Tópicos | Cândido Portinari

No mês de agosto, a cidade de Brodowski, que fica a 336 km da capital, faz 109 anos. Para comemorar, todo ano realiza a "Semana de Portinari”, em homenagem ao artista que nasceu na cidade e viveu no local onde agora funciona o museu.

Em sua 47° edição, o evento em parceria com o Museu Casa de Portinari contará com exposições, oficinas, feiras, concursos, palestras, rodas de conversa, contação de histórias, entre outros. A entrada é gratuita, confira as principais atividades da programação:

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15 de agosto: Abertura oficial da “Trilha do Vale”, um percurso de 2 km, que contempla a Estrada da Barra e a Rua Pedro Segato, disponível para caminhadas e passeios de bicicleta. Horário: 9h

16 até 19 agosto: a biblioteca escolar Jornalista Almeida Pinto, abre para visitação pública. Horário: 8h às 11h e das 13h às 16h.

17 de agosto: a museóloga e diretora-executiva da ACAM Portinari, Angélica Fabbri vai ministrar uma palestra sobre o Dia do Patrimônio Histórico, celebrado em 17 de agosto, abordando o legado, desafios e especificidades de um Museu Casa. Horário: 18h

20 de agosto - Festival de Aniversário “Brodowski 109 Anos”: Apresentações Musicais com Artistas Locais e Regionais: Larson Victor, Leandro & Kadu, Danilo Bueno, Tony Carlos & Di Barony, João Ferraz, Fábio & Edson, Genílson Pessoa, Felipe Pacheco, Diva Dias e Grupo Barra da Saia. Horário: 14h às 22h. Local: Praça Martim Moreira – Centro – Brodowski/SP

21 de agosto: Pedala Brodowski – Passeio Ciclístico. Horário: 8h. Saída da Prefeitura Municipal de Brodowski - Praça Martim Moreira – Centro – Brodowski/SP

22 de agosto - Projeto Pela Janela - a equipe educativa apresenta a audiodescrição da obra “Brodowski Antiga”, de Portinari (1939). Horário: 17h

24 de agosto - Quartas com Arte: exibição do documentário “Origem de Brodowski”. Horário: 19h

31 de agosto - Quartas com Arte: Roda de Conversa – “Brodowski através dos olhos de Portinari”. Horário: 19h

31 de agosto: a galeria virtual “Para Portinari” exibe uma homenagem aos admiradores do artista; em formato de músicas, poemas, desenhos, pinturas, performances ou projetos, enviados de várias localidades. Horário: 10h

Serviço

47ª Semana de Portinari

Museu Casa de Portinari

Endereço: Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro,  Brodowski - SP

Horário de visitação: Terça a domingo, das 9h às 18h; às quartas  até às 20h.

Site: www.museucasadeportinari.org.br

Telefone: (16) 3664-4284

 

 

Mostra interativa sobre o pintor Cândido Portinari (1903-1962), fruto de 40 anos de trabalho do Projeto Portinari em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS),  está em cartaz no espaço MIS Experience, na zona oeste da capital paulista, até 7 de abril. A exposição Portinari para Todos localizou e catalogou todas as obras do artista, além de reunir documentos e cartas que serão apresentadas agora ao público de forma ampliada.

Com recursos tecnológicos para exibição e projeção, o público poderá ver mais de 150 obras do artista, incluindo trabalhos em grandes dimensões ou de coleções particulares. “A presença do original é compensada largamente pela possibilidade de você levar Portinari em todas as suas dimensões, não só em seu legado pictórico, mas também ético e humanista”, diz o criador do projeto, o filho do artista, João Portinari.

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Experiências raras

Os painéis Guerra e Paz, com 14 metros de altura, produzidos para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, serão exibidos em tamanho real. Desde que foram levados aos Estados Unidos, os trabalhos só retornaram uma vez ao Brasil, entre 2010 e 2013, quando foram  exibidos no Rio de Janeiro e em São Paulo.

As experiências imersivas vão permitir o contato com a produção sacra de Portinari, que tem parte em coleções particulares ou só pode ser vista em visita a igrejas, como a Matriz de Batatais (SP) ou na da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).

