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A presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão, afirmou, nesta terça-feira (26), que a “política de Gilson Guimarães não pauta mais” a legenda. Em tons críticos, Leitão pontuou que Guimarães “poderia esquecer o PT” e “seguir o caminho dele”. O ex-dirigente do partido anunciou, nessa segunda (25), que em junho o PT-PE sofrerá com desfiliações em massa. Guimarães calculou cerca de 500 membros a menos na legenda. 

“Não me preocupa mais os passos dele. Saiu do PT por infidelidade partidária. Do mesmo modo que ele anuncia desfiliação em massa, nós filiamos mais de 16 mil pessoas (em todo o país)”, argumentou a presidente, em entrevista ao Portal LeiaJá. “Tem gente ligada a ele ainda no PT, se realmente estão no partido para fazer a política dele é melhor que saia mesmo. Nesse ponto a gente sai ganhando. A política de Gilson Guimarães não é mais a do PT, já foi”, acrescentou. 

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A deputada adiantou que os dados mais detalhados sobre a desenvoltura do PT em Pernambuco e no Brasil serão abordados durante um pronunciamento na Assembleia Legislativa (Alepe) na tarde de hoje. 

Gilson Guimarães se desfiliou do PT em novembro do ano passado. Com ele mais vinte pessoas desembarcaram da legenda, a maioria da tendência Lutas e Massas (PTLM). A “falta de democracia” interna foi a justificativa apresentada pelo ex-líder do PTLM para o desembarque na época. O primeiro sinal de dissidência de Guimarães foi durante as eleições. Na ocasião, ele optou por apoiar a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo de Pernambuco e de Fernando Bezerra Coelho (PSB) ao Senado.

 

Um dos ex-líderes do PT-PE, Gilson Guimarães, veio prestigiar o evento da Rede Sustentabilidade na Zona Norte do Recife, nesta segunda-feira (25). Antes do início do evento ele revelou que  haverá uma desfiliação em massa de milhares de petistas no próximo mês.

Segundo Guimarães, dentre os militantes que deixarão o partido, muitos simpatizam com a Rede Sustentabilidade, assim como ele. "Vim para o evento como pessoa. Conheço o Estatuto do Rede e me identifico muito com ele", revelou.

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O ex-petista também anunciou que está organizando uma desfiliação em massa do PT em todo o Estado. "Ano passado saíram 200 de Carpina, 18 de Vitória e tem mais 500 de Abreu e Lima que vão sair. Ao todo, cerca de 4 mil petistas irão se desfiliar", contabilizou.

Guimarães contou que um grande ato previsto para o início de junho deve oficializar a saída do grupo. "A Rede pode ser uma opção", adiantou. Além da Rede, o PSOL é o segundo partido que deve abraçar os petistas, além de outras legendas. 

Dissidentes do PT se reuniram, nesta segunda-feira (17), para assinar as fichas de desfiliação da legenda. A decisão acontece poucas horas antes do início do processo de punição e expulsão de alguns filiados por infidelidade. Cerca de 20 pessoas protocolaram a saída, maior parte deles compõem a tendência Lutas e Massas (PTLM), liderada pelo membro da Executiva Nacional Gilson Guimarães. 

“Fizemos uma reunião na sede do partido, protocolamos lá o pedido de desfiliação e encaminhamos para a direção estadual. O pedido foi individualizado, participaram dele dois membros da Executiva Estadual, quatro presidentes municipais da legenda e outros membros da nossa ala”, contou Guimarães ao Portal LeiaJá

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A “falta de democracia” interna, de acordo com o ex-líder do PTLM, seria a justificativa do desembarque adiantado. “A gente sabia que ia ter pouco direito de se defender. O PT não é mais um projeto que estimule a nossa participação”, cravou. “Identificamos que o PT de Pernambuco está totalmente desconectado com a realidade social, virou um partido de clube, onde quem está na frente é Humberto Costa, Teresa Leitão e João Paulo”, disparou Guimarães.

