O Museu de Arte de São Paulo (MASP) terá um novo espaço para ocupar as exposições a partir de janeiro de 2024. A nova área da instituição contará com um prédio de 14 andares que será ligado à construção original por meio de uma passagem subterrânea, totalizando um aumento de 66% do espaço para a exibição do acervo de obras. Entre novas galerias para exposição, salas voltadas para aulas e eventos, café, restaurante, lojas e laboratório de restauro, a ideia é expandir as atuais atividades do museu.
O novo prédio receberá o nome do primeiro diretor artístico do MASP, Pietro Maria Bardi (1900 – 1999), que foi um dos responsáveis pela criação do museu, junto ao jornalista e político, Assis Chateaubriand (1892 – 1968), onde trabalhou por 45 anos consecutivos. A antiga construção irá herdar o nome da esposa de Bardi, a arquiteta ítalo-brasileira, Lina Bo Bardi (1914 – 1992), responsável pela construção do museu que se transformou em um dos mais emblemáticos cartões-postais da cidade de São Paulo, além de ser um símbolo da arquitetura moderna do século 20 da América Latina.
##RECOMENDA##A construção do MASP será utilizada para armazenar obras fixas que já pertencem à coleção do museu, enquanto o anexo - que custará R$ 180 milhões financiados por doações - será destinado a ocupar apenas exposições temporárias. Ambos continuarão com a venda de ingresso para visitação, entretanto, a bilheteria será transferida para a nova área no subsolo entre os dois prédios. Assim, o famoso vão livre do museu será devolvido para utilização aberta ao público, de acordo com o projeto inicial de Lina Bo Bardi.
Segundo os dados divulgados pela diretoria da instituição, internamente, o novo museu terá planta livre e a parte externa será envolvida por uma arquitetura sóbria e discreta para não disputar os olhares com o MASP. Além disso, será utilizado um moderno sistema de climatização para receber obras como pinturas a óleo. A programação é que o novo museu receba já em 2024 uma mostra de Francis Bacon (1909-1992) e em 2025 uma exposição de pinturas do pintor francês Claude Monet (1840-1926).
Por Thaiza Mikaella