A mostra é dividida em eixos temáticos que vão apresentar os diversos assuntos de interesse do pintor, como o aspecto social, as dinâmicas do trabalho, a fauna e flora brasileiras, os mitos e o folclore.

Geração Tik Tok

A proposta é não só mostrar as obras de Portinari, mas oferecer experiências interativas aos visitantes. Ao entrar na exposição, as pessoas serão convidadas a fazer uma selfie do próprio rosto. A partir do tratamento com inteligência artificial, o visitante receberá de volta um retrato com a linguagem do pintor.

João Portinari explica que há uma tentativa de aproximar especialmente as crianças e os adolescentes do legado do artista. “Você pegar a geração Tik Tok , que não tem a menor aproximação com Portinari, talvez passe a ter”, diz em referência à rede social para compartilhamento de vídeos curtos. O MIS e o Projeto Portinari pensaram, segundo ele, em uma série de ações focadas no público jovem.

Até 1 milhão de pessoas

Os recursos audiovisuais também permitirão ouvir depoimentos de grandes nomes das artes brasileiras que tiveram correspondência com Portinari. Você poderá estar diante do retrato do [poeta] Carlos Drummond de Andrade e, ao mesmo tempo, ouvi-lo falar”, conta João. As entrevistas fazem parte do acervo que o Projeto Portinari recolheu ao longo das últimas décadas e ajudam a contextualizar os trabalhos do pintor.

Com o investimento nas linguagens digitais e na mostra desse grande acervo, João espera que a exposição chegue a um público muito amplo. Segundo ele, a expectativa é que entre 800 mil e 1 milhão de pessoas visitem o MIS até 10 de julho, último dia da mostra.

O MIS  Experience fica na Rua Vladimir Herzog, 75, na Água Branca. A mostra abre de terça a sexta-feira e aos domingo, das 10h às 17h. Aos  sábados e feriados, o funcionamento é das 10h às 18h. Os ingressos são gratuitos às terças-feiras. De quarta a sexta-feira, os ingressos custam R$ 30, com possibilidade de meia-entrada, e aos fins de semana e feriados a inteira custa R$ 45.

Cerca de 60 estudos do pintor, desenhista e muralista Candido Portinari revelam um lado pouco conhecido do artista na exposição Portinari - a construção de uma obra. A mostra inédita será aberta na próxima quinta (9), às 19h30, ficando em cartaz até 16 de agosto na Caixa Cultural, no Recife Antigo. A visitação poderá ser realizada de terça a sábado, das 10h às 20h, e aos domingos das 10h às 17h com acesso gratuito. 

As peças estarão expostas num espaço cenográfico especial, que contará com 11 esculturas produzidas pelo artista plástico Sergio Campos, inspirados em personagens portinarianos. O público poderá conhecer o processo criativo de Portinari a partir dos estudos para o painel Guerra e Paz, produzido entre 1952 e 1956, considerado um dos mais importantes trabalhos realizados por ele. Além de telas à óleo, maquetes, esboços e desenhos que revelam os detalhes da construção da obra de um dos maiores artistas plásticos do Brasil. 

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Candido Portinari, nascido em 1903 no interior de São Paulo, retratou em suas obras o povo brasileiro e a miséria mas também a alegria do futebol, dos jogos e brincadeiras infantis e momentos do ser humano em situações de ternura, solidariedade e paz. Apesar de ter recebido apenas a instrução primária, Portinaria tornou-se um dos maiores pintores do seu tempo. Em 1935 recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra Café que o projetou para o mundo. Faleceu em 1962 tendo como causa aparente uma intoxicação causada pela química presente nas tintas com as quais trabalhava. 

 

Serviço

Abertura da exposição Portinari - a construção de uma obra

Quinta (9) | 19h30

Caixa Cultural (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

Gratuito

 

Visitação 

De 10 de julho a 16 de agosto

Terça a sábado | 10h às 20h

Domingo | 10h às 17h

Caixa Cultural (Av. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

Gratuito

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A inédita exposição Portinari - a construção de uma obra chega à CAIXA Cultural Recife a partir do dia 10 de julho até 16 de agosto. A abertura será no dia 9 de julho, às 19h30. A visitação é gratuita e poderá ser realizada de terça a sábado das 10h às 20h, e aos domingos das 10h às 17h. Cerca de 60 estudos do pintor, desenhista e muralista Candido Portinari (1903 a 1962) estarão expostos num espaço cenográfico especial, que contará com 11 esculturas produzidas pelo artista plástico Sergio Campos, inspiradas em personagens portinarianos. 