Nos bastidores, afirma-se que Gilson era um dos nomes que seria listado na noite desta segunda durante a divulgação da resolução estadual que aplicará punições a cerca de 100 filiados ao PT. Isto porque ele e o mesmo grupo que se desfiliou da legenda optaram por apoiar a candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo de Pernambuco e de Fernando Bezerra Coelho (PSB) ao Senado. Enquanto isso, o PT oficialmente compunha o palanque do senador Armando Monteiro (PTB) disputando a vaga de senador com o deputado federal João Paulo.

Indagado sobre qual seria o próximo passo do grupo, Gilson Guimarães afirmou que vai permanecer na luta política, mas não se engajará em nenhuma outra legenda agora. “Não (vamos para outro partido). O primeiro momento é construir um diálogo, com os outros filiados – somos quase 5.000 – para construir um debate e definir o nosso rumo”, observou. De acordo com ele, a expectativa é que alguns membros do PTLM deixem o partido e outros permaneçam.

A direção do PT de Pernambuco se reúne, nesta segunda-feira (17), para apresentar uma resolução com aproximadamente 100 nomes de filiados à legenda que estão sendo considerados “infiéis” e a listagem das punições que cada um receberá. De acordo com a presidente estadual da sigla, a deputada estadual Teresa Leitão, a medida pretende reestruturar o PT em Pernambuco e serão aplicadas desde advertências a expulsões do partido. 

“O posicionamento político já foi tomado. Agora só falta aplicar as respectivas sanções, que devem ser aprovadas pelo diretório estadual do partido”, afirmou Teresa Leitão. Até agora, segundo a deputada, 83 nomes estão na lista de possíveis expulsos. Um dos motivos seria o alinhamento político contrário às determinações do partido, o que vem acontecendo deliberadamente desde a eleição para prefeito do Recife, em 2012, quando a legenda sofreu um racha interno.

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Apesar do sigilo quanto aos nomes que compõem o grupo, a expectativa é que o integrante da Executiva Nacional e líder da tendência Luta e Massas (PTLM), Gilson Guimarães, possa ser um dos expulsos. Ele acumula uma série de divergências internas, a última dela no pleito deste ano, quando entregou uma carta de apoio à candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo de Pernambuco e de Fernando Bezerra Coelho (PSB) ao Senado. Enquanto isso, o PT oficialmente compunha o palanque do senador Armando Monteiro (PTB) disputando a vaga de senador com o deputado federal João Paulo.

Após a apresentação da resolução, os nomes e as punições serão apresentados numa reunião programada para acontecer no dia 6 de dezembro. Até lá os citados terão a oportunidade de apresentar suas defesas e recorrerem junto à Executiva.

O candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defendeu, nesta quarta-feira (1°), a escolha de um pernambucano para comandar nacionalmente a legenda socialista. A afirmativa do postulante acontece um dia após o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmar que nunca pleiteou a vaga. Até agosto a sigla era presidida pelo ex-governador Eduardo Campos, falecido após um acidente aéreo, desde então o comando do PSB está a cargo de Roberto Amaral. A eleição do novo presidente está agendada para o próximo dia 13.

"Defendo um Pernambucano sim. Como pernambucano é sempre bom ter um pernambucano, mas isso não é uma questão fundamental do discurso, pelo contrário, a gente quer o melhor do PSB e se não for um pernambucano, que seja uma pessoa que tenha condições de levar a frente o projeto", observou, ao conversar com jornalistas após um encontro com Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e Sindicato dos Cultivadores de Cana no Estado de Pernambuco (Sindicape). 

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Para o socialista, independente da direção geral do partido ser ocupada por um pernambucano, o estado terá voz ativa na legenda. "Pernambuco vai ter voz ativa no comando do partido como sempre teve até porque a gente tem a expectativa de em nossa eleição para o governo do estado, eleger uma grande bancada de deputados federais do PSB de Pernambuco, então com certeza vamos ter uma voz importante dentro do partido", pontuou Câmara. 

