos pela prefeitura para fiscalizar, a peemedebista também garantiu que a prerrogativa não será mais impedida pelos secretários municipais. Segundo a líder, a intenção dela não é “tratorar a oposição”, mas espera um “trabalho consistente” da bancada adversária. “Nós não queremos atropelar a oposição, não é do meu perfil porque eu já estive do lado de lá. Se não tiver bom ninguém vai defender o indefensável”, frisou.

“Não seria líder se não acreditasse no governo”

Aline Mariano confirmou ao LeiaJá ter levado mais de 15 dias para definir se aceitaria ou não ser a porta-voz da gestão municipal na Casa José Mariano. De acordo com ela, a demora não teve a ver com o fato de ter sido preterida na composição do primeiro escalão do governo. Ela negou ter sido frustrada sem a manutenção da secretaria de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas: “não fui candidata a secretária”. 

Aline disse que a “responsabilidade pesou mais” para aceitar o convite. “Não toparia ser líder de governo se fosse um governo que eu não acreditasse... Vejo que o modelo da gestão de Geraldo Julio acertou mais que errou. Se não fosse assim não tinha sido eleito. Vivemos momentos muito difíceis. O primeiro foi quando ele assumiu, depois de uma gestão de João da Costa. Alguém que sequer conseguiu se eleger nem vereador do Recife, não precisa dizer mais nada. Avalie se era denuncismo [a postura da oposição]. As pessoas não estavam satisfeitas, em todas as áreas, sem exceção, eram problemas de ordem administrativa, mérito. Um caos”, observou. 

Acrescentando, a peemedebista disse que “agora o momento crítico está se dando no país”. “Tem estados da federação que sequer conseguem pagar o salário. É um momento muito difícil. Esta crise que estamos vivendo tem uma geração aí que não sabia o que era isso. O desafio do prefeito é muito grande agora. Fazer mais com menos ou em alguns momentos lutar para manter o que já conquistou até agora. Não é fácil, não dá para no momento atual vender inovações. Por isso ele não lançou um novo programa de governo na campanha”, justificou.

O ex-prefeito do Recife João da Costa também participou da “Caminhada da Virada”, no final da tarde desta sexta (14), ao lado do candidato a prefeito do Recife João Paulo  (PT). Ele afirmou que as desavenças ficaram no passado. “Quando olhamos para a população e vemos que ela está sofrendo, o que conta é o povo. Temos esperança”, declarou.

João da Costa exaltou qualidades do postulante. “Ele sempre defendeu a democracia e a gestão popular. João quer governar para todos e olhar para os mais pobres do Recife buscando construir políticas públicas na área da saúde, da educação, no transporte, no cuidado com os morros e isso é bom para toda a cidade, não apenas para os pobres. Temos dois campos muito claros e, com a nossa campanha, temos condições de ganhar”, acrescentou.

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Vontade do povo

João da Costa, que foi sucessor de João Paulo na gestão municipal do Recife, falou sobre a derrota nas urnas deste ano quando foi candidato a vereador pelo PT. “O sentimento é de tranquilidade. Temos que nos curvar a vontade do povo. Pessoas como o ex-governador Arraes também tiveram grande derrotas e grandes vitórias. O processo eleitoral e político é assim mesmo. Um momento a gente está bem e, no outro, não estamos tão bem assim e a população faz as suas escolhas”.

Ele ainda declarou que cabe continuar na política tentando mostrar ao povo que as escolhas que têm sido feitas, talvez, não foram as mais corretas. “Este ato, hoje, ao lado de João Paulo significa que temos duas semanas para procurar o povo para que eles percebam que nós temos uma alternativa de governo. Com João Paulo começaremos a resistência e a virada política no Brasil, a partir do Recife”, concluiu.

Dando a largada inicial a campanha eleitoral desde ano, a coligação "Recife pela Democracia" [PT, PRB, PTdoB, PTN e PTB] fez uma caminhada pelas ruas da capital pernambucana. Sob a batuta dos postulantes a prefeito e vice, João Paulo (PT) e Silvio Costa Filho (PRB), respectivamente, o grupo iniciou a concentração por volta das 9h30 no Pátio do Livramento, no bairro de São José, e seguiram pelas ruas Direita e Tobias Barreto até o camelódromo, na Avenida Guararapes. 

Com uma militância ainda tímida, algumas bandeiras e adesivos do PT, a caminhada iniciou com um atraso de quase duas horas e João Paulo não poupou críticas ao prefeito Geraldo Julio (PSB). Ele fez avaliações negativas da saúde, educação, cultura e outros setores. "Eles não escutam a população nem conhecem a nossa cidade”, salientou, logo após dizer que o Hospital da Mulher, vitrine socialista e uma das promessas de campanha de Geraldo em 2012, era uma “gaiola bonita, mas que não dá comida a passarinho".