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Sergio Campos é conhecido por esculpir em aço e cobre personagens fortemente conectados ao discurso social e cheio de força dos cafezais de Portinari. Haverá ainda um vídeo sobre a vida e obra do artista, que pela importância de sua produção estética e pela atuação consciente na vida politico-cultural brasileira alcançou reconhecimento internacional. 

Além disso, será apresentado ao público um Portinari em pleno processo criativo, em fase de experimento de seus traços tão repletos de força e vida, como no caso dos estudos para o painel Guerra e Paz, produzido entre 1952 e 1956 e considerado um dos mais importantes trabalhos realizados por ele. Haverá também telas à oleo, maquetes, esboços e desenhos que revelam a alma e a construção da obra de um dos maiores artistas plásticos do país. 

Para o curador da mostra, Luiz Fernando Dannemann, cada esboço é como um trabalho concluído. “São pedaços preciosos de um artista singular, de quem buscou originalidade na própria poesia do homem”, afirmou. 

SERVIÇO 

Portinari – a construção de uma obra

Quinta-feira (9) l 19h30

CAIXA Cultural Recife, Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Praça do Marco Zero  

Gratuita

(81) 3425.1900

Uma mostra com réplicas digitais de telas do artista plástico brasileiro Cândido Portinari (1903-1962). É nesse contexto que um evento está sendo realizado na Casa da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e pode ser visitado até o dia 16 do próximo mês. O local fica no bairro de Botafogo, na Zona Sul da capital carioca.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a Casa da Ciência também possui atividades paralelas, tais como oficinas de arte e educação, além de curso de capacitação para professores dos níveis fundamental e médio. Segundo a idealizadora pedagógica da exposição, Suely Avellar, um dos objetivos de trabalhar obras de Portinari é porque elas são oriundas de diferentes épocas, e podem até apresentar importantes aspectos ligados ao meio ambiente.

Os horários de visitação e realização das qualificações na mostra são diversos, ocorrendo durantes os turnos diurno, vespertino e noturno. Mais informações sobre a exposição podem ser encontradas em sua página eletrônica.

A Mocidade Independente de Padre Miguel é a quarta escola a desfilar na primeira noite de apresentações das escolas do Grupo Especial do Rio, com uma homenagem a Cândido Portinari. A comissão de frente da escola é um esboço da obra do pintor. A ala "Guerra e Paz", do último setor, apresenta coreografia. São 41 alas e 8 alegorias.

Confira o samba-enredo da Mocidade:

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Titulo: "Por ti, Portinari, rompendo a tela, a realidade"

Autores: Diego Nicolau, Gabriel Teixeira e Gustavo Soares

Intérprete: Luizinho Andanças

Eu guardei

A mais linda inspiração

Pra exaltar em tua arte

A brasilidade de sua expressão

Desperta gênio pintor

Mostra teu talento, revela o dom

Deixa a estrela guiar

Faz do firmamento seu eterno lar

Solto no céu feito pipa a voar

Quero te ver qual menino feliz

Planta a semente do sonho em verde matiz

Emoção me leva

Livre pincel a deslizar

Vou navegar, desbravador

Um errante sonhador

Voar pelas asas de um anjo

Num céu de azulejos, pedir proteção

Vida de um retirante

No Sol escaldante que queima o sertão

Moinhos vencer, histórias de amor

Riscar poesias em lápis de cor

Você que do morro fez vida real

Pintou nossos lares num lindo mural

Você, retratando a alma, se fez ideal.