Reivindicações do setor canavieiro

Durante a reunião, Paulo Câmara recebeu uma série de reivindicações em defesa da manutenção do setor canavieiro. Além de ouvir as propostas, o postulante criticou a presidente Dilma Rousseff dizendo que "ela vai entregar o país pior do que pegou" e enalteceu as propostas de Marina, lembrando que são as mesmas do Eduardo. 

"Quando fui secretário Estadual da Fazenda, pude acompanhar de perto e discutir com a associação e os sindicatos as questões da atividade da cana-de-açúcar. A partir de 2015, vamos continuar juntos, encontrando caminhos para enfrentar as condições adversas que vocês enfrentam hoje, por conta da política perversa que o Governo Federal lhes impôs. Muito do que vocês estão sofrendo, se deve à falta de regras claras no Brasil, onde a cada momento a política para o setor muda. A presidente Dilma Rousseff se recusou a fazer esse debate", disparou. 

Entre as pautas do setor, os produtores pediram a imediata redução do ICMS para o etanol combustível, produzido em Pernambuco. Hoje o tributo é de 25%, onerando o preço final do produto para o consumidor nos postos de abastecimento. Câmara se comprometeu em analisar as demandas dos sindicatos. "Vou tratar dessa questão com responsabilidade, assimilando as boas ideias, construindo as condições necessárias para que a Zona da Mata Pernambucana possa atravessar estas dificuldades e se desenvolver, fazendo um setor sucroalcooleiro cada vez mais forte, gerando mais emprego e mais renda", disse. 

Apoio formal de ala do PT

Após o evento, Paulo Câmara recebeu o coordenador da corrente PT de Lutas e Massas (PTLM), Gilson Guimarães, que entregou um documento oficializando o apoio à candidatura dele. "Nós fizemos uma leitura e identificamos que o PSB sempre contribuiu bastante com o desenvolvimento do país. Isso não é dito só por mim", observou Guimarães.   

A dissidência do grupo petista causou um desconforto dentro da legenda que integra a principal chapa adversária com João Paulo (PT) na disputa pelo Senado. 

A corrente do PT de Lutas e Massa, encabeçada pelo membro da Executiva da legenda em Pernambuco, Gilson Guimarães, passará a "fazer campanha" para o candidato a governador, Paulo Câmara (PSB). A dissidência do grupo, que é composto por 80 diretorianos e cinco presidentes municipais, é resultado, segundo eles, da "falta de diálogo interno" no partido. A questão já causou diversos imbróglios entre os petistas. 

Em nota, divulgada nesse domingo (28), a ala aponta que a "aliança histórica com a Frente Popular" deve ser mantida, independente da disputa presidencial. "Lideranças com mandatos tentam o tempo todo impor suas posições políticas ao partido, as quais carecendo de lógica democrática atendem somente seus próprios interesses, numa tentativa de transformar o PT de Pernambuco em um partido de cúpula e de donos, de mandos e de desmandos", observa o grupo, no texto. 

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Tentando minimizar o fato, a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, repudiou a atitude e disse que o PTLM está saindo das defesas do PT. "Não vamos perder tempo com isso. Nosso foco agora é a reeleição de Dilma, a eleição de Armando e João Paulo", afirmou. "Quem rompe com a chapa de Armando e de João Paulo, rompe com o PT", acrescentou a petista. Segundo ela, uma quantia pequena de filiados tomou a atitude. 

Em nota, os coordenadores das campanhas no estado, grupo que Guimarães também fazia parte, colocou a decisão do PTLM como "inaceitável e inadmissível", além de apontar como uma "traição" a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). "Essa posição é inaceitável e inadmissível, rompendo com a democracia petista e afrontando decisões legítimas das instâncias do PT-PE. Minoritário no partido, esse grupo escolheu fazer o jogo dos nossos adversários e se excluiu do PT com essa atitude apequenada, típica dos que priorizam seus interesses em detrimento do projeto de mudanças que o PT lidera", diz um trecho do documento. 