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O ex-prefeito pediu o engajamento dos seus apoiadores tanto na eleição dele quanto da chapa proporcional. “Estamos aqui pelo amor ao Recife e a nossa população que precisa resgatar a sua autonomia e importância”, ressaltou. “Vou precisar de vocês com engajamento, além de me apoiar para voltar a prefeitura e fazer com que as pessoas voltem a ter orgulho da nossa cidade. O prefeito, para executar o trabalho, tem que uma Câmara para lhe dar sustentação”, complementou.

João Paulo foi bem recepcionado por comerciantes que reclamavam de perseguição da atual gestão, como Maria Gorete, de 55 anos. “Ele sempre olhou por nós, era um tempo bom quando foi prefeito. Do jeito que está agora é zero”, disparou. "João Paulo tem que voltar com tudo para garantir o nosso pão de cada dia", corroborou a vendedora, Ana Célia. Em contrapartida, outros recifenses soltavam farpas contra o PT e mencionavam sutilmente a Lava Jato durante o percurso percorrido pelo candidato, mas ao ser procurados pela reportagem desconversaram. 

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Candidatos proporcionais 

Enquanto os postulantes a majoritária não chegavam à concentração, os candidatos da chapa proporcional se dividiam em discursos curtos. Os vereadores que buscam a reeleição Jurandir Liberal (PT) e Marília Arraes (PT), além dos que pleiteiam um espaço na Casa José Mariano pela primeira vez como Rinaldo Junior (PRB) e o ex-prefeito, João da Costa (PT) foram alguns dos que pediram votos e dispararam contra a gestão de Geraldo Julio (PSB).

Na disputa pela primeira eleição como filiada ao PT, Marília disse que "o Recife real é totalmente diferente das propagandas mostradas pela prefeitura". "Fazer oposição é fácil, não precisamos falar. O recifense vê todos os dias [o descaso]. Nenhum posto de saúde está funcionando a contento, não tem material escolar nas escolas e creches... Aqui estamos começando, hoje, dias que vão fazer a diferença. Em 2000 vimos uma campanha difícil de luta contra os poderosos. Era uma campanha muito mais difícil do que a de hoje, por isso tenho certeza que vamos eleger João Paulo e uma câmara que não é submissa, mas que ajuda ao prefeito”, cravou.

Ex-prefeito do Recife, João da Costa também adotou um discurso duro contra os socialistas. “Esta gestão tentou apagar da memória os 12 anos de gestão do PT”, disse. 

O ex-prefeito do Recife e postulante a vereador da cidade, o petista João da Costa afirmou durante discurso de abertura das convenções do PT, que um golpe foi instaurado retirando "violentamente" a presidente Dilma Rousseff (PT) do poder.

Ainda saindo na defesa de Dilma, João da Costa destacou "a importância da unidade do povo recifense para que, junto à sociedade, possa ser revertido o golpe e restaurar a democracia" no Brasil.  

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O petista também não poupou críticas à gestão interina federal e o governo estadual. "As desigualdades sociais se materializam na cidade do Recife, por isso, a resposta que temos que dar neste momento é a união para construir melhorias para o povo brasileiro. O Recife também precisa um conjunto de políticas públicas, que serão construídas coletivamente", corroborou em ato na Câmara Municipal do Recife.

O ex-prefeito do Recife João da Costa (PT) anunciou que vai concorrer a uma vaga na Câmara dos Vereadores. Em vídeo publicado no Facebook, o petista diz que definiu a postura para o pleito municipal a partir de “algumas diretrizes fundamentais”, entre elas estão à necessidade de “usar todos os espaços para lutar pela democracia” e a defesa pelo legado do PT na capital. 

“É preciso fazer um balanço sobre o desmonte das políticas públicas que implantamos no Recife. Por onde tenho andado, há uma reclamação geral pela piora dos serviços de saúde, educação, mobilidade urbana e principalmente pelo fim da participação popular, com a extinção do orçamento participativo”, destacou.

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João da Costa foi prefeito do Recife de 2009 a 2012 e não disputou a reeleição após ter sido preterido pelo grupo do seu antecessor que concorrerá ao cargo de prefeito, João Paulo. Na ocasião quem representou o PT no pleito foi o senador Humberto Costa. Em 2014, João da Costa concorreu a deputado federal, recebendo 63.060 mil votos e ficando na lista de suplência. Poucos dias antes do PT anunciar o nome de João Paulo para a majoritária, João da Costa também cogitou ser cabeça da chapa petista, mas não obteve sucesso. 