Meu samba canta mensagens de "Guerra e Paz",

Seu nome será imortal em nosso carnaval

É "por ti" que a mocidade canta,

Portinari, minha aquarela

Rompendo a tela, a realidade

Nas cores da felicidade

O jeito introspectivo, por vezes tímido e de olhar complacente, guardava um talento inconfundível que seria, mais tarde, reconhecido por todo o mundo. Este é o traço singular, de uma realidade fragmentada e realista, do pintor Cândido Portinari, que revolucionou as artes visuais no Brasil e fez de seus painéis e telas pontos de partida para retratar/denunciar questões sociais.

O gênio da pintura brasileira nasceu pobre, no interior São Paulo, na cidade de Brodowski, em 1903. Filho de imigrantes iltalianos, Portinari teve uma educação deficiente, sequer completou o ensino primário. Seu entrosamento com as tintas e os pincéis começou aos 14 anos, quando uma trupe de pintores e escultores italianos que atuavam na restauração de igrejas passava por sua cidade e resolveu recrutar o menino como ajudante.

Nesta mesma época, ele assistiu aos funerais de imigrantes nordestinos que, para fugirem da seca que assolava sua região, procuravam emprego nas fazendas do interior de São Paulo. Essas imagens ficaram na memória do pintor e, mais tarde, ganharam vida e cores em representações cubistas.

Decidido a aprimorar seus dons, o garoto que achava bonito o azul do mar, saiu de São Paulo e partiu para estudar na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro. Durante seus estudos chamou a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa, o que o facilitou, aos 20 anos, a realizar diversas exposições, obtendo elogios em artigos de vários jornais.

Mas, mesmo com toda essa badalação, ele passa a se interessar por um movimento artístico que para a sua época era considerado marginal: o Modernismo. Pablo Picasso, de certa forma, impulsionou Cândido Portinari com o seu estilo cubista de pintar. É que Portinari percebeu na estética geométrica, que sugere a estrutura dos corpos e dos objetos, uma maneira de atrelar às temáticas sociais.

De fato, a influência do espanhol Picasso é inegável na vida do pintor brasileiro, assim como a preocupação social em suas obras. Telas que retratavam a vida dura de trabalhadores do campo e da cidade. Mas que, também, dialogava com a cultura brasileira e suas representações: o samba, o chorinho, a alegria, o carnaval e as festas do morro.

Modernista tardio, Portinari consolidou a renovação da arte brasileira e a tornou popular. Nenhum pintor brasileiro conseguiu a projeção que ele alcançou. Ele foi o primeiro artista modernista a ganhar uma premiação internacional com o quadro “Café”.

Encruzilhadas - Suas pinturas se aproximam também do surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. O resultado dessa fusão de escolas e pintores é uma arte de característica moderna, que aposta em obras monumentais e em grandes painéis.

Em um de seus trabalhos, o artista foi convidado para colaborar com o novo edifício do Ministério da Educação, marco da arte moderna do País. No prédio de Oscar Niemayer e Lúcio Costa, ele fez painéis com temas infantis e baseados nos ciclos econômicos do Brasil.

O mais importante deles foi o mural “Guerra e Paz”, feita nos anos 1950, sob encomenda para presentear a sede das Nações Unidas em Nova York. Em 2010, uma reforma no prédio da ONU foi uma desculpa perfeita para que a obra voltasse a ser exposta no Rio, no Theatro Municipal, depois de muitos anos restrita ao público. Agora, ela será exposta no Memorial da América Latina, na Barra Funda, em São Paulo, de terça-feira (7) até 21 de abril, de terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada gratuita.

Para Portinari, o amor pela arte era maior e mais importante do que sua própria saúde - o artista chegou ao ponto de desobedecer as ordens médicas e permanecer trabalhando freneticamente, mesmo após ter recebido o diagnóstico de uma grave intoxicação por chumbo (material presente nas tintas que usava).

Amante dos pincéis e da arte, ele não conseguiu parar de pintar e, já, nos últimos dias de sua vida, apesar de surdo e debilitado pelo veneno, realizou, em 1962, em Milão, na Itália, uma exposição de 200 telas. No mesmo ano, no dia 6 de fevereiro, o envenenamento por chumbo começa a tomar proporções fatais e tragicamente ele morre envenenado pelas mesmas tintas que o consagraram.

Conheça um pouco mais sobre a vida e obra do artista:

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