Componente da majoritária estadual, o candidato a senador João Paulo (PT) afirmou ser contra o posicionamento da tendência e disse que "vê com gravidade esta posição antagônica às instâncias partidárias e ao projeto de reeleição da presidenta Dilma" e deixou claro que aguardará as decisões que serão tomadas tanto pela executiva estadual quanto nacional do partido.

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As vésperas do Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, que acontece no próximo domingo (10), o líder da corrente Lutas e Massas (PTLM), Gilson Guimarães, - que antes seria candidato ao PED estadual e depois passou a apoiar a postulação da deputada Teresa Leitão à presidência da sigla no estado – anunciou o apoio do PTLM a candidatura de Bruno Ribeiro, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB). A manobra, no entanto, deixou no ar um tom injustificável, já que Guimarães não aderiu à postulação da candidata da CNB ao PED do Recife, Sheila Barros, e continua apoiando a reeleição de Oscar Barreto, desafeto interno dos líderes da CNB.

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Em votos, esse apoio significa 6% dos 49 mil petistas aptos a votar nas eleições internas do PT, o que rende 2940 votos. Indagado sobre a essência desta mudança Gilson justificou que teria sido impulsionado por uma pressão da militância petista. “Mudamos por causa da cobrança da militância. Os filiados estão esperando um partido unido, Pernambuco tem mais de 30 mil militantes envolvidos com o PED, discutindo e dialogando com os companheiros”, pontuou.

Durante a coletiva Gilson fez questão de deixar claro que vai continuar apoiando Oscar no Recife, apesar de serem de chapas opostas no PED estadual. “Defendemos (o PTLM) um partido mais coletivo e nós estamos dando essa iniciativa, demonstrando a esses companheiros que podemos dialogar com a militância. E no Recife continuamos firmes a candidatura de Oscar Barreto”, ressaltou o líder. 

Segundo Guimarães, o PTLM não é uma tendência de “rótulos” e desde o início do PED sempre teve uma chapa própria que decidiu, só agora, se unificar a outra postulação. “Para entender o PT, não é preciso ser graduado. É preciso fazer mestrado ou doutorado”, ironizou. 

Os petistas ainda aproveitaram para, ao justificar a integração das chapas, alfinetar o governador Eduardo Campos (PSB) que disparou críticas contra o PT na Europa nos últimos dias. “Não somos um partido que funciona de forma verticalizada, com saída de toda a militância do Ceará, Duque de Caxias. O que tem no PT é o que existe no jornal, na família, na empresa. Tem finalidades, compromissos e teses”, soltou Bruno Ribeiro. Corroborado por Guimarães que destacou a “independência” do PT a Eduardo. 

*Com informações de Alex Ribeiro

O anúncio da candidatura da deputada estadual, Teresa Leitão (PT), ao Processo de Eleição Direta (PED) 2013 nesta segunda-feira (12), marcou também a desistência do dirigente nacional e membro do Movimento Lutas e Massas, Gilson Guimarães, de participar da disputa. O petista participou da solenidade de anúncio ocorrida na sede estadual do PT e assim com representantes de outras tendências da sigla, lançou apoio a Leitão. 

Após o anúncio do nome da nova concorrente, Guimarães explicou a decisão de abdicar sua candidatura. “Nós conseguimos realizar um debate que não foi feito em uma reunião só e conseguimos construir um entendimento na questão da democracia partidária, do fortalecimento do PT, da introdução do partido mais forte no interior e questão da transparência. Isso foi fundamental para a gente construir esse diálogo com a candidatura dela”, esclareceu.

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Além dos aspectos apresentados pelo dirigente nacional, ele apresentou outros fatores. “Construir um partido mais independente, mas autônomo dos governos, pode ser do nosso, pode ser de outro partido, mas a gente necessita que o poder tenha esta autonomia para poder caminhar organizando os trabalhadores e a luta social” acrescentou.