O PT do Recife pode definir, nesta segunda-feira (13), como vai participar das eleições municipais deste ano. A estimativa inicial era de que a direção da legenda se pronunciasse no último sábado (11) sobre o alinhamento da agremiação, no entanto, os petistas não entraram em consenso e uma nova reunião foi marcada para às 19h de hoje. 

A possibilidade de candidatura própria ou uma aliança com o deputado e pré-candidato Silvio Costa Filho (PRB) são as alternativas em discussão. Dos nomes postos para a disputa pelo PT estão os dos ex-prefeitos João Paulo e João da Costa. 

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A legenda quer oficializar a postura até a próxima sexta (17), quando a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) estará no Recife para uma agenda em defesa do mandato dela. 

Na última sexta-feira (10), a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) entregou a Barreto e ao presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, um manifesto solicitando que o partido lance a candidatura do ex-prefeito João Paulo. 

O documento, além da CUT, é endossado por movimentos sociais, organizações e outros sindicatos. Além da postulação no Recife, o manifesto também pede que o partido entre na disputa pela Prefeitura de Olinda, com a deputada estadual Teresa Leitão.  

A Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE) entregou um manifesto, nesta sexta-feira (10), ao diretório estadual do PT em defesa das candidaturas da deputada Teresa Leitão e do ex-deputado João Paulo às Prefeituras de Olinda e Recife, respectivamente.  

O documento, com mais de 500 assinaturas de lideranças, foi entregue ao presidente da legenda no estado, Bruno Ribeiro, e aos presidentes dos diretórios das duas cidades, Iolanda Silva (Olinda) e Oscar Barreto (Recife). A iniciativa da CUT, divulgada durante o ato que pedia a saída do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) do comando do país, foi endossada por movimentos culturais, de juventude e de mulheres, além do Movimento Sem Terra (MST), todos integrantes da Frente Brasil Popular. 

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O manifesto, segundo Teresa Leitão, é “muito positivo” e dá um "ânimo maior" as duas pré-candidaturas. “Estamos mais endossados porque esta base social sempre foi à base do PT”, cravou. “Tem mais de uma pré-candidatura posta tanto em Olinda quanto no Recife, mas espero que possamos resolver este impasse com muito diálogo. Quero receber Dilma como pré-candidata oficial”, brincou a petista, se referindo a visita da presidente afastada ao Recife na próxima sexta (17). 

Neste sábado (11), o diretório da capital pernambucana se reúne para delimitar a estratégia que adotará ao pleito de outubro, se lançará candidatura própria ou se alia a postulação do deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB). A maior defesa entre os petista, inclusive pela nacional, é de que a legenda lidere uma chapa na disputa. Além de João Paulo, que já tem o apoio do ex-presidente Lula, o ex-prefeito João da Costa também está tentando angariar apoios para endossar o seu nome

Entrega do documento - O manifesto será entregue a Teresa e João Paulo durante uma cerimônia, aberta ao público, que será realizada na sede do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindsep PE), no bairro da Boa Vista, na próxima segunda-feira (13), às 19h.

Milhares de militantes foram às ruas do Recife, nesta sexta-feira (10), para defender a volta da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e pedir a saída do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). O ato - intitulado 'Fora Temer, Não ao Golpe, Nenhum Direito a Menos' - foi o primeiro desde o afastamento da petista das atividades do mandato, no dia 12 de maio. A concentração iniciou por volta das 15h, na Praça do Derby, e a passeata ganhou as ruas às 17h30, seguindo pelas Avenidas Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto.

Predominantemente vestidos de vermelho, membros de partidos, centrais sindicais e movimentos sociais das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ergueram cartazes com dizeres como “fora Temer”, “volta querida e “para não retroceder, fora Temer”. Além disso, os presentes foram embalados ao som de alfaias do Levante Popular entoavam gritos de guerra que diziam: “nossa luta é todo dia, não vai ter golpe, vai ter democracia”. 

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Pessoas de todas as idades podiam ser vistas na passeata. Aos 68 anos, a aposentada Raquel Brem disse ter ido à manifestação “defender a democracia” e os votos de todos que escolheram Dilma presidente. “Vim para todas as passeatas e fico muito feliz quando vejo esta juventude pedindo a volta da democracia, porque estamos vivendo um golpe. E agora, depois que Sérgio Machado divulgou aqueles áudios, o povo está se conscientizando”, frisou. 

