A onda de greve de policiais e bombeiros deflagrada no final de janeiro na Bahia, e que nesta quinta-feira (9) foi aderida por parte da categoria no estado do Rio de Janeiro, não está descartada de chegar a Pernambuco. É o que garantiu a Associação de Cabos de Soldados do Estado. Insatisfeitos com as condições trabalhistas, os militares afirmaram que a manifestação só não será assentida caso todas as exigências feitas por eles ao governo, forem acatadas.
De acordo com coordenador da associação, Renílson Bezerra, na próxima segunda-feira (13), a Associação de Cabos e Soldados se reunirá com o secretário e dependendo da resposta do governo será decidido o futuro da greve em Pernambuco. “Depois dessa conversa nossa tropa – de 19.628 mil policiais militares – vai decidir se iremos ou não deflagrar a greve no Estado”, finalizou.
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De acordo com Renílson Bezerra, ainda esta semana foi entregue ao governo do Estado uma proposta de melhorias para a categoria. No documento, foram solicitadas mil vagas para o curso de cabo, a mesma quantidade de vagas para o curso de sargento, além da nomeação de 51 médicos para atuarem no Hospital Militar. “Essas cobranças foram atendidas e serão colocadas em prática nos próximos meses, afirmou.
Segundo o coordenador, das exigências feitas apenas à incorporação ao contracheque de uma gratificação pela atividade de risco não foi aprovada. Conforme Renílson, quando um soldado sofre um acidente ou é aposentado ele fica sem a gratificação, de aproximadamente R$ 400 à R$ 550. Apenas militares que chegam ao posto de coronel conseguem agregar o valor à aposentadoria. “Na hora em que mais precisamos do dinheiro nós ficamos sem, e isso não é justo”, reclamou. Ele afirmou que o secretário Wilson Damázio recebeu a proposta, se comprometendo em repassar a solicitação ao governador Eduardo Campos.