A candidatura de Teresa Leitão tem também o apoio do ex-prefeito João da Costa, do deputado estadual André Campos, do vereador Osmar Ricardo, do presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, do deputado federal Fernando Ferro, entre outros. 

 

Os interessados em participar do Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores (PT) têm até está segunda-feira (12) para realizar a inscrição. O procedimento escolherá os novos líderes do partido a nível nacional, estadual e municipal em novembro de 2013.

Em Pernambuco, o PT é administrado atualmente pelo deputado federal Pedro Eugênio (PT), que não tentará a reeleição. Até o momento, os nomes ao cargo giram em torno do dirigente nacional da legenda e membro do Movimento Lutas e Massas, Gilson Guimarães e do recém-lançado pelo senador Humberto Costa, Bruno Ribeiro.

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Além dos dois postulantes já anunciados e mesmo faltando apenas dois dias para o término da inscrição é possível que surjam outros nomes, um deles deverá ser sugerido pelo ex-prefeito João da Costa (PT) que vem se articulando sobre o assunto nas últimas semanas. Entre os prováveis candidatos especula-se que seja o deputado federal Fernando Ferro, o atual presidente municipal do PT, Oscar Barreto ou mesmo a presidente do PT em Olinda, Tereza Leitão.

Já a nível municipal os nomes ainda não foram divulgados publicamente e a nível nacional o atual presidente da sigla, Rui Falcão, já informou a tentativa de reeleição. Outro nome a nível nacional é de Markus SoKol, participante da constituinte por terra, trabalho e soberania.

Os desentendimentos do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco estão ligados a problemas pessoais, acredita o candidato à presidência estadual da legenda, Gilson Guimarães. Recentemente, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife, a executiva municipal tomou uma decisão rígida e se declarou oposição na cidade, fato não acatado por todos os filiados. Outro caso quem traz à tona as brigas internas é o Processo de Eleição Direta (PED) 2013, marcado para ocorrer em novembro, mas que já movimenta os militantes.

Desde as eleições de 2012, quando o ex-prefeito João da Costa (PT) não pôde ser candidato e foi lançada uma chapa com o senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, o partido parece estar com as pernas bambas no sentido de alinhamento e falta de unidade.

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Devido às brigas na época a legenda tomou uma posição. “A lição que nós tiramos, tanto a direção nacional quanto a estadual e municipal, do problema que aconteceu no Recife, a direção nacional reconheceu que quem estiver na cadeira de prefeito terá o direito de tentar a sua reeleição. Nós identificamos que ele era o único representante na disputa que poderia defender o projeto e não fazer a troca. Nós identificamos isso depois do resultado”, contou Guimarães.

Para o petista, o grande problema do PT ainda são os desentendimentos pessoais. “No meu entender, a divergência é muito mais no campo pessoal do que no campo político. A divergência foi ampliada e elevada ao poder, muito mais no campo pessoal”, avalia. 

Ele também relembrou a vinda do representante nacional a Pernambuco, e relatou não ter havido êxito. “O Paulo Teixeira esteve aqui como secretário geral do PT para tentar construir o entendimento. Porque ele não conseguiu? Porque ele foi procurar fazer reuniões em escritórios dessas lideranças. No escritório de Humberto, de João Paulo, de João da Costa e nós nos negamos participar, porque se ele veio para fazer o debate de tentar encontrar um consenso de unificação para colhermos do resultado ele precisaria fazer isso dentro da sede do partido e ele não fez”, criticou.

O postulante à liderança estadual do PT acha que a militância, os filiados e parte da direção têm uma disposição de construir um entendimento, mas as lideranças ainda possuem problemas pessoais. “Eu acho que o partido e a direção têm que tomar uma posição coletivamente, definir sua estratégia, sua tática, como é que nós vamos nos construir em Pernambuco daqui para frente, como é que nós vamos fazer a campanha da companheira Dilma e enquadrar essas lideranças. As lideranças não podem ser maiores que o partido e essas lideranças não podem estar num processo de atrito público que desgasta ainda mais a imagem do partido e desgasta o nosso projeto nacional  do PT”, opinou.