À frente da organização do ato, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, disse que a mobilização foi uma prévia para a possível greve nacional que as centrais sindicais pretendem fazer caso para “barrar o golpe”. “Não admitimos que ataquem os programas sociais. Estamos aqui, acima de tudo, pelo Fora Temer. Ele não tem autoridade e legitimidade para fazer a Reforma da Previdência, nefasta aos trabalhadores”, argumentou. “Sim, vamos paralisar o país. Hoje muitas categorias, bancários, professores, metalúrgicos e outros pararam. Aos poucos estamos conscientizando a classe trabalhadora para que estejamos juntos lutando pelas nossas conquistas”, acrescentou.

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Políticos defendem tese de “golpismo”

Aliados de Dilma Rousseff que participaram do ato endossaram a tese de que o processo de impeachment é resultado de um golpe, segundo eles, orquestrado por Michel Temer em parceria com o presidente da Câmara afastado Eduardo Cunha (PMDB). 

“O governo golpista recebe todo o nosso repúdio e está ajudando a gente a mostrar a verdadeira face do golpe com as medidas que estão sendo tomadas. É um governo temerário, golpista e que quer retirar direitos”, cravou a vice-presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão. 

Na articulação nacional para reverter os votos dos senadores que votaram pela admissibilidade do impeachment, o senador Humberto Costa (PT) declarou acreditar na volta de Dilma ao comando do país. “Não há nada resolvido em relação ao impeachment. Esta correndo o processo e vamos provar que ela não cometeu crime. Acreditamos que podemos reverter a questão no Senado”, disse. “Temos mantido os 22 votos que tivemos e mais um grupo de 10 a 15 senadores que estamos discutindo e eles admitem votar contra o impedimento e se isso acontecer vamos ter os 27 votos necessários para que ela volte”, acrescentou.

Sobre a intenção de Dilma Rousseff de fazer um plebiscito, caso o impeachment não seja confirmado, para aferir se a população prefere a continuidade do mandato dela ou um nova eleição, o senador avaliou a ideia como “interessante”. “Seria uma boa forma de encontrarmos uma saída para esta crise”, disse. 

Corroborando, Leitão pontuou a ideia como “mais coerente”. “Ela está sendo muito sensível a divisão que está existindo no país e ao mesmo tempo com os movimentos que estão endossando as nossas idas às ruas. É mais coerente e sério do que estar chamando eleições gerais sem tempo de organização perfeita e com o Congresso que a gente tem. O grande mal deste país é o Congresso que a gente tem”, observou.

Além deles, os ex-prefeitos do Recife, João da Costa (PT) e João Paulo (PT); os vereadores Marília Arraes (PT) e Jurandir Liberal (PT); o deputado estadual Edilson Silva (PSOL); o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB); e a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) também participaram do ato.

Outras reivindicações

Além da pauta central, os militantes que participam da passeata organizada pelos movimentos, partidos e sindicatos que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também abordaram outras temáticas ao longo do trajeto. Uma delas foi a suspensão de novas contratações do programa Minha Casa, Minha Vida organizado pelo Movimento Pela Moradia. Chamando o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), de “almofadinha” o grupo pediu a exoneração do tucano e disse que ele pretende beneficiar os banqueiros com os recursos do programa. 

A ideologia de gênero também foi um dos temas abordados no Recife. O assunto foi lembrado durante um casamento símbolo entre as vereadoras Michele Collins (PP) e Aimee Carvalho (PSB).

As duas são contrárias à distribuição da cartilha do Ministério da Educação (MEC) que trata sobre o assunto e outros itens de educação sexual nas escolas da capital pernambucana. Membros da bancada evangélica na Câmara dos Vereadores do Recife, elas defendem que a temática seja tratada apenas pelas famílias.

"Elas são conservadoras e contra a ideologia de gênero. Queremos tocar as pessoas com isso, para que elas percebam que a luta contra o preconceito deve ser prioridade também. A falta deste assunto nas escolas incentiva a cultura de estupro. Não é apenas sexualidade", observou Richard Pasquale, membro do Comitê LGBT da Frente.

Caravana da Democracia

Após o ato desta sexta, uma caravana pretende percorrer em 12 dias 11 municípios. Petrolina, Salgueiro, Ouricuri, Serra Talhada, Petrolândia, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Surubim e Palmares vão receber a mobilização organizada pelas Frentes. 

A intenção com a caravana, de acordo com Carlos Veras, é de instalar cerca de 500 comitês da democracia no estado e denunciar o golpe. “Vamos denunciar o golpe e os golpistas. Gonzaga, os Coelhos... Ela não cometeu nenhum crime. O impeachment não é solução para o país”, cravou. 