Em meio às articulações, lançamentos de candidaturas e possíveis nomes ainda sendo escolhidos, o dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e membro do Movimento Lutas e Massas (MLT), Gilson Guimarães, declara sua tentativa de disputar a vaga da liderança estadual. Atualmente, o PT em Pernambuco é comandado pelo deputado federal Pedro Eugênio, que não tentará a reeleição e os interessados pela vaga devem se inscrever até o próximo dia 12 de agosto.

O Processo de Eleição Direta (PED) só ocorrerá em novembro de 2013, mas assim como outros possíveis candidatos, Guimarães já iniciou a movimentação interna em prol de apoios. “O momento requer que a gente faça um debate interno e qual rumo o partido quer tomar. Nós somos o maior partido na América Latina. Nós estamos à frente do governo federal a três mandatos e precisamos fazer uma reflexão a partir do que aconteceu nas ruas a partir daí, nós identificamos também  a necessidade de definir uma estratégia, uma tática diferenciada do que acontece hoje neste partido”, argumentou.

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Para o postulante dois pontos relevantes dentro do PT é a democratização e a maior participação dos militantes. “Precisamos democratizar a participação dos filiados. Precisamos democratizar os recursos que o partido recebe e precisa ampliar a participação de seus filiados através de suas plenárias, através dos setoriais. Estamos dispostos a fazer um debate com a base do partido para poder nos definir como um perfil menos institucional e veiculado aos movimentos sociais e a CUT, e outras bandeiras que defendemos”, expôs o petista.

Gilson Guimarães também apontou várias falhas no PT no Estado, que na sua visão devem ser revistas. Entre os problemas ele falou da centralização da legenda na Região Metropolitana. “Precisa melhorar a relação partidária. Nós temos um partido em que 62% dos filiados estão na Região Metropolitana. Nós precisamos avançar para o interior“, pontuou.

Outros aspectos observados como dificuldades por ele são a falta de estruturas das sedes e dos espaços de reuniões, a distribuição dos fundos partidários dos Diretórios Municipais, a falta de reuniões do diretório estadual e a realização de plenárias partidárias e a necessidade de transparência e de intensificação da democratização e dos filiados. 

A questão de apoios políticos no processo do PED também foi abordada pelo petista. Circula nos bastidores um apadrinhamento do governador Eduardo Campos (PSB) ao atual presidente do PT no Recife e possível candidato, Oscar Barreto. “Nós temos uma relação muito boa com o companheiro Oscar que faz parte de uma correte democracia socialista. Em relação a quem está próximo ou quem não está próximo, isso sempre aconteceu no PT. Nos últimos dois PED’s um blog ligado ao companheiro Humberto foi acusado de existir interferência do governo do estado no processo interno do partido, mas isso são acusações que não se tem provas, essas relações existem fora do partido”, explicou.

O dirigente nacional em Pernambuco lembrou o fato de Barreto ser uma pessoa de confiança de Campos, mas disse acreditar que não haja apoio no Processo de Eleição Direta. “Oscar tem uma ligação por ser secretário adjunto de Agricultura. Ele tem uma relação institucional e de confiança no governo de Pernambuco. Agora, isso não quer dizer que o governador vai interferir na disputa. Isso é muito mais para criar um clima de desconforto para dizer que quem votar em um, ou outro, estará votando numa política do governador”, acrescentou.

Além de Gilson Guimarães outro nome já definido pelo PT estadual é o de Bruno Ribeiro que será lançado na tarde desta sexta-feira (2). Também há especulações de Oscar Barreto e do deputado federal Fernando Ferro, mas esses dois ainda não bateram o martelo sobre o PED.

Confira no vídeo abaixo a principal proposta de Guimarães:

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A liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pernambuco realizada atualmente pelo deputado federal Pedro Eugênio foi criticada por um dos candidatos à presidência estadual e dirigente nacional da legenda, Gilson Guimarães.  O postulante iniciou as articulações em prol de suas propostas e questionou a falta de reuniões estaduais durante a gestão de Eugênio.

Para Guimarães a realidade do PT em Pernambuco é diferente de outros estados brasileiros. “Os Diretórios Municipais aqui estão sem estruturas de sede e sem espaços de reuniões e ficam muito a desejar da realidade do partido no Brasil”, analisou.

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Outro ponto apresentado pelo candidato e representante do Movimento Lutas e Massas do PT é a falta de debates internos não promovidos por Pedro Eugênio. “O diretório estadual em dois anos e um mês só teve uma reunião. Então, isso quer dizer que estamos dando autonomia para a executiva do partido. Estatutariamente ela não tem esse papel. Ela deve executar as políticas definidas pela sua direção e as decisões e encaminhamento das direções”, reclamou.

O fato de não ter existido encontros a nível estadual durante mais de dois anos, representa um erro, segundo Gilson Guimarães. “Isso é um erro político. Isso está acontecendo pela falta de discussão e de debate”, disparou.

Para as chapas do Processo de Eleição Direta (PED) 2013, que ocorrerá em novembro, os militantes petistas têm até o dia 12 de agosto para inscrever a candidatura. Em Pernambuco, além de Guimarães, possivelmente sejam candidatos o deputado federal Fernando Ferro e o atual presidente municipal Oscar Barreto.

 

A maturidade do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi um dos motivos alegado pelo dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) Gilson Guimarães para a não candidatura do socialista. O petista e candidato a presidência do PT em Pernambuco, opta por uma reflexão melhor do governo estadual e de seus assessores.

“Eu acho que Eduardo não é candidato. É um governador com 49 anos de idade já foi deputado estadual e federal, já foi ministro, está governando o estado por dois anos consecutivos e é um político com uma idade que força que ele reflita bastante a sua candidatura”, avaliou.

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A decisão de Campos ser ou não postulante a administração do Brasil influenciará a trajetória política do PT no caminho das eleições em 2014. “Se Eduardo definir apoio nacionalmente a Dilma significa que nós do PT aqui, naturalmente vamos caminhar com a candidatura que ele apresentar. Não vai ter outro palanque. Se ele confirmar a candidatura nós vamos construir a candidatura nossa aqui. Pode ser João Paulo, pode ser Humberto e pode ser qualquer outro companheiro nosso ou uma aliança com qualquer outro partido que apareça nome e que amplie a fortaleça”, explicou o candidato a presidência estadual do PT.

Guimarães também falou sobre a possibilidade de criação de uma chapa com o senador Armando Monteiro (PTB) e o deputado federal João Paulo. (PT). “Não podemos pensar que Armando identifique o PT como partido mais importante. Possa ser que ele se uma a Eduardo, então, temos que trabalhar com todos esses cenários: O PT sozinho, o PT junto com uma candidatura de um outro partido que fortalece a candidatura de Dilma no estado de Pernambuco ou o PT junto com a candidatura que Eduardo Campos apresentar”, apresentou.

O petista tem como principal objetivo o fortalecimento do palanque a nível federal para apoio da presidente. “A estratégia não é simplesmente local, é nacional”, frisou. 

Voltando a tocar no assunto da candidatura do governador de Pernambuco ele citou que nos últimos anos o Brasil não teve renovações nos nomes da política. “Se a gente vir o cenário nacional veremos pouca  renovação. Nós temos um Aécio mas que veio para política desde 1985 com Tancredo Neves, seu avó. O PT a gente mostra que não houve uma renovação, principalmente os companheiros que podiam ser candidatos e seria uma alternativa, mas esses companheiros tiveram processos junto ao Supremo Tribunal e tiveram resultados negativos. Tivemos o companheiro Lula e a companheira Dilma, então pode ser futuramente um Haddad, um Eduardo Cardozo, mas o PSB tem também que refletir sobre isso”, ratifica.

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