As mobilizações iniciam no próximo dia 27, com a presença do ex-presidente Lula em Petrolina, no Sertão, e encerram dia 8 de julho no Recife. 

O ex-prefeito do Recife João da Costa (PT) chegou a ser rifado em 2012 na disputa para pleitear à reeleição e o degaste causou sérias consequências para o partido na capital pernambucana. No entanto, a rivalidade entre ele e o também ex-prefeito João Paulo, que parecia de certo modo superada, volta à tona. Isto porque, os dois almejam sair candidatos na disputa pela PCR este ano.

Com a pré-candidatura de João Paulo abençoada pela executiva nacional da sigla e até mesmo pelo ex-presidente Lula, João da Costa também se coloca como alternativa para sair encabeçando a chapa petista. Ao contrário de João Paulo, a benção a pré-candidatura de João da Costa vem da executiva do Recife, do presidente Oscar Barreto.

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Ao participar do ato contra o impeachment de Dilma e pela saída de Michel Temer do governo, João da Costa confirmou que tem andado pelas ruas da cidade e ouvido as pessoas, além de usar o Facebook para dialogar sobre sua gestão.   

“Nós achamos fundamental agora fazer um balanço dos nossos quatro anos de governo. Eu não pude ser candidato, por problemas no PT, há anos. Então não tive espaço para fazer um balanço e onde eu tenho andado hoje a população tem comparado meu governo com o atual. Eu vejo os candidatos (sic) de outros partidos usando as obras que eu deixei, programas que eu fiz para comparar com a atual gestão. Por isso eu acho que é momento de a gente dialogar com a população, mostrar o que nós fizemos há quatro anos.

O ex-prefeito pontuou que sua gestão tinha como base o diálogo. “Nosso modo de governar o Recife foi dialogando com o povo, através do orçamento participativo, praticando democracia e todas ações e obras muito importantes que a gente quer lembrar a população”, defendeu.

A respeito da conversa que teve com o senador Humberto Costa (PT) hoje na Praça do Derby, durante a manifestação, ele foi direto e rememorou a disputa interna de 2012: “Nós estamos conversando para buscar um espaço de diálogo interno no PT e se seria possível construir uma unidade. O PT teve um problema muito sério em 2012, que deixou marcas, ainda tem feridas abertas e a gente tem a responsabilidade no momento em que estamos vivendo (no país) de procurar construir a unidade política no partido. O senador Humberto Costa é um ator fundamental para isso e nós estamos conversando no sentido de garantir o diálogo e construir a unidade, pois é o único meio de dialogar com a população”.

Segundo João da Costa o partido está definindo quem será o candidato à Prefeitura do Recife e também afirmou que está sendo avaliada a possibilidade dele sair como candidato a vereador. Ele descartou a possibilidade de uma chapa pura e avaliou que o PT precisa procurar construir novas alianças. “As opções que forem colocadas temos que fazer alianças, nós temos aliados, essa aliança existe na sociedade e está lutando contra o golpe na praça do Derby”, frisou.

A respeito de sua relação com João Paulo e de vir a apoiá-lo, caso seja o escolhido para pleitear à PCR, ele foi enfático: “Nós vamos construir as possibilidades políticas para isso, pois não é só uma responsabilidade minha, são dos outros, eu espero que ela aconteça. Eu não posso colocar uma diferença que eu tenha com João Paulo acima dessas questões que são mais graves para o povo”, disse.

Ato contra impeachment 

Numa análise da situação política no âmbito nacional, João da Costa destacou que “Houve muitas mudanças e fatos que estão mudando a percepção do povo, da população sobre o impeachment, o ‘golpe’ que aconteceu com a presidenta Dilma. Muitas pessoas se manifestaram a favor do impeachment porque achavam que isso era uma ação contra a corrupção, está claro hoje que esta ação teve como objetivo de muitos que patrocinaram o golpe em abafar a operação Lava Jato. Então essa percepção a população já tem”.

Além de defender a presidente afastada, o ex-prefeito fez questão de atacar a gestão do presidente interino e suas decisões frente à Presidência da República. “Transcorrido um mês do governo Temer, a população já viu que é uma gestão que não está oferecendo alternativas para resolver o problema do desemprego, o problema da crise na saúde. Pelo contrário, o presidente interino Temer tem sinalizado um corte de recursos na saúde, na educação, reforma na previdência para que o brasileiro tenha a idade mínima para se aposentar aos 65 anos. Então nós achamos que tudo isso tem mudado a percepção da população. Agora nós temos uma chance de preservar a democracia